Hell-A
Autoras: Eicatti e MardyBum
Capítulo 1 - Prólogo
Depois de horas e horas, um guarda-roupa inteiro jogado na cama, Caterinne aka Catti estava também jogada por cima de toda a baderna, com sua típica cara de tédio e/ou aborrecimento, devia estar pensando aquelas coisas: “Ah, o que eu levo?” ou “O que eu visto?”, enfim. Já Marcella aka Greene, xeretava tranquilamente na bolsa da Catti, procurando, sabe Deus pelo quê.
– CATERINNE KIRSCHE, O QUE É ISSO? – gritou uma Greene, vindo da sala como um jato e pulando na bagunça, com um envelope preto nas mãos.
– Se você se controlar, ou melhor, parar de balançar esse envelope até que eu poderia te dizer alguma coisa, né? – disse a Catti, se espreguiçando.
– Ok, pega aqui então. – disse a Greene quase enfiando o negócio na boca da outra.
– Aaah, isso? – disse a Catti com um sorriso malandro. – Isso é meu, quer dizer, nosso pass... Ei, esse pacote estava nas profundezas mais escuras da minha bolsa, Dona Greene!
– Eu tava procurando meu fone de ouvido e... AFF’z, esquece que eu mexi lá e fala logo o que é isso, por favor, vai? – disse a Greene fazendo uma carinha fofa.
– OK, Greene. Era pra você saber só hoje à noite, porque aí você não iria ficar no meu pé, gritando feito doida e...
– Mas gritar eu já gritei, quer mais? – disse a garota, rindo.
– Não. Então, aqui dentro está o cumprimento da nossa promessa, Greene. Você ainda se lembra, não? Anote na sua agenda, porque será exatamente amanhã. - disse a Catti, aguardando a reação da amiga.
– HAHAHA, mas a promessa é de uma viagem que pra amanhã, só se for ali pra esquina né Catti? Aquela viagem mesmo, não.... Não pode ser - disse a Greene, balançando a cabeça.
– Nananinanão, nossa viagem, Greenezinha, é aquela pra Los Angeles e amanhã – disse a Catti, subindo também na cama e abrindo os braços como que dando boas-vindas e deixando o olhar vago, mergulhando em sonhos.
– Não brinca vai! Você já zoou muito com a minha cara durante esses aninhos que moramos aqui em São Paulo. Se bem que, me deixe olhar esse envelope e confirmar... Ou não. HAHAHA.
– Olha aí então, Srta. Dúvida. – disse a Catti se jogando de novo na pilha de roupas.
– WEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE, é verdade a gente vai pra LA. Espera aí, aqui diz realmente que a data de embarque é amanhã... Tá, eu não acredito ainda. – disse a Greene, também se deixando cair ao lado da outra.
– Mas é, Greene. – disse Catti lentamente. – E eu não faço a mínima ideia do que levar pra ficar durante um mês, eu sei que podemos comprar roupas lá, mas a maioria tem que levar, e levar o quê é a quest...
Greene’s POV
Então, né gente, a Catti continuou falando por mais uns dois minutos ou sei lá mais quanto tempo, só sei que eu estava longe dali, sonhando com LA, porque se a gente fosse mesmo pra lá, isto significava uma possível chance de conhecer o Escape The Fate, o Black Veil Brides, o Max Green, o Falling In Reverse, o Max Green, o Avenged Sevenfold, o Max Green, o Modern Day Escape, o Max Green. [AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA] o Max Green.
Sim, é por isso mesmo que meu apelido é Greene, coisa da Catti. É que eu falava/falo tanto do Max que ela resolveu me chamar assim. Tipo uma versão feminina do Green.
Gente, mas voltando ao assunto, coloquem-se no meu lugar: você recebe a notícia de que vai pros EUA um dia antes do embarque, como assim?? Chacoalhei a Catti que estava pensativa ali do meu lado, dizendo pra ela que já devíamos ter começado a arrumar as malas etc.
E isso queria dizer que não iríamos dormir de um jeito ou de outro: ou de ansiedade, ou de preparação de coisas e mais coisas pra viagem das nossas vidas.
Greene’s POV OFF
Naquela noite as meninas obviamente nem dormiram, isso porque fizeram as malas juntas, uma ajudando a outra, mas toda hora alguma delas pausava o que estava fazendo e se perdia na expectativa do dia seguinte. Enquanto Greene ajeitava as peças de roupas nas respectivas malas, Catti trazia um suco ou um café, a fim de mantê-las acordadas.
Sem contar que de tanta animação que elas estavam, ligaram o rádio e colocaram o mais alto que era permitido e ali se foram segundos e mais segundos de Something, Situations, Raised By Wolves, Sweet Blasphemy entre outras músicas.
Uma noite sem dormir as gurias até podiam aguentar, mas a ansiedade delas perdeu para o cansaço durante o voo do dia seguinte inteiro. Sentadas numas das últimas poltronas do avião, cochilavam tranquilamente. Eu acredito que elas deveriam estar delirando com seu destino, pois sonhar, AH, sonhar com essa viagem, isso acontecia com elas desde que eram pirralhas.
O voo demorou mais algumas horas, nas quais elas continuaram a dormir, sem nem mesmo acordar pra comer, exceto quando uma aeromoça resolveu chamá-las uma hora antes do pouso para que fosse servido o lanche da tarde.
– Los Angeles! We're in L.A. – berraram as duas garotas em uníssono, praticamente chorando de alegria quando saíram dos portões do aeroporto.
Estavam ali, as duas garotas amigas desde sempre, realizando a antiga promessa de que um dia iriam para Los Angeles juntas. Estavam lá naquela imensidão de lugar, parecido com as grandes cidades brasileiras, mas um tanto surreal. Sim, em Los Angeles, e obviamente não acreditavam nisso:
– Moças, as senhoritas chamaram um táxi? – Um homem alto e barrigudo perguntou, rodando um molho de chaves nos dedos.
– É, quer dizer, sim, nós... É, fomos nós! – Catti disse em meio a seus devaneios, encarando aquela cidade enorme.
O homem conduziu as garotas até onde estava estacionado seu táxi amarelo, com aquela faixa xadrez, idêntico aos que vemos nos filmes americanos.
No percurso até o hotel em que elas permaneciam caladas encarando as janelas com sorrisos nos rostos, elas ficariam lá durante um mês inteirinho. No caminho o taxista mostrava lugares turísticos e dava dicas de onde passear, comer, etc...
– Senhoritas, aqui neste restaurante o “DFood”, as senhoritas nunca deverão pedir o “Stupid Wings”, porque os donos põe tanta pimenta nas asinhas de frango que eu não duvido nada se eles dão pimenta nas rações ao invés de milho – disse um aflito taxista.
– Entendi. – Greene comentou. - Sou Marcella Collins, essa é Caterinne Kirsche e o senhor?
– Olha, o pessoal me chama de Big Yellow, por causa do meu tamanho e do táxi, essas coisas de apelido que acabam pegando. (Greene e Catti se entreolharam e riram de leve). Então, de onde vocês são para estarem assim tão maravilhadas com Los Angeles? – perguntou o homem.
– Brasil. – Catti disse olhando pras ruas em que “passavam” rapidamente.
– Brasil é? Feijoada, carnaval, mulheres, calor, praias... AH, deve ser emocionante viver por lá, não? – desabafou o senhor Yellow, sonhador.
– Que é, é. Mas as coisas por lá deveriam ser um pouco diferentes, sabe? – comentou a Greene, esquecendo o olhar pelas várias pessoas nas estradas.
A conversa continuou amistosa: Yellow mostrando sua cidade, as garotas contando sobre seu país, até que o caminho abriu-se numa ponte enorme tanto de comprimento quanto de largura, onde no canal (que não tinha rio) estava estendido um tecido vermelho gigante, sem contar que todo o espaço em volta era ladeado, até onde elas puderam enxergar, por holofotes como aqueles de sambódromo. A curiosidade entre elas é sempre extrema não? Então Catti perguntou a Big Yellow o que era aquilo:
– Todo o ano ocorre uma corrida onde os artistas pagam pilotos de Fórmula 1 para correr neste canal e todo o dinheiro arrecadado com os ingressos e apostas é revertido para instituições de caridade: asilos, orfanatos, essas coisas. – disse Big todo orgulhoso de sua cidade.
– Nossa Yellow, um evento interessante então. Mas por que há a faixa vermelha? É algum símbolo? – Greene perguntou, interessada.
– Não, é que normalmente este canal desativado serve para pouso de helicópteros e como hoje há muita gente trabalhando para essa corrida, não é seguro que eles pousem ali, e então só para evitar possíveis acidentes eles estendem esse tecido enorme sinalizando que é proibido pousar. – disse o homem, explicativo.
– A sim! – Elas balançaram a cabeça, e voltaram a observar a grande faixa estendida a alguns metros abaixo da ponte.
A verdade era que aquela faixa vermelha gigantesca causou mais do que curiosidade nas duas, mas naquele momento elas nem se importaram muito com isso, porque tudo naquela cidade maravilhosa em frente a elas chamava sua atenção, a todo instante. Acho que deveriam ter prestado atenção, diria até, muito mais atenção!
Passaram-se alguns minutos de pleno silêncio (LA ainda impressionava demais as meninas) quando Yellow começou a falar:
– Srta. Kirsche e Srta. Collins, o hotel de vocês é o Heavens, certo?
– Sim – elas responderam sem olhar.
– Então, conseguem enxergar daí aquele pequeno prédio branco e azul, ali à direita? - disse Big Yellow, sarcástico.
– Aquele monstro branco e azul ali? – Greene quase pulou pela janela do táxi. (literalmente!)
– Pois aquele é o Heavens! – disse o homem feliz, sentindo as meninas vibrarem de felicidade no banco de trás.
Catti's POV
Gente, pára tudo aí! Pára tudo, para eu poder explicar pra vocês o que era aquele hotel: nós estávamos numa avenida plana a uns 500 metros do prédio e ele parecia ter uns 50 ou mais andares além de ser muito largo, porém uma coisa me fez supor que os quartos eram muito grandes também, pois eu vi poucas janelas e sacadas do lado que dava para eu enxergar. Enfim, o hotel era extremamente grande.
E já em frente ao hotel o senhor Yellow ajudou as duas senhoritas paralisadas (Greene e eu, muito bem, acertou! LOL’) a carregar nossas malas até o saguão e WOW, lá estávamos nós de frente para o gigante branco e azul tentando melhorar nossa cara para poder fazer o check-in.
Catti's POV OFF
As garotas entraram no enorme saguão do Hotel que tinha as paredes brancas com um fino traço azul-marinho nas arestas, dando um toque mais chique ao lugar. Aproximaram-se de uma mulher que digitava num computador atrás de um balcão de mármore-branco e azul-marinho.
– Olá, em que posso ajudá-las? – disse a moça que antes digitava.
– Oi, nós gostaríamos de fazer o check-in. – disse a Greene, sorrindo e tentando não demonstrar tanto sua felicidade.
– Certo, um flat ou dois? – perguntou a mulher.
– Um mesmo, né Greene? – disse Catti, ao que Greene concordou com a cabeça.
– Ok, vocês podem escolher entre os quartos 554, 122 e 666. Qual vocês preferem? – perguntou a moça.
– 666, certeza – disseram elas, em uníssono ao que a senhorita no balcão sorriu levemente.
– Aqui está a chave. - A mulher disse entregando uma chave para Catti, que virou feliz para uma Greene confusa, olhando para onde suas malas estavam sendo levadas por um cara com uniforme.
– Mas o que?! – disse a Greene, quase correndo atrás do carrinho do homem.
– Ele vai guiá-las até o flat de vocês e levará a mala das senhoritas até lá. – respondeu a moça, rindo da Catti e da Greene.
Elas deram gorjeta ao homem que trouxera suas malas e entraram num flat todinho decorado em branco e azul-marinho com uma sala grande; cozinha equipada; dois quartos com camas king size; dois banheiros, tendo um deles uma banheira redonda feita de mármore preto; além de uma sacada um tanto grande para os padrões que estavam acostumadas no Brasil, pois ali cabiam tranquilamente umas seis cadeiras mais uma mesa média.
E assim, cansadas do jeito que estavam da viagem, cada uma das meninas se enfiou em um banheiro e tomou um longo banho para depois se enfiarem em robes pretos, fornecidos pelo hotel, além de terem a sua espera dois copos de suco. (Ê, mordomia LOL).
E enquanto as garotas se refrescavam lá no
Heavens, algumas coisas aconteciam na Internet, mais precisamente no Twitter:
@REDRUMRONNIE: hey Ronnie, como está você
hoje?
@max_the_ripper: qual é o seu problema
Maxwell? Já não basta ter me mandado pra onde me mandou?
@REDRUMRONNIE: vi que não está pra conversar,
não RonnieRoxxie?
@max_the_ripper: talvez não com você!
@REDRUMRONNIE: vamos conversar por DM
então... Pelos menos fã nenhum se intromete.
@max_the_ripper: agora está se importando
com seus fãs, é? HAHA’, o que o sucesso não faz com as pessoas, né?
@REDRUMRONNIE: DM pra você.
E nas DMs, ele e Max Green conversavam:
Max Green diz: Ronnie, dude você não sabe o
quanto sinto sua falta, cara.
Ronnie Radke diz: vou fingir que entendo
você, é. A fama deve ter te subido a cabeça, não é Maxwell? Fala como se não
tivesse nada a ver contigo. AFF’z.
Max Green diz: você sabe que não sou culpado
pelo Cook, assim como você. Sei também que eu, como seu melhor amigo, deveria
ter te apoiado e etc., mas eu era jovem demais.
Max Green diz: se fosse hoje, com certeza
estaria ali do seu lado, lutando com você.
Ronnie Radke diz: mas não é hoje, e nem foi
ontem, foram três merdas de anos atrás.
Max Green diz: Dude, eu estou te dizendo que
não sou mais aquele Max que te largou mofando na prisão...
Ronnie Radke diz: HAHAHA’
Max Green diz: você vai no Hell-A amanhã?
Ronnie Radke diz: a corrida, não?
Max Green diz: é, ali no canal desativado.
Ronnie Radke diz: talvez.
Max Green diz: Ótimo. Onde te encontro?
Ronnie Radke: se eu for, lá pelo stage do
Russian Roulette.
Max Green: OK. Até amanhã então, Ronnie.
Ronnie Radke: quem sabe, Maxwell, quem sabe.
No hotel, as meninas nem estavam vendo
twitter, nem facebook, nem coisa alguma. Eram quase oito horas da noite e cada
uma telefonava para sua família:
- OK, mãe. Sim, a gente chegou bem... É.
Claro... não... já estamos no hotel. – Catti andava de um lado pra outro.
- Noooooooossa, pai, você não tem ideia do
que é esse hotel HEHE’. Cara, aqui é demais, sério mesmo... – gritava a Greene
lá do quarto, mais exatamente, esparramada em sua king size.
- Certo, mãe, pode deixar que eu cuido da
Greene, quer dizer, Marcella. – Catti gritou de propósito, fazendo a Greene
ouvir. – Não andamos com estranhos, mãe.*Sussurrando*: Na verdade, só não
andamos com chatos etc. *Voz normal*: Claro mãe, trouxe tudo o que era
necessário trazer. Aham, beijos. – disse a Catti, desligando.
- Vai cuidar de mim, é? HAHAHA. Você não
cuida bem nem de você mesma – disse a Greene, zombando da cara da outra.
- Ah vá lá vestir sua roupa que já vamos descer
pro jantar! Fome do caramba, Deus ¬¬’ – disse uma Catti, desanimada.
Ah, me esqueci de comentar que uma Catti com
fome, é como uma Marcella emburrada, chatas pra caramba, na verdade
insuportáveis, portanto, nem tentem conversar com elas quando estiverem assim
LOL’.
E lá foram as duas jantar no enorme
restaurante do hotel.
Greene’s POV
Eu e a Catti saímos do nosso flat e fomos
jantar, nossa primeira refeição em LA, [AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA].
Enfim, eu fui de calça skinny branca, uma
camiseta do Avenged Sevenfold [que uns garotos que encontramos no saguão
falaram: “Olha, ela curte A7X. WOW e é gata não?” até parece, é.] meu cabelo de
sempre e um all-star todo preto. E então, assim fomos matar quem estava nos
matando [ :D ]
Greene’s POV OFF
Catti’s POV
AH, esperem aí.. O que a Greene não contou é
que esses meninos (acho que uns 5)
passaram do nosso lado, tipo, secando-a na cara dura e tal...
Comentando, obviamente, de tudo: cabelo, calça, bunda, peitos, camiseta, olhos,
boca, tênis, sorriso, mas até que eles foram educadinhos, não usaram nenhum
palavrão (que eu tenha entendido) pra falar da Greenezinha. Estou vendo que vou
ter de ficar realmente de olho nela ;)
Bom, era só pra esclarecer isso, HEHEHE... E
comentar que eu incrivelmente desci para o jantar sem nenhuma maquiagem.
Milagre, é.
Catti’s POV OFF
Quando elas estavam chegando perto do
refeitório, Catti parou subitamente dizendo algo a Greene sobre a roupa que
ambas estavam usando (Catti usava shorts boyfriend, uma camiseta e all-star brancos,
além de muitos colares e cabelos presos num rabo-de-cavalo). O espanto da guria
foi porque no balcão de recepção todos estavam vestidos de social: calça, terno
e gravata borboleta pretos, sem contar na cordialidade que exalava dali. Isso
fez as meninas corarem, porque, como elas pensavam: uma coisa é pagar mico no
Brasil, outra coisa é fazer isso nos EUA:
- Senhor? Por favor? – disse uma apreensiva
Greene.
- Sim. – disse um homem, ou melhor, um
adolescente de olhos azuis e cabelos tingidos de preto e raiz loira.
- Pode entrar com qualquer roupa aí no
restaurante? – disse a Greene, sorrindo desajeitada.
- Claro... Porque a pergunta? – disse o
garoto, franzindo a testa.
- É, que bem... – atrapalhou-se a Greene.
- Vocês estão todos sociais e tal... E a gente
aqui de shorts ou camiseta de banda. – disse a Catti, interrompendo.
- Ah sim, mas é que isso é exigência do
hotel apenas para quem trabalha aqui. Os hóspedes podem fazer suas refeições
até em trajes de banho, se quiserem. Por favor, entrem. – disse a elas o
recepcionista, abrindo a porta.
- Ah, obrigada! – disse a Greene andando
depressa para dentro do restaurante - E ah, como é seu nome?
- Lucca Miller, recepcionista do
restaurante. – respondeu o menino, quase gritando.
- OK, seeya. – disse a Catti, acenando com a
mão.
Comeram tranquilamente sua refeição ali e
depois passaram um bom tempo conversando em português, ao que muitas pessoas
olharam estranho para elas, mas isso apenas as fazia rir.
Quando voltavam para o flat 666, escutaram
alguém fazer ‘psiu’ para elas, mas nem ligaram e continuaram andando até que um
afobado Lucca apareceu na frente delas:
- Então.... vocês.... conheceram todo o....
hotel... já? – disse Lucca, arfando o peito.
- Ih, quase nada. Até agora vimos nosso
flat, o saguão de entrada lá embaixo e o restaurante. – apontou a Greene.
- Se quiserem.... daqui a quinze minutos...
eu termino meu expediente e posso.... mostrar todo o Heavens pra vocês? – disse
Lucca, melhorando sua respiração.
- Bom, não estou afim de muita coisa lá pelo
nosso quarto, então, eu topo.. – disse a Catti, sorrindo amigável para o Lucca.
- Estou dentro – comentou a Greene.
- Então, qual é o flat de vocês? – indagou
Lucca.
- 666 – exclamaram ambas as meninas.
- Sério? Quase ninguém fica nesse quarto,
todos tem medo. – disse o Lucca, fingindo uma cara assustada. - Meninas, passo
lá daqui a pouco OK?
- Certo, bem o tempo de eu pegar uma blusa.
– comentou a Catti, olhando por uma janela ao seu lado, o movimento fora do
hotel.
- Tá.. – disse o Lucca, saindo correndo novamente.
– AH, seus nomes?
- Caterinne Kirsche – respondeu a garota,
sorridente.
- Marcella Collins – disse a Greene.
No elevador até o 666:
- HAHAHA, porque você não disse seu apelido
a ele, dona Greene? – disse a Catti, tentando segurar o riso.
- Porque ele não é íntimo, sabe? Não tem que
ficar sabendo assim, na lata, qual é meu apelido.. – respondeu Greene, fazendo
biquinho.
- Mas ele parece ser legal. – respondeu a
Catti, prestando atenção nos andares que o elevador panorâmico subia.
- É, legal ele deve ser, mas... – comentou
Greene exatamente quando o elevador parou.
Elas
entraram cada uma em seu quarto, pegaram qualquer blusa que encontraram pela
frente.
Capítulo 4 - Heavens
Greene’s POV
Os dias em LA pelo jeito não eram tão frios,
mas pela noite parecia que a temperatura baixava bastante, então peguei uma
blusa para ficar quentinha? HAHAHAHA, claro que não, eu só não queria ficar
doente em Los Angeles, não é?
Peguei minha blusa de frio preta com uma
deathbat atrás e lá fui eu atrás do meu IPhone, porém o meu estava descarregado
e a Catti não havia pedido a senha de wireless do Heavens para nossos
celulares. E isso queria dizer: nada de twitter até o outro dia, pelo menos :(
Pensem que legal: você em LOS ANGELES,
querendo contar para Deus e o mundo onde está e puff’ não tem bateria ou
internet para isso. [AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA]
Pooxa, saudades do Max *--*.
Greene’s POV OFF
A campainha tocou e lá de dentro do 666 duas
vozes ‘moles’ disseram: ‘Entra’. Lucca as aguardava no batente, sem seu uniforme
de recepcionista, vestindo uma camiseta do Black Veil Brides, uma calça skinny
e tinha meio que bagunçado seu cabelo:
- Prontas? – disse entusiasmado.
- Opa, sempre – levantou-se a Greene,
puxando logo a Catti que estava ao seu lado.
- Calminha, tá Greene? – disse a Catti,
levantando-se penosamente da poltrona.
- Greene? É seu sobrenome? – disse o Lucca,
interessado.
- Longa história, longa história.. (Greene
olhou para Catti com seu típico olhar de raio-laser) – Mas então, você curte
BVB também? – disse enquanto a amiga trancava a porta e recolhia a chave.
- Juro que com essa chave na mão me sinto
abrindo e fechando os portões do inferno... HAHAHA – cochichou a Catti, rindo
de si mesma, enquanto mirava a chave com a marcação ‘666’.
E todos caminhavam pelos intermináveis
corredores, ouvindo e falando sobre aquele imenso monstro que era o Heavens
Hotel. Quando as meninas deram por si já estavam andando cada uma grudada em um
braço de Lucca, rindo e conversando coisas como os apelidos, bandas preferidas,
shows, desgostos, frustrações e até umas poucas confissões. E o papo entre eles
três fluía tão bem, suas histórias divertiam, deprimiam, enraiveciam-nos de
forma quase idêntica para cada um deles.
Foi quando Lucca mostrou o lugar mais
maravilhoso de todos os que ele já havia apresentado as meninas: uma espécie de
mirante no ponto mais alto de todo o hotel.
O
mirante, na verdade uma pequena sala, toda feita de vidro, sem conjunções,
apenas uma placa de vidro construída ao lado de outra, cuja vista fez as meninas,
literalmente, perderem o ar, pois dali tinha-se visão para o céu, porque até
mesmo o teto era feito de lâminas de vidro. E ali, o céu estava lindo mesmo,
cheio de estrelas, pequenas e fracas, fortes e reluzentes. Enfim, uma visão
perfeita seja para o dia, ou melhor ainda, para a noite.
Catti’s POV
Tenho que dizer que aquele ‘mirante’ deve
ter sido a inspiração para o nome do hotel, e neste ponto a pintura que aquele
lugar delineou em minha mente irá durar pra sempre, como uma fotografia viva.
Para dizer bem a verdade nem sei quanto
tempo ficamos por ali, pois parecia que a cada momento tinha algo novo pra se
ver: as piscinas do hotel azul-marinho iluminadas por holofotes; o topo de uma
catedral; os vários outdoors com luzes neon, além do nosso misterioso Hell-A.
Simplesmente não sei o quanto aquele espaço iluminado fortemente podia me
impressionar, mas parecia que isso nunca iria se cessar.
É...
Catti’s POV OFF
Umas
três horas da manhã foram quando os três voltaram para seus respectivos
quartos, ainda maravilhados com a visão do mirante ao qual chamaram de
‘Meaning’ ou ‘Significado’, pelo fato de não terem certeza se era de fato a
inspiração para o Heavens.
Catti e Greene se jogaram cada uma em sua
cama, sem nem mesmo tirar a roupa do corpo e o sono profundo pegou-as de
surpresa e só largou-as pela hora do almoço:
- Olá, Greene – disse a Catti, quase se
arrastando em direção ao banheiro, enquanto a Greene observava o que acontecia
no mundo a sua volta da sacada.
- Oi, Cattizinha – comentou feliz a Greene,
tentando enxergar a Catti cobrindo os olhos do sol.
Depois de ter escovado os dentes, tomado
banho e trocado de roupa, Catti veio animada para conversar com Greene:
- Hey, o que você está fazendo parada aí,
Greene? – disse a Catti, dando um soco de leve no ombro da Greene.
- Estou aqui, ainda intrigada com esse
Hell-A. Sei lá, dá impressão de que ele me chama toda vez que vejo aquele
tecido ou os holofotes... – disse uma Greene, franzindo a testa, sem tirar os
olhos do canal, um pouco a frente do hotel.
- HÁ, será hoje né? – Greene, acenou com a
cabeça. - Também senti isso, mas acho que é porque é tudo tão novo pra gente
não? É, mas quer saber, parece muito mais que isso! – disse a Catti se
aproximando da sacada, fazendo sombra para os olhos.
- É... – cochichou a Greene – Mas então,
vamos descer tomar café?
- HAHAHA, você viu que horas são? – disse
Catti, sarcástica.
- Não. – Greene correu até o relógio da
cozinha e viu que eram 12:37hs . – É, café da manhã não vai ser...
- E se demorarmos mais, nem almoço. Vamos
Greene? – disse a Catti, já se encaminhando para a porta do flat.
- OK, disse a Greene prendendo seu cabelo e
saindo pela porta que a Catti já tinha aberto.
Capítulo 5 - Piscina
Max andava de um lado para o outro, roendo as unhas, aliás, as poucas unhas que haviam sobrado depois que ele e Ronnie se falaram pelo twitter.
Ele sabia o quanto teria de enfrentar, para
convencer o amigo de que ele mudara, não era mais aquele Max totalmente
irresponsável, na verdade isso continuava a existir numa parcela pequena do
novo Max.
Muitas coisas o forçaram a mudar, apesar de
todos a sua volta acreditarem que ele sempre almejou o que obteve com prisão de
Ronnie. Fama, dinheiro, mulheres, fãs enlouquecidas por ele, centenas de
seguidores de twitter, estilo, música etc. Muitas coisas haviam mudado as
perspectivas de Max. E ali estava ele cumprindo o primeiro passo para tentar
‘salvar’ sua amizade com Ronnie Radke: falar com ele, encarar os olhos dele e
realmente tentar dizer ao menos um sincero “I’m sorry”. Mas algo o dava certo
otimismo, então ele refletia, fazendo sua maquiagem negra de frente para o
espelho:
- Ronald Joseph Radke, cara, tomara que você
me ouça! – disse Max, pesaroso, encarando sua face enquanto pintava duas
listras pretas nas maçãs do rosto. – Tomara!
Umas quatro da tarde, as meninas foram
aproveitar as piscinas do hotel, colocaram seus biquínis, pegaram as toalhas e
se sentaram nas cadeiras. Apesar de ser tarde, as piscinas não estavam muito
cheias:
- AFF’z, Catti, sai daí vai? Vamos pular
ali, hun? – disse Greene tentando erguer a Catti da cadeira.
- AH, vai lá, vai. Daqui uns minutinhos eu
vou OK? – disse a Catti arrumando seus óculos escuros.
- Sei. – disse uma Greene com um sorriso no
canto da boca, andando em direção à beira da piscina perto de onde estavam os
meninos que tinham comentado sobre ela no dia anterior.
- A-HÁ, ela fica bem melhor sem a camisa do
A7X. Desculpa, The REV! – disse um dos meninos de cabelos pretos e olhos azuis,
com uma toalha jogada de qualquer jeito nos ombros.
- Oi – disse a Greene, passando por eles.
- Olá – disseram todos em uníssono, mudando
de posição de repente e tentando disfarçar que falavam dela minutos atrás.
Catti’s POV
Greene pensou que eu não quis ir por conta da
minha preguiça aguda? AHAHAHA, eu não fui porque tinha visto os meninos ali
perto de onde ela queria entrar na água, também porque eu sabia que ela falaria
com eles e eu certamente ficaria boiando um pouco no assunto, caso eles
começassem a falar do Avenged, porque gostar eu gosto e tal, mas não sou a
‘fã-nática’ que é a Greene.
Estava ali só de longe observando os meninos
embaraçados com ela ali do lado que nem vi que umas patricinhas se sentaram nas
cadeiras do meu lado, todas assanhadas por causa dos garotos do outro lado da
piscina que só tinham olhares pra Greenezinha.
Patricinha é patricinha, seja no Brasil ou
em LA, mas ali elas conseguiam ser mais irritantemente insuportáveis ¬¬’. E
depois de ouvir comentários desde as sungas dos meninos até qual foi a cor da
última unha postiça que tinham comprado, eu resolvi que essa era a deixa para
eu infelizmente ter de me juntar com a Greene e os meninos, que a essas horas
já estavam todos sentados na beirada da piscina num papo que parecia
interessante.
Catti’s POV OFF
Dona
Catti, fez o favor de ir lá estragar o assunto dos seres lá do outro lado,
porque é típico dela ser estraga prazeres da Greene.. mentira, vocês aqui devem
saber o quanto patricinhas podem chegar ao nível de perturbação extrema,
então... nossa Catti também se irrita com isso, mas foi discreta ao chegar
perto de todos ali:
- Oi, para todos. – disse com um sorriso
amarelo.
- Oi, Catti – disse um menino com cabelo
preto e loiro e olhos castanhos.
- Eita, já sabem meu nome? – disse a Catti,
sem graça.
- A Marcella contou pra gente! – disse um
outro de cabelos castanhos.
- A sim – disse a Catti piscando de leve pra
Greene, que sorriu balançando a cabeça.
- Eles já estão indo embora, Catti.. – disse
a Greene um tanto desapontada.
- É, hoje, aliás daqui a pouco. Acredito que
antes do Hell-A começar não, gente? – disse o menino de cabelos pretos.
- Pois é! – disseram todos.
- Vocês deviam ter chego mais cedo, assim
nós poderíamos conversar mais, não? – disse o menino de cabelo preto e loiro.
- Com certeza! – disse um com uma toalha
vermelha amarrada na cintura, piscando para mim e para a Greene.
- Mas então, será que vocês poderiam passar
twitter, facebook ou messenger de vocês? – voltou a falar o menino de cabelos
pretos.
- AH, claro.
- Keith, cara, a gente já tem que vazar.
Você pode pegar aí com elas, enquanto a gente ajeita lá as coisas? – disse o
menino de cabelos castanhos falando com o menino de cabelos pretos e olhos
azuis.
- O Daniel já arrumou tudo por lá, Fer. Só
falta nós trocarmos essa roupa e talz... – disse o Keith, mordendo o lábio
esquerdo.
Os meninos pediram um pedaço de papel e uma
caneta para uma das patricinhas e um deles anotou nossos perfis:
- Então é isso, gente! Queríamos muito
ficar, mas nem vai dar. – disse o Daniel, olhando para as duas garotas.
- É, espero voltar a ver vocês! – disse o
Fer, dando um beijo na bochecha da Greene.
- OK – disse a Greene.
- Tchau, Catti – disseram Keith e Fer.
Greene’s POV
Pooxa, os meninos eram mesmo lindinhos *-*.
Deviam ter ficado mais tempo. Aquele Keith com seus cabelos pretos e olhos
azuis.. aiaiaiai.. me lembrou o Max, sabe .. Mas fazer o que, não? Tudo me
lembra o Max, é, eu devia parar com isso, porque ele nem mesmo sabe que eu
existo e tal..
Então, depois de passarmos nossos perfis pra
eles, não tínhamos nada mais a fazer além de tomarmos um bom banho naquele
nosso flat. Só eu e a Catti pra nos hospedarmos no 666. [KKKK’]
Greene’s POV OFF
As meninas chegaram meio desapontadas no
flat delas, pois os únicos meninos bonitos dali, além do Lucca, já tinham ido
embora. E se aquele lugar não fosse Los Angeles com certeza, elas não teriam
mais nada pra fazer além de ficar enfurnadas no hotel:
- Catti, vou tomar um banho OK? – disse
a Greene, largando na lavanderia, a toalha em que estava enrolada.
- Acho que daqui a pouco também vou..
AH, mas antes vou lá resolver o negócio do Wireless e pedir nosso jantar pra
cá, tá? Quer que eu peça algo pra você?
– disse a Catti, procurando um vestido pra colocar sobre o biquíni.
- Tá, qualquer coisa. – gritou a Greene
do quarto dela.
Catti
foi ao saguão do hotel, demorou uns minutinhos com o Wireless, porque tinha que
escolher senha e talz, além de ficar um tempinho batendo papo com o Lucca,
fazer seu pedido e subir para o flat.
- Greene, tá com Wireless já, tá? Se
quiser usar, pega a senha que está nas minhas SMS do celular. Vou tomar
banho... Ah e já pedi o jantar.
- OK - disse Greene, voltando a ligar o
chuveiro.
Capítulo 6 - Hell-A
- Puta...tô atrasado, hein? – disse Max
consigo mesmo.
Max Green procurava indícios de Ronnie no
twitter, vendo se o amigo já havia chegado no Hell-A, tentando um meio de
avisá-lo que demoraria um tempo até conseguir chegar no stage do Russian
Roulette, visto que tinha estacionado o
carro perto do Heavens.
- Ronnie já ia me matar, imagina agora. –
disse Max ainda pensando alto.
Ronnie’s POV
Eu estava pronto para sair daquela merda de
corrida, quando me vem uma DM do Maxwell: “Ronnie, não vá embora antes de falar
comigo. Estacionei perto do Heavens e estou correndo aí pro Russian.” Resolvi
esperar né? Ouvir o que o Maxwell tem a dizer talvez não seja tanta perda de
tempo como estou imaginando, e se for também, basta eu sair e deixá-lo falando
sozinho. Talvez eu nem tenha coragem de fazer isso, HEHE’, mas estou aqui não?
Ronnie’s POV OFF’
Ronnie estava no Russian Roulette
conversando com seu amigo do Falling In Reverse, Jacky Vincent:
- Pois então cara, quando eu cheguei perto
dele pra perguntar o que tinha acontecido, ele cuspiu na minha cara! – disse
Jacky com cara de nojo.
- Blergh! – disse Ronnie imaginando a
situação.
- ROOOOOOOONNNNNNNNNIE RADKEEEEEEE aqui no
Hell-A? – disse uma menina histérica, apontando pro stage e se aproximando
rapidamente de Ronnie.
- Ferrou Jacky, me encontraram. Tenho que
vazar. – disse Ronnie procurando como sair dali.
- OK, man. Corre aê, eu dou um jeito de
segurar essa louca, ou melhor, loucas, tem muitas delas aqui. Eita’ – disse
Jacky coçando a cabeça e dando um olhar de preocupação para o amigo. – Vai
logo.
- Seeya Jacky – disse Ronnie pulando as
escadas que viu pela frente e despedindo-se de Jacky com uma continência.
Ronnie começou a correr como um louco
pelo meio da multidão, desviando-se de centenas de pessoas que assistiam ao
começo do Hell-A e na sua correria lembrou:
- E aquele motherfucker do....
- MAAAAAAAAAAAAAAAAAXXX
GREEEEEEEEEEEEEEEEEEEN – berrou um menino um pouco a frente de onde Ronnie
estacou.
- Onde? – gritou Ronnie com o menino,
esquecendo-se de sua correria.
- Ronnie, você também? – disse o menino
empalidecendo.
- Diz logo onde está o Maxwell... –
gritou Ronnie chegando perto do garoto.
- Aqui, Ronnie – respondeu Max.
Max’s
POV
Eu ouvi o guri gritar meu nome e quando
ia virar um tapa pra ele calar a boca, dei de cara com Ronnie perguntando onde
o guri tinha me visto. Sim, era o Ronnie. Eu fiquei muito tempo sem ouvir
aquela voz, mas sabia que era ele. Minha reação foi lenta, mas suficiente para
puxá-lo pelo braço e começar a correr, pois do lado em que ele vinha correndo
eu via uma multidão logo atrás.
Max’s
POV OFF
Ronnie’s POV
Maxwell Green me puxou e nós dois corremos
juntos procurando uma saída daquele inferno de gente nos seguindo, e o pior do
lado que ele tinha vindo muita gente ouviu o moleque lá gritar o nome dele e já
estavam procurando e nós tivemos que correr mais rápido ainda, se é que era
possível.
Eu corria tanto que não sabia se me mexia ou
respirava, minha sorte é que sou muito alto (u.U) e posso correr mais rápido
que qualquer um, por isso quem puxava era eu e não o Maxwell, aquele baixinho
[KKK’].
No meio daquela bagunça consegui perguntar
onde o Maxwell tinha estacionado o carro dele e ele me respondeu: “Sem chance,
Ronnie! Esse povo.... conhece meu..... carro, é melhor... a gente se....
esconder... em... algum lugar e aí... ah.... a gente vê o que faz”. E foi o que
a gente tentou por uns 10 minutos com toda aquela gente atrás de nós. Corremos
em ziguezague tentando despistar todo mundo, mas isso não adiantou.
Uma luz surgiu na minha cabeça: “Vamos nos
esconder no Heavens? Acho que fica ali no próximo quarteirão”, Maxwell disse...
HA, disse nada, tava tão cansado aquele motherfucker, que nem respondia.
Viramos a esquina o mais rápido que minhas pernas puderam correr arrastando o
Green, e paramos ‘morrendo’ na parede branca e azul de trás do Heavens.
Ronnie’s POV OFF
Os
dois respiravam difícil e olhavam pra todos os lados procurando por alguém que
ainda estivesse correndo atrás deles. Estavam tão alertas que quando um cara,
uniformizado de garçom do Heavens, chegou perto deles, quase morreram de susto:
- Ah, desculpa aí! É que essa respiração de
vocês dá pra ouvir ali da porta de serviço, e eu vim aqui achando que era
alguém precisando de ajuda. – disse o homem voltando para onde tinha saído.
- Ei, espera aí! – gritou Max.
- Max, cala a boca! – disse Ronnie, puxando
em vão o amigo.
- Que foi? Desculpa, cara. – disse o homem
erguendo os braços, em rendição.
- Se eu e meu amigo precisássemos dessas
suas roupas e mais a de algum amigo seu você emprestaria? – disse Max.
- Qual é são fugitivos da polícia? Faço isso
não, ei. – disse o homem, ficando ligeiramente bravo.
- Não da polícia, mas de fãs histéricas. –
sorriu Ronnie, amarelo.
- Caramba... Ronnie Radke e Max Green? WOW’
– disse o homem coçando os olhos.
- É, parece que é. – disse um outro saindo
pela porta que o outro tinha entrado.
- Então, você e seu amigo aí poderiam nos
emprestar o uniforme de vocês? – disse Max olhando de um homem para outro.
- Claro. – topou o primeiro homem.
- Se é Max e Ronnie quem pede, opa. – disse
o outro rindo.
- E eu pago 600 dólares pra cada um, OK? Só
pra garantir que não vão contar a ninguém que nos viram. – disse Ronnie sério.
- Então, fechado... Entrem ali naquela porta
e a primeira direita é o vestiário. Vou ver se não tem ninguém observando aqui.
– disse um dos homens, cauteloso.
- Por aqui, é. – disse o outro homem
entrando com os dois no vestiário.
Max e Ronnie vestiram as roupas dos dois
homens (os smokings comuns do Heavens), e os dois outros vestiram suas roupas
normais, pegaram o dinheiro e disseram:
- Apenas obedeçam ao que lhes pedirem pra
fazer. – disse o homem que os tinha visto primeiro.
- Certo, mas e o emprego de vocês? – disse
Ronnie, preocupado.
- Era só um bico. – respondeu o segundo
homem.
- OK, muito obrigado, hein? Devemos essa a
vocês. – disse Max dando um ‘joia’ para os dois outros.
- Que nada! Ver vocês dois valeu qualquer
coisa. Além do dinheiro [HAHAHA]. Contamos nada não, tá? – disse o segundo
homem.
- OK. – responderam Max e Ronnie.
Os dois ficaram por ali sentados, ainda se
recuperando, até que um homem de barba branca por fazer colocou a cabeça pra
dentro do vestiário:
- Bom, senhores, apareçam daqui a –
consultou o relógio – daqui a 12 minutos lá na recepção do restaurante, vocês
tem que entregar o último jantar da noite, depois podem ir embora que já
mandamos o dinheiro para suas contas bancárias, OK?
- Sim – responderam ambos tentando esconder
os rostos.
- E ah, arrumem um pouco esses cabelos, tá?
Senão ficam parecendo aqueles caras do é...AH... Escape The Fate, tá? – disse o
homem ajeitando seus óculos.
- Tá - responderam ambos segurando a risada.
Capítulo 7 - Max e Ronnie Garçons? WTF?!
Max’s POV
Ufa, aquele homem não reconheceu a gente...
Mas conhece o ETF *dança*. Então, como estávamos nos fingindo de garçons, fomos
lá pegar o pedido, entregar pra quem quer que fosse e depois sair dali o mais
rápido possível.
Max's POV OFF
- Vamos ver... quarto 666, interessante!
Está afim de entregar a comida? - Max disse sorrindo.
- Pode ser, afinal não vamos matar
ninguém não é? Os caras pediram para gente fazer isso, e outra, acho que não
conseguiremos sair daqui hoje sem entregar esse pedido – disse Ronnie, olhando
para a bandeja ao lado.
- É verdade. - disse Max encolhendo os
ombros. – Let’s go!
Ronnie e Max subiram pelo elevador de
serviço, preciso confessar que aquela cena foi das mais hilárias em que já
sonhei ver esses dois: de terno, camisa e gravata, e cada um com uma bandeja
prateada nas mãos. Tudo seria normal para garçons, se eles não estivessem com
maquiagem, piercings e aqueles cabelos que só eles tem:
- Hey, hóspedes do 666! – gritou Ronnie
Radke, batendo de leve com os nós dos dedos.
- Catti, abre aí – gritou a Greene.
- AH não. Abre você, Greene. Eu estou
tomando banho. – disse Catti.
- Eu também estou, né - disse Greene.
- Ok então, QUEM É?! - Catti gritou pras
pessoas na porta.
- JANTAR DE VOCÊS. - Max gritou se
encostando na porta e encarando o Ronnie, ambos com um sorriso no rosto.
- SE VOCÊ TIVER UMA DAQUELAS CHAVES
MESTRAS PODE ENTRAR E DEIXAR A COMIDA AÍ, POR FAVOR? - Greene gritou e voltou a
ligar o chuveiro, assim como a Catti.
Ronnie remexeu seu bolso e achou um molho de
chaves e procurando um pouco achou uma marcada com um 666. Os dois entram,
tomando cuidado para não derrubar as bandejas, ajeitam tudo na mesa da copa e
vão para a sacada do flat.
- Ué, já foram? Então, o que foi que
você pediu, hein Greene? - perguntou Catti enrolada no roupão preto e penteando
os cabelos, saindo do banheiro.
- Catti, você não lembra que foi você
quem pediu as coisas pra gente? Gente velha é assim, HEHEHE’ – disse Greene,
caçoando da amiga.
- AFF’z, eu só tenho dois anos a mais do
que v... – Catti parou de frente para a janela da sacada e começou a piscar
várias vezes.
- Que foi criatura? Viu um lobisomem?
LOL’ – disse a Greene rindo e ajeitando seu cabelo enquanto caminhava até a
Catti.
- Qu-qu-quase isso, é. – disse a Catti,
mal conseguindo responder.
- Aquilo ali são dois meninos, ou
homens, se abraçando na nossa sacada? – disse a Greene, estacando ao lado da
Catti.
- Si-sim. E eles por acaso nã-não se
parecem com Ma-Max Green e Ro-Ro-Ronnie Radke? – disse a Catti, gaguejando.
- Eu pensei nisso agora mesmo, sabe? –
disse Greene, apertando os olhos pra tentar enxergar algo (já era noite). –
Hey, vocês aí na sacada! – grita.
*CENA EM VELOCIDADE LENTA* Os garotos
ouvem os gritos meio abafados da Greene e rapidamente se viram, os quatro
arregalam os olhos, as meninas estacam, os dois de lá e as duas de cá ficam sem
ação além de empalidecerem:
- Catti, você está vendo o que eu estou
vendo? –disse a Greene se beliscando.
- Tô sim, Greene. Eu estou sim, quer
dizer, isso se você está vendo Ronald Joseph Radke e Maxwell Scott Green no
nosso quarto de hotel, na nossa sacada, de-de frente pra nós. - disse a Catti
deixando cair a escova que estava em suas mãos.
- OK, eu realmente preciso parar de me
drogar - disse Greene balançando a cabeça.
- Você se droga Greene?! – disse a Catti
virando lentamente até conseguir olhar nos olhos de Greene.
- Claro que não, foi uma expressão... eu
acho – disse Greene, voltando a observar os dois seres metros a frente delas.
Na sacada, atrás do vidro da porta:
- Ferrou! – disse Max, pálido.
- O jeito é a gente sair daqui
*suspira*, nem que tenhamos de pedir de joelhos pra elas não dedurarem a gente.
– disse Ronnie sem tirar os olhos das duas garotas.
- OK – disse Max empurrando a porta de
vidro, tremendo.
- O-oi – disse Ronnie encabulado, saindo
primeiro da sacada.
- [AAAAAAAAAAAAAAAA] ELE FALA. - Greene
gritou, olhando de um para outro de seus ídolos.
- Claro! E-ele é um s-ser humano. -
Catti disse dando risada, tentando controlar sua emoção momentaneamente gaga.
Capítulo 8 - Pedindo de Joelhos, Quem Não Aceita?
*CENA
VOLTA A VELOCIDADE NORMAL*
Max e Ronnie se entreolharam e ao mesmo
se ajoelharam no chão a pouco centímetros das meninas, começaram a se explicar
um por cima da fala do outro:
- Então, por favor não... – dizia Max.
- Não façam nada com a gente , eu jur...
– dizia Ronnie.
- A gente nem vinha pra cá, é que umas
doid...- dizia Max.
- Não contem, por favor? – disse Ronnie,
juntando as mãos, implorando.
- Ca-calma a-a-aí – disse a Catti,
atrapalhada.
- Sim – disseram em uníssono, Ronnie e
Max, e depois se calaram, deixando apenas os olhos arregalados.
- A gente não vai contar, mas não é pra
contar o quê? – disse Greene, com sincera curiosidade.
- Um de cada vez, OK? – disse Catti,
recuperada ou pelo menos, apenas chocada.
- Umas meninas estavam correndo atrás de
mim e do Ronnie. Fizeram a maior correria atrás da gente e o único lugar que
encontramos pra nos esconder foi aqui no Heavens e, enfim nos vestimos de
garçons – Max apontou para sua própria roupa – e nos fizeram entregar esse
pedido de vocês e e.. AH é isso não Ronnie? Ronnie?
-AH, é... é sim – disse Ronnie olhando de uma
garota para outra “Elas são lindas!”, pensou. – Erm... então por favor não
contem para ninguém que estamos aqui? Aliás, podemos ficar aqui? – disse Ronnie
com sua melhor cara de pidão.
- AH, isso é covardia hein? Vocês dois
de joelhos e Ronnie fazendo essa caras? Pre-preciso, quer dizer, preciso
pensar! – disse a Catti, escondendo seu nervosismo e felicidade e euforia e
vontade de pular nos dois.
- Pensar no quê, posso saber?! É MAX
GREEN E RONNIE RADKE QUEM ESTÁ PEDINDO NOSSO HUMILDE FLAT 666 E NÃO O MANUEL DA
PADARIA – disse Greene com uma cara estranha.
- Se vamos deixá-los ficar aqui – disse
Catti, perdendo-se ao olhar para seus Greenadke (o nome que as meninas davam à
amizade deles) e voltando rapidamente o olhar para a Greenezinha ao seu lado. –
Vem comigo! – disse para Greene. – E vocês dois podem se sentar aí nesses
sofás. – disse ela apontando os móveis para os dois, seus dedos tremiam.
As duas foram lentamente até o quarto e
da sala, Ronnie e Max puderam ouvir:
- [AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA] Ronnie
e Max no nosso flat em LA? – gritava Greene.
-
É, é o máximo, mas, por favor, fale baixo hun? – disse a Catti, com voz séria.
- C’mon Catti, você não vai deixá-los
ficar aqui? – disse Greene, aflita.
- Claro, que sim né? Lá sou louca?! –
disse Catti, cochichando.
- Weee, então o que você está esperando
pra falar com eles? – disse Greene se encaminhando para a porta do quarto da
Catti.
- Pensa Greene, eles são eles, nossos
divos, maaas dá pra gente tirar mais do que as vantagens óbvias sobre isso não
hun? – disse Catti, com um sorriso sarcástico estampado na cara.
- Han? – disse Greene com cara de
interrogação.
- Vamos lá! – Catti puxou-a até a porta
e ambas saíram rapidamente e os meninos, assustados, se levantaram e começaram
a esfregar suas calças skinny.
- Bom, vocês ficam. – disse Catti,
conseguindo esconder sua ansiedade maravilhosamente bem.
- Nossa muito obrigado, meninas. – disse
Ronnie beijando as mãos da Catti e depois as da Greene, assim como o fez Max.
(os olhos de ambas brilharam)
- Mas com uma condição! – disse Catti,
ainda com seu sorriso sarcástico.
- OMG qual? – disse Max.
- Queremos assistir a gravação de
“Gorgeous Nightmare” do ETF e de “The Drug In Me Is You” do FIR. – disse Catti,
desafiadora.
- HAHA’. Boa – disse a Greene, orgulhosa
da Catti.
- Vocês prometem não dedurar a gente? –
disse Ronnie, devolvendo à Catti o mesmo olhar desafiador, quase desbancando a
atuação que ela fazia para esconder sua animação.
- Sim – disse Catti, ainda segurando o
olhar sério de Ronnie.
- Posso ficar aqui? – Ronnie perguntou e
Catti balançou a cabeça positivamente - Maxwell também? – disse Ronnie
apontando para Max com o polegar.
- Se ele quiser! – disse Catti.
- Você quer ficar por aqui, Max? – disse
a Greene, como que implorando ao Max com os olhos.
- Claro! – disse Max piscando pra Greene
(sim, ela quase morreu).
- Bem-vindos, então – Catti ainda se
conservava séria, sem desviar seus olhos dos olhos de Ronnie.
Então, esse é o momento que as meninas
tinham a vontade de pular nos dois, apertar bochechas, abraçar até quebrar,
beijar até fazer calo nos lábios etc etc etc. Porém, o clima ficou estranho
porque nenhuma teve coragem de fazê-lo até que Ronnie desviou seu olhar do de
Catti e correu abraçá-la, deixando-a suspresa:
- Ronnie, HAHAHA’, que é isso, me coloca
no chão, seu doido. – disse Catti rindo.
- Thanks, por nos deixar ficar aqui com
vocês. - disse Ronnie segurando-a no colo.
Max e Greene [LOL’] se entreolhavam
envergonhados.
- Ronnie, põe a guria no chão! Maan, só
tem tamanho esse cara! – Max pondo as mãos na testa, ao passo que Greene riu
dele, mas no momento em que ele a encarou ela ficou vermelha. – Menina,
obrigado por nos deixar ficar aqui. Muito obrigado mesmo!
-
Ah, que é isso, você é Max Green, meu ídolo desde sempre: baixista, screamer,
lindo, quer dizer, amigo! – disse Greene, se atrapalhando.
- Ah obrigado novamente. – disse Max,
dando seu sorriso bobo. (Sim, Greene morreu de novo).
- Não sei se vocês perceberam, mas eu e a
Catti estamos erm... como posso dizer? Estáticas, em ver vocês assim, aqui e
agora. Então, qualquer ação comprometedora não somos nós mesmas OK? São loucas
que invadiram nossa mente tudo bem? – disse a Greene, olhando do Max para o
Ronnie.
- Desde que vocês não tentem nos deixar
pelados, tudo bem. - disse o Ronnie dando risada.
- Praticamente ao contrário de vocês,
não? – disse o Max alisando o queixo e olhando para as meninas.
- Greene, olha a nossa [AAAAAAAAAAAA]
‘roupa’... – Catti gritou para Greene, e assim que olhou para si e saiu
correndo pro quarto, esvoaçando o roupão.
- PQP... Não acredito! – Greene saiu
correndo para seu quarto.
As meninas, lembrem-se aí, tinham
acabado de tomar banho, certo? Bom, e as roupas estavam assim: Catti com suas
roupas de baixo e o roupão por cima, já a Greene tinha vestido seu ‘pijama’:
camiseta do AC/DC e um shorts hiper mega ultra curto. Se é que me entendem?! Os
dois ficaram rindo na sala:
- Por mim, deviam ter ficado assim
mesmo, é. – disse Max.
- Você não se emenda não, seu tarado?! –
disse Ronnie dando um tapa de leve na cara de Max.
- Hey, parou aí né? – Max se fingiu
super bravo.
- Ui, ficou bravinho! – disse Ronnie
dando seus sorrisos únicos.
As
duas meninas voltaram e uma do lado da outra, milimetricamente posicionadas,
elas estacaram:
- Ei, vocês duas? Vocês aí? Erm.... –
Ronnie estalava os dedos, tentando ver se as garotas se mexiam, se estavam
vivas.
- Como é o nome de vocês? – disse Max,
sentando-se no braço do sofá.
- Caterinne Kirsche. – disse a Catti,
dando um leve sorriso.
- Marcella Collins – disse a Greene.
- Mas... vocês tem apelidos, certo?-
disse o Ronnie. – Eu ouvi, acho que eram apelidos...
- Ela é Catti – disse a Greene, cortando
a Catti – E eu sou Má...
- Ela é Greene – disse a Catti,
radiante.
- Han? Greene? – disse o Max um tanto
confuso.
- Ah, valeu Catti! Já vi que meus amores
secretos vão estar sempre BEEEEM guardados com você! – disse uma Greene,
irônica.
- Greenezinha, não ia adiantar muita
coisa... Você grita isso loucamente quase todos os dias. – disse a Catti se
justificando.
- Hein? Ninguém me respondeu... – disse
Max procurando a resposta no olhar de cada um dos três ali.
- Você é meio burro não? Greene, mané,
vem do SEU nome que por acaso seria Maxwell Scott GREEN?? – disse a Catti
fazendo um ‘pedala’ na testa do Max (liberdade u.U).
- Ah, entendi... Que bonitinho, não?
‘Greene’ porque eu sou seu ídolo, taí gostei! - disse Max, contente para uma
Greene vermelha.
- Caterinne Kirsche, você me paga! –
disse a Greene olhando com seus raios-lasers pra outra garota.
- Quer em dólares ou reais? LOL – disse
a Catti, zombeteira.
- Nossa, Catti! Volta pra tua terra
vai?! – disse a Greene, olhando pra Catti com uma sobrancelha erguida.
Capítulo 9 - Dividindo o Jantar
Ronnie’s POV
Dooode, dessa escapamos por pouco hein? Se a
gente saísse daquele Heavens quando os garçons nos assustaram, perderíamos
aquelas gurias.
Se elas estavam nervosas com a nossa
presença? E como! Mas pareciam ser ambas muito simpáticas, além de lindas. Eu
olhava para elas e tentava saber qual era sua nacionalidade, mas tava difícil,
é que alguma coisa nelas me dizia que não eram dos EUA. Eu não sou detalhista,
então perguntei:
- De onde são vocês?
- Brasil, São Paulo para ser mais exata!
– respondeu a menina que antes estava de ‘pijama’, acho que é a Greene.
- HÁ, sabia! – disse o Max.
- Como assim sabia? – perguntei
impressionado com o Max.
- Meninas deem uma voltinha aí... –
disse Max ajeitando seus cabelos atrás das orelhas.
Quando as meninas deram suas voltas eu
percebi que eram mesmo brasileiras, e faziam jus a seu país. Max me olhava com
cara de: ”Eu te disse”. Esse Maxwell Perv Green!
Ronnie’s
POV OFF
Greene’s POV
Gente, é isso mesmo? Max Green e Ronnie
Radke no nosso flat? HAHA’ eu ainda não acredito. A Catti ficou hilária gaga
por alguns minutos, e olha que eu nunca tinha visto ela ficar tão nervosa por
alguma coisa. Mas deve ser o Ronnie, porque, cara, ela morre por causa dele.
Tipo, eu com o Max. Sim, eu estou besta com eles aqui, tão perto da gente,
precisando da gente, olhando pra gente... AIAI’.
Greene’s POV OFF
Catti resolveu cortar a situação anterior,
porque as duas ficaram vermelhas assim que entenderam o motivo da ‘voltinha’:
- Erm... Vocês querem jantar? – disse a
Catti, fingindo ajeitar a mesa já arrumada.
- Maan, até me esqueci da fome! Então...
o que é que vocês têm aí? – disse o Ronnie se espreguiçando.
- Eu acho que eu pedi um yakissoba e pra
Greene.... erm.... acho que pedi macarrão com queijo. É isso? Olhem aí por
favor! – disse a Catti, confusa.
- É isso mesmo, Catti – disse o Max,
olhando pra dentro das bandejas. – Podemos comer, já?
- Claro... – disse a Greene, encabulada.
– Peguem os pratos, talheres e podem se servir...
- HAHA, que fofas, elas vão dividir o
jantar com a gente. – disse o Ronnie, irônico. – Vamos Max, a gente pede alguma
coisa por telefone etc.
- É pode ser também – disse Max com cara
de mimimi’.
- Não, imagina. Podem comer aí sim... –
disse a Catti. – E outra o restaurante já parou de servir os jantares, nem dá
pra pedir mais nada.
- Não têm problemas mesmo, meninas? –
disse Ronnie sério.
- Mesmo, mesmo – disse a Greene, criando
coragem pra olhar Max nos olhos.
- OK. – disse Ronnie, pegando um prato e
passando outro para o Max.
Os ‘garotos’ se serviram e sentaram cada
um num canto, comeram tranquilamente sua refeição conversando vez ou outra:
- Isso é verdade hein? – disse Max,
rindo de si mesmo.
- Aquela vez em que estávamos no Warped
Tour em 2006 e que você bebeu tanto que não sabia a diferença entre mim e a
Jenett Holmes? Lembra? – disse Ronnie limpando a boca com um guardanapo.
- HAHA, eu quase beijei você achando que
era ela, é a única coisa que eu lembro. – disse Max, rindo.
- E vocês meninas, não tem nada pra
contar da viagem de vocês ou outra coisa legal? – disse Ronnie olhando para
cada uma das garotas.
- Ah, não muito. Só que a Catti me
contou dessa viagem anteontem e ontem foi quando viajamos pra cá... – disse a
Greene, sorrindo para a Catti.
- Se eu contasse antes ela iria me
atormentar até a hora em que saíssemos do avião aqui em LA. – disse Catti,
explicando suas razões.
- Que maldade em Srta. Kirsche. – disse
Ronnie fazendo cara de reprovação.
- Ih, já sabe até o sobrenome da Catti,
é? – disse Max, brincalhão.
- É, Max, é. – disse Ronnie, olhando Max
com certo desprezo.
- Cara, parece que o sono está tomando
conta de mim [KKK] – disse Max, bocejando. – Que horas são?
- Quase meia-noite. – disse a Greene, se
esticando para ver as horas no relógio da cozinha.
- Vou pegar as roupas de cama. – disse a
Catti saindo rapidamente da sala.
- Vou com você. – disse a Greene,
agarrando-se no braço da Catti o mais rápido possível.
- Não Greene, a senhora vai ficar aí no
seu lugarzinho, OK? – disse a Catti mirando nos olhos de Greene, séria.
- Catti, eu não posso ficar sozinha com
eles, nem tenho assunto pra puxar! – cochichou Greene para a amiga.
- Pergunte ao Ronnie ou ao Max sobre o
último CD deles, ou onde serão as gravações dos dois clipes, ou como anda a
vida dos dois dentro e fora do estúdio. Ah, Greene essas perguntas de fãs, ora.
– disse a Catti, se desvencilhando de Greene.
- OK então. – disse a Greene sentando-se
na beira do sofá – Erm... Como vocês estão conseguindo conciliar estúdio e
shows, hein?
- A gente vai levando, descansa em
ônibus, come em qualquer restaurante, etc. – disse o Ronnie com Max concordando
ao seu lado.
Catti voltou com vários lençóis,
travesseiros, edredons nos braços:
- Com licença meninos. Será que eu
poderia arrumar as camas aqui nestes dois sofás? – disse a Catti, toda cordial.
- Ah, nem precisavam ter se preocupado!
– disse Max, estendendo um lençol sobre um dos sofás. – Pode deixar que a gente
ajeita aqui onde vamos dormir.
- Ei, aqui NÓS vamos dormir! – disse a
Greene.
- É, vocês vão dormir cada um num
quarto! Tipo, um no meu e outro no da Greene. – disse a Catti, pegando os
travesseiros e jogando um em cada sofá.
- Claro que não! Vocês dormem em seus
quartos e eu e o Max dormimos aqui na sala. – disse o Ronnie. – Não é Max?
- Isso mesmo, já estou até bem acomodado
aqui, ó. – disse o Max se espreguiçando sobre um dos edredons.
- Não, vocês vão dormir lá e pronto! –
disse a Greene, séria.
- Erm.. vamos fazer assim então.. Vocês
duas dormem num quarto e eu e o Ronnie dormimos no outro, OK? – disse o Max
tentando conciliar a situação.
- Se é assim, fazer o que né? – disse a
Catti, levantando os ombros.
- Então, boa noite pra vocês, meninos –
disse a Greene.
- Boa noite pra vocês também – disseram
Ronnie e Max.
- E mais uma vez, obrigado por nos
deixarem ficar aqui! – disse Max, agradecido.
- Imagina! – disse a Catti.
E as meninas foram para o quarto da
Greene, colocaram seus pijamas, encostaram a porta, ajeitaram os travesseiros e
quando iam deitar:
- GREEEEEEENEEEEE, MAXWELL SCOTT GREEN E RONALD JOSEPH RADKE NO NOSSO
FLAT? [AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA]
COMO ASSIM? MAAAN, NEM ENTENDO COMO NÃO GRITEI ANTES E [AAAAAAAAAAAAA] ELES SÃO
MAIS LINDOS PESSOALMENTE. EU RE-AL-MEN-TE NÃO ACREDITO. – disse Catti pulando
descontroladamente na cama, assustando a Greene.
- Caramba Catti, a última vez em que eu
vi você desse jeito foi quando a gente foi no show do ETF no Rio de Janeiro...
Mas dessa vez está tipo, milhões de vezes pior [KKKK’] – disse a Greene
estranhando a amiga.
- Ah, pára Greene, eu sei que aí dentro
do seu coraçãozinho tem alguma coisa dizendo pra você gritar até o ar dos
pulmões acabar. Não é verdade? – disse a Catti, parando apenas para respirar.
- CLARO QUE É NÉ CATTI! CAAAAAARA SÃO
ELES: RONNIE E MAX NO NOSSO QUARTO DE HOTEL EM LA... ÓBVIO QUE EU TAMBÉM NÃO
ACREDITO... EU NÃO SEI COMO NÃO PULEI NELES AINDA. DE VERDADE EU NÃO SEI E... –
Greene gritava o mais alto que podia.
- Caham, caham Greenezinhaa? – disse a
Catti tentando disfarçar a vergonha na voz.
Essas duas loucas varridas berraram
tanto, mais tanto, que acordaram os meninos, e estes vieram correndo ver se
tinha algo errado acontecendo (elas tinham feito essa bagunça falando em
português ¬¬’). Os dois vieram tão atrapalhados para o quarto que chegaram ao
batente da porta no seguinte estado: sem tênis; cabelos despenteados e muito
bagunçados; maquiagem borrada; pés descalços ou com uma meia só; com suas
camisetas e sem calças, apenas de cuecas boxers:
- Gente, me desculpem, é! Vocês estão
dormindo né? – disse a Greene com a mesma vergonha estampada na cara da Catti.
- Quer dizer, estávamos não? – disse o
Max, coçando os olhos.
- OK, podem voltar a dormir. Prometo que
não gritamos mais, tá? – disse a Catti, tentando não olhar para os outros que
ali estavam.
Greene’s POV
HAHAHA’, vocês não tem a mínima idéia da vergonha
que eu estava. Eu, principalmente, tinha berrado tanto, que não sabia onde
escondia minha cara vermelha. E outra, não eram nossos pais, ou amigos, ou
ex-namorados que estavam ali vendo (e ouvindo MUITO BEM) aquela cena horrorosa,
eram Max e Ronnie. Tudo bem que eles estavam bem esculachados e OH SHIT, eles
ficam bonitos até bagunçados daquele jeito. Mas eram eles, nossos ídolos de
sempre.
Uma cena daquelas era a última coisa que
eu desejaria que eles vissem. Só pra vocês terem uma ideia eu estava em cima da
cama, a Catti estava puxando os cabelos na frente da penteadeira e nossos
edredons estavam todos jogados pelo quarto...
Vergonha, que vergonha!!
Greene’s POV OFF
- Bom, a gente está sem sono mesmo... –
disse Max.
- Será que a gente poderia ficar aqui
conversando com vocês até o sono chegar? – disse Ronnie ajeitando seus cabelos.
- Claro, claro, sentem-se aí. – disse
Catti mostrando a cama para os dois descabelados.
- Obrigado... então, o que é que vocês
gritaram tanto hein? – disse o Max, curioso.
- AH, vai dizer que vocês não ouviram? –
disse a Greene, levantando uma sobrancelha.
- Ouvir a gente ouviu, mas estava em...
AH não era inglês, pelo menos não parecia. – disse Ronnie.
- AH, falamos em português? – exclamaram
juntas as meninas.
- Isso, português, foi nesse aí que
vocês falaram. – disse Max.
- OK, desculpem duas vezes então. A
gente só estava comentando como é legal ver vocês aqui com a gente etc. – disse
a Catti.
- De verdade a gente não está
acreditando que são vocês aqui do nosso lado, na nossa cama, no nosso quarto,
no nosso flat. – disse a Greene, se perdendo nos olhos do Green.
-
Então, deem suas mãos pra gente – disse Ronnie segurando a mão da Catti e da
Greene e colocando-as em seu peito, fazendo-as sentir sua pulsação. (Catti
quase caiu desmaiada. Ronnie a olhava nos olhos, ao ponto em que ela tirou a
mão de Ronnie o mais rápido que pôde).
- OK, eles são de verdade. Erm... e eu
ainda não acredito... – disse a Catti, tentando esconder sua alegria de ter
Ronnie tão perto.
- É... e então vocês vieram pra cá por
que? – disse Max, tentando quebrar o gelo.
- Ideias da Catti... Essa doida deve ter
guardado dinheiro da nossa mesada durante um bom tempo sabe? – disse a Greene,
dando um soco fraco nos ombros da Catti.
- AH é? O que foi que você andou
aprontando Srta. Caterinne? – disse Max apertando os olhos.
- Pensei que seria legal trazer a Greene
pra LA, eu já tinha vindo uma vez, mas ela nunca. Então pedi autorização aos
meus pais e aos pais dela... Sim Greene, seus pais sabiam há um bom tempo... E
eles permitiram, então tratei de juntar a maior grana que pude e aqui estamos
nós! – disse Catti, toda orgulhosa de si.
- Mas quantos anos vocês têm?- disse
Ronnie, interessado.
- Eu tenho 16 e a Catti tem 18. – disse
Greene respondendo prontamente a pergunta.
- HAHAHA, estão zoando né? – disse Max
se ajeitando na cama.
- É sério, seu Max! Eu tenho mesmo
dezoito anos e ela, dezesseis. – disse Catti, indiferente.
- E vocês tem cara de mais velhas, só
comentando. – disse Ronnie, embasbacado.
- Desse jeito vocês conseguem ingressos
fácil, fácil para coisas que exigem maiores de 21 né? – disse Max, meio
malicioso.
- Pode-se dizer que sim. – disse Catti,
devolvendo o mesmo olhar ao Max.
- Ei, mas contem aí de vocês... Porque,
sem querer falar muito, vocês dois aí estavam brigados fazem quase 3 anos não?
E agora aparecem aí juntos, do nada? - disse Greene, apontando para os dois
garotos.
- A gente combinou de conversar no
Hell-A de hoje à noite, só que... AH o resto vocês conhecem né? – disse Ronnie.
- HÁ, esse Hell-A nos chamando,
atiçando, irritando às vezes, é certeza que era por causa deles né Greene? –
disse Catti, ligeiramente perplexa.
- Sabia que alguma coisa nesse Hell-A me
mostrava algo muito importante... – disse a Greene, acabando sua frase consigo
mesma.
- Então, é que enquanto estávamos na
sacada, antes de vocês descobrirem a gente, eu expliquei toda a situação da
época com relação a mim ao Ronnie. Expliquei pra ele que eu era muito jovem e
irresponsável, fiquei com medo de tudo acabar sobrando pra mim... Essas coisas,
sabe? Tipo, se fosse hoje, que estou mais maduro, nunca deixaria ele segurar aquela
barra... – disse Max, procurando apoio nos olhos do amigo.
- É, pensando bem eu sou apenas um ano
mais velho que você e sempre fui o mais responsável, não? – disse Ronnie,
presunçoso.
- E foi tudo isso que disse ao Ronnie.
No começo ele não queria me deixar falar, mas depois foi ouvindo tudo o que eu
tinha a dizer e compreendeu minhas razões pra ter agido tão estupidamente. –
disse Max, balançando negativamente a cabeça.
- E eu entendi, realmente entendi... E o
mais importante, desculpei-o por tudo. – disse Ronnie despenteando o já
bagunçado cabelo do Max.
- Ronnie Radke é o cara né? – disse Max,
de forma retórica, sorrindo para o amigo.
- Sim, é o cara! – disse a Catti, sem
conter sua admiração por Ronnie, até que Greene a beliscou de leve.
- Erm... e como andam as gravações? –
disse Greene, trocando de assunto.
- Noooossa, pelas ideias dos produtores,
tanto “The Drug In Me Is You” quanto “Gorgeous Nightmare”, serão demais! –
disse Max, feliz.
- Tomara mesmo porque a gente não está a
fim de ver porcaria, tá? – disse a Greene, fingindo metidez.
- Como se alguma coisa que a gente
fizesse fosse alguma porcaria, né? – disse Max, todo contrariado.
- Digidim, digidim ♪ - cantaram juntas
as meninas, e caíram uma por cima da outra rindo, deixando os meninos com cara
de ‘WTF’.
- Seja lá o que for, é melhor nem
perguntar tá?- advertiu Max à Ronnie que já abrira a boca para questionar.
- Meninas, vocês me lembram do meu tempo
de adolescente/jovem! – disse Ronnie, um tanto nostálgico.
- HAHAHA’, falou o velho – disse a
Greene.
- Né! – concordou a Catti.
- Sério, nessa época eu ainda fazia cada
coisa idiota. Acho que eu já conhecia vocês do ETF, Max? – disse Ronnie.
- Acredito que sim... AH claro,
lembra-se daquela vez em que pegamos o carro do Robert e passeamos pela cidade,
zerando o tanque de gasolina dele? AHAHAHA’, até fiquei com dó dele aquele dia.
– disse Max, rindo.
As meninas se acomodaram: Catti deitou a
cabeça no colo da Greene, e as duas se puseram a ouvir caladas as histórias de
seus ídolos.
- HAHA, aquela vez que você perdeu a
chave da sua casa e todo mundo ficou até sei lá que horas da madrugada
esperando seu pai chegar do serviço? – disse Max.
- AH, e ele chegou achando que estávamos
bêbados, e aquela acho que foi a única vez em que estávamos lúcidos. HAHA meu
pai, sempre sendo meu companheiro, recolheu todos nós e colocou cada um num
sofá ou cama de casa... – disse Ronnie.
- E ainda teve paciência conosco no
outro dia. – disse Max – Seu pai ainda é daquele mesmo jeito?
- A idade está chegando, mas ele
continua com aquela mesma animação. – disse Ronnie, lembrando-se de seu querido
pai.
E os Greenadke conversaram por mais
alguns minutos até que se deram conta de que já era tarde e as meninas tinham
adormecido ouvindo as histórias deles:
- Vamos ajeitá-las aqui, Ronnie? – disse
Max, colocando os travesseiros das duas na cabeceira da cama.
- OK, ajeite os edredons que eu coloco
elas depois por cima deles e depois as cobrimos. – disse Ronnie, segurando
Greene nos braços.
Depois de
arrumarem as meninas em suas camas, os dois caíram exaustos em sua king size e
dormiram feito bebês.Capítulo 10 - Dedura ou Não Dedura?
Catti’s POV
Acordei meio assustada no outro dia, e
fui à cozinha tomar água e ver que horas eram: 09:23hs da manhã.
Apesar, de não podermos (nem querermos)
dedurar os Greenadke para ninguém, eu tinha que fazer apenas uma pessoa tomar
conhecimento de que eles estavam ali: o senhor gerente do hotel.
Vocês devem imaginar a cena de alguma
camareira, secretária, garçom, entrando naquele flat e dando de cara com dois
homens (ainda que fossem Max e Ronnie) que não fizeram as reservas como nós
havíamos feito? No mínimo quando eu e a Greene aparecêssemos eles iriam nos
levar à polícia e isso poderia parar até na embaixada brasileira e noooossa,
daria um rolo danado. Então resolvi acordar a Greene, para falarmos com o
gerente:
- Greene, acorda? – disse eu
chacoalhando-a.
- Catti? Han? Por quê? Você sabe que
horas são, menina? – disse a Greene, abrindo um dos olhos.
- Greene. – sentei-me na cama –
Precisamos contar ao gerente que os meninos estão aqui...
- Catti, a gente prometeu que eles poderiam
ficar aqui e que não contaríamos nada a ninguém!- disse a Greene, preocupada.
- Mas Greene, se os caras aqui do
Heavens descobrem, a gente está ferrada. É, nós temos que ir lá falar com ele..
pelo menos dizer que temos mais duas pessoas no flat conosco e que pagaremos
mais duas diárias – disse eu, procurando uma solução.
-
Ok, vamos então, né! – disse a Greene levantando-se da cama de mal humor.
- Ah, vamos lá Greenezinha! – eu disse
tentando animá-la.
- E outra, isso lá é hora de acordar
alguém? – disse ela a mim depois de ter visto as horas na cozinha.
Catti’s
POV OFF
As meninas se levantaram, escovaram os
dentes, trocaram de roupa, arrumaram os cabelos e saíram com a cara e a coragem
falar com o senhor gerente. Porém, alguém no 666 ouviu a conversa toda...
Max’s POV
HAHA’, aquelas meninas só esperaram a gente
dormir pra irem até a recepção contar que estamos aqui no flat delas... Eu
falei... Por mais que sejam nossas fãs... Resolvi me vestir de qualquer jeito e
acordar o Ronnie para fugirmos dali o mais rápido possível. A gente não podia
se visto ali porque ia dar um problema danado.
E quem disse que o Ronnie acordava? HAHAHA’
eu chamei pelo nome dele, gritei, chacoalhei, puxei fios de cabelo, coloquei
uma mão gelada no pescoço dele e nada, até que, como minha última alternativa,
fiz um screamo na orelha dele:
- CAAAAARA O QUE FOI ISSO? QUE MERDA DE
IDEIA É ESSA DE ME ACORDAR COM SCREAMO? – disse Ronnie com os olhos super
arregalados.
- Fiz de tudo ‘normal’ pra te acordar e
nada... Tive que fazer screamo né? – eu disse, me justificando. – AH, desculpa
aí!
- Mas então, já que me acordou e ainda deve
ser cedo – olhou pela janela do quarto – deve ter sido por causa de algo
MUUUUUITO importante né , Maxwell? – disse Ronnie ainda irritado.
- Dude, as meninas foram lá contar ao dono
do hotel que estamos aqui. Ferrou, Ronnie! Troca de roupa aí, o mais rápido
possível que a gente tem que vazar daqui agora mesmo! – disse eu, sem nem mesmo
parar para respirar.
- Pára de mentira né Maxwell? Maaan, as meninas
prometeram que não iam contar nada para ninguém, lembra? – disse Ronnie,
vestindo sua calça.
- Então, eu lembro sim.. mas ouvi elas
conversando hoje de manhã e acabaram de descer lá na recepção falar com os
caras. Vamos Ronnie, a gente tem que sair daqui AGORA! – disse eu, empurrando-o
para a porta do quarto.
Max’s POV OFF
Quando os meninos estavam quase saindo do
quarto, estacaram ao ouvir passos e vozes de dentro do flat:
- Então, senhor Sullivan, eles ainda
estão dormindo ali no quarto, mas são eles mesmo: Ronnie Radke e Maxwell Green
– disse a Greene, apontando o quarto da Catti.
- São eles mesmo? Mas o que fazem aqui?
– perguntou Sullivan, suspreso.
- São sim, então... eles estavam fugindo
da multidão que estava atrás deles vindos lá do Hell-A. – disse a Catti.
- OK, e o que vocês querem que eu faça?
– disse o senhor Sullivan, prestativo.
Ronnie’s
POV
Nós ouvíamos a conversa com as orelhas
na porta. Como assim, elas deduram a gente e ainda vão decidir o que vão fazer
conosco? AFFz, nunca deveria ter entrado no flat delas. Agora eu e o Max
estamos bem ferrados:
- OH SHIT! – eu exclamei um tanto alto,
fazendo o Max virar pra mim com o indicador na boca me pedindo silêncio.
Ronnie’s POV OFF
- Bom senhor Sullivan: eu apenas queria
que o senhor permitisse que eles ficassem conosco? – disse Catti, fechando os
olhos esperando uma negativa a sua pergunta.
- É, nós pagamos pelas diárias deles e
por tudo que consumirem por aqui... – Greene tentava convencer.
- Mas claro que eles podem ficar por
aqui, meninas... – dizia tranquilamente Sullivan. – Nem sei porque não me
falaram sobre isso antes. O Heavens sempre recebe famosos que não querem ser
incomodados, e nós sempre agimos com discrição!
- Sério mesmo, senhor Sullivan? –
perguntou a Catti, incrédula.
- Sim! Nem precisam fazer o check-in dos
dois... deixem isso comigo, OK? – disse um sorridente Sullivan.
- Nossa nem sei como agradecer ao
senhor! – disse a Catti.
- Nós pagaremos por tudo OK? – repetiu a
Greene.
- Não se preocupem com isso agora! AH,
eu apenas preciso de dois nomes para representar eles dois... que tal Rudolf
Rowland e Mark Gulliver? – disse Sullivan, rindo. – Mantemos as iniciais só
para que vocês lembrem depois tá?
- Ótimo. – disse a Catti. – Muito
obrigada mesmo, Senhor Sullivan!
- Já anotei aqui, ó: Rudolf Rowland e
Mark Gulliver. – Greene disse, rindo.
- Boa estadia, garotas! E cuidem bem de
Rowland e Gulliver OK? – disse Sullivan, sarcástico.
- Pode deixar! – disse Greene, se
despedindo com uma continência enquanto Catti levava o senhor até a porta.
Os meninos no quarto quando
compreenderam toda a situação que tinham se precipitado em entender, o mais
imperceptível possível deitaram novamente na cama e fingiram dormir:
- AH, que bom que ele aceitou né Catti? –
disse Greene, cochichando enquanto entrava lentamente no quarto dos Greenadke.
- Pois é, Greene! – disse Catti, com um
sorriso malicioso nos lábios.
- Imagina se a gente ia dedurar por mal
esses dois né? – disse a Greene, captando o motivo do sorriso da amiga.
- Então... erm... Ronnie será que você
pode dormir sem os sapatos, por favor? – disse a Catti, cruzando os braços e
acendendo a luz.
- E Max, essa sua calça do avesso aí? –
disse Greene, também cruzando os braços.
- Então né! – disse o Ronnie, sentando-se
envergonhado na cama.
Max ainda fingia dormir, mesmo sentindo
o olhar de todos sobre ele:
- Max, já pode parar se quiser tá? –
disse Ronnie, colocando a mão nas costas do amigo.
- Han? Que está acontecendo aqui? Que
horas são? – perguntou Max, fingindo-se de sonolento.
- Maxwell Green, não precisamos mais dos
seus talentos de ator, OK? - disse a Greene, rindo da cara do Max.
- [AAAAAAA]. OK então... Pensei que
vocês iam realmente dedurar a gente e acordei o Ronnie pra sairmos correndo
daqui. – disse Max, encabulado.
- Pois pensou errado, Max. – disse a
Catti – a gente tinha que falar pelo menos para o dono do Heavens, porque uma
hora ou outra ele ou os seus funcionários iriam subir aqui e veriam vocês... E
a gente? Como a gente explicaria?!
- É verdade, a gente não tinha pensado
nisso... – disse Ronnie olhando para o chão.
- Tudo bem! Agora vamos levantando daí e
descer tomar café? – disse a Greene, entusiasmada.
- Opa, vamos sim! Estou morrendo de
fome. – disse Max.
- Ninguém vai encrencar mesmo com isso
né? Assim, com a gente aqui? – disse Ronnie, um tanto preocupado.
- Não, não. Já está tudo resolvido,
senhores. – disse a Catti fazendo sinal de passagem para os dois.
- Meninas, obrigada de novo! – disse
Max, agradecido.
- Imagina, vocês são nossos ídolos,
faríamos qualquer coisa pra ajudar vocês! – disse a Greene com uma piscadela.
Todos se aprontaram e desceram para o
restaurante, que naquela hora, já não tinham tantas pessoas tomando café.
- Obrigada! – disse Greene, agradecendo
ao garçom que trouxe seu achocolatado.
- Pode trazer para mim dois ovos mexidos
com bacon? E você Ronnie, quer? OK, quatro ovos então. – pedia Max ao garçom. –
Obrigado!
- Pra mim pode trazer um suco de laranja
e cereais, por favor? – disse a Catti.
Todos se fartaram do delicioso café do
Heavens (Cá entre nós, café da manhã de hotel é uma delícia não?). As meninas
trocaram de roupa e foram comprar roupas para os Greenadke, porque desde o dia
anterior que tinham apenas duas mudas de roupas. Como eles são ricos, foram na
Hot Topic comprar tanto roupas quanto sapatos, acessórios e CDs:
- Bom, eu acho que você ficaria legal
numa blusa de couro hein Ronnie? – disse a Greene, colocando nas mãos dele dois
tipos.
- Será? – disse Ronnie, olhando-se em um
dos espelhos. – Vou perguntar pra Catti... Hey Catti, gosta dessa blusa em mim?
Tem preta e branca...
- Acho que está ótimo em você! – disse a
Catti, se aproximando de onde estava Greene e Ronnie.
- OK, vou levar a preta então.
- Ei, Greene. Vá ajudar lá o Max? Ele
disse que está procurando uma calça de um tamanho lá, mas não tá achando... –
disse a Catti.
- Ele tá sem os óculos, não? – disse
Ronnie, tentando enxergar o rosto do amigo.
- OK, vou lá! – disse a Greene, indo
rapidamente até a prateleira que Max procurava suas roupas.
Ronnie’s POV
Fomos a Hot Topic comprar roupas e me
lembrei de que da última vez que fui naquela loja, não tinha tanta coisa como
tem agora... caramba! E as meninas estavam ajudando a gente a escolher as
peças, pensei em comprar as roupas que elas quisessem, falei com o Max e ele
topou. Compraríamos o que e onde elas quisessem, porque elas foram tão gentis
com a gente que seria legal oferecer presentes não? Conversamos com elas, e
elas logo negaram, disseram que não era preciso e tal, que ajudaram a gente de
coração, mas nós insistimos e elas foram vencidas pelo cansaço e falta de
argumentos [KKKKK’].
Ronnie’s
POV OFF
Catti's POV
Acho que eu nunca ouvi tantos “eu quero”
em toda a minha vida HAHAHA'. Tudo que a Greene via ela queria, não posso dizer
também porque estava encantada com aquele lugar enorme cheio de coisas legais.
Fiquei até com dó dos garotos, porque eles disseram que comprariam tudo que a
gente quisesse e a Greene abusou. No final, eles que tinham que comprar roupas,
compraram só o básico.
Catti's POV OFF
Já no hotel Catti foi trazendo suas
coisas para o quarto da Greene, para deixar o outro quarto para os garotos.
Com tudo já mudado começou aquele negócio de
vestir uma coisa, xeretar outra, gritando com uma ou outra peça de roupa e o
quarto estava naquela bagunça, os dois quartos estavam uma bagunça, porque os
Greenadke tinham jogado suas sacolas em cima da cama e as meninas tentavam
organizar, até que o telefone de Ronnie toca:
- Quem era, dude? - perguntou Max depois
que Ronnie desligou o telefone.
- Era o Jacky, ele estava atrás de mim
por causa do meu sumiço repentino. – disse Ronnie.
- Jacky, Jacky Vincent no telefone?! –
Greene e Catti vieram correndo e com os olhinhos brilhando.
- Era, sim. - disse o Ronnie colocando o
celular no bolso.
- [AAAAAAAAAAA] Deve ser demais ter um
famoso no celular, ainda mais um guitarrista daqueles. - diz Greene com a mão
no rosto, encarando a Catti.
- Ainda mais o Jacky. - disse a Catti
também sorrindo. – J-a-c-k-y.
Depois de muita arrumação e sacolas no
lixo foi a vez do telefone do Max tocar, e depois de atender ao seu IPhone
branco:
- Quem é agora? O TJ Bell? – disse Catti,
sorrindo de canto, jogando mais uma sacola no monte que estava ao seu lado.
- Esse cara saiu da banda esqueceu? Eu
voltei. - disse Max dando risada. - Era o Craig ligando pra nos passar o
endereço e tudo mais de onde vai ser a gravação do Gorgeous.
- E onde vai ser? - perguntou Greene.
- Numa “chácara” - disse Max, fazendo
aspas com os dedos. - Perto de Hollywood, daqui a dois dias. – Mas querem que
nós vamos para lá hoje ou amanhã...
-Hmmm... - disseram as garotas em
uníssono. - *cochichando* E a gente vai ver!
O resto da tarde os quatro se revezaram
entre comida, piscinas, flat, salão de jogos e mais tarde foram arrumar suas
malas pra ir até o local de gravação do clipe:
- Hey Ronnie, porque você está arrumando
suas malas também? – perguntou Max, apoiado no batente da porta do quarto
deles.
- Ué, vou pra gravação do clipe! – disse
Ronnie.
- Sério? Vai me ver tocar, é? LOL –
disse Max, presunçoso.
- Só se você quiser substituir o Mika –
disse Ronnie, guardando suas roupas novas numa mala que tinha comprado.
- Han? – disse Max, tentando entender a
situação. – Você vai pra gravação do Gorgeous?
- Não, cara. Vou gravar “The Drug In Me
Is You” com o Falling! – disse Ronnie, surpreso.
- Quando? – disse Max.
- Daqui a dois dias! – disse Ronnie. – E
já estou indo pra lá!
- OMG, a gente também! – disse Max.
- Como assim a gente? As meninas vão
comigo! – disse Ronnie – Elas disseram que queriam assistir à gravação.
- Disseram que queriam ver a gravação do
Gorgeous também... E agora? – disse Max, preocupado. – Eu não sabia que você
tinha marcado pro mesmo dia que o ETF!
- Mas foi o Ricky Santis, nosso produtor
quem falou! – disse Ronnie, fechando o zíper de sua mala.
- AFFz o Ricky também produz pro ETF! –
disse Max, intrigado.
- Então, deve estar havendo algum
problema! Faz o seguinte, você me leva até onde será a gravação do FIR e depois
vai pra onde será a do ETF, OK?
- Vamos lá ver o lugar do clipe do ETF,
depois vamos ao do FIR. –disse Max. – Agora me bateu a preocupação de onde será
o quê.
- Fazer o que né! – disse Ronnie,
irritado.
- O carro é meu e você nem sabe dirigir,
OK? – disse Max, zombando do amigo.
- HAHAHAHA’ – disse Ronnie, disfarçando
sua raiva momentânea.
- Catti, já pegou tudo? – disse a
Greene, preocupada.
- Carregadores, escovas de dente, malas,
bolsas de mão, minha blusa e... AH você foi lá falar com o senhor Sullivan?-
perguntou Catti.
- Falei sim, ele disse “Tudo OK,
meninas” – disse Greene, imitando Sullivan.
- OK. – disse Catti – Greenadke, podemos
sair agora?
- Você está chamando Green ou Radke? –
perguntou Ronnie colocando a cabeça para fora do quarto.
- Os dois: Green e Radke, que é igual à
Greenadke! – disse a Greene.
- AH, entendi! – disse Max, arrastando
sua mala para o corredor da sala.
- OK, vamos? – disse a Catti, abrindo a
porta do flat.
- Erm.. vamos de carro, ou de taxi? –
disse a Greene.
- De carro, no meu carro! – disse Max,
girando as chaves que tirou do bolso.
- WEEEEEEE! – exclamaram as duas
garotas.
- Vocês são loucas não? – disse Ronnie,
carregando sua mala.
- Só de vez em quando. – disse a Catti
entrando no elevador.
Tudo bem que ninguém ali ficaria dias e
dias fora do hotel, mas imaginem quatro malas, mais duas pessoas pequenas
(Catti e Max), uma pessoa alta (Greene) e uma pessoa gigante (Ronnie) dentro de
um mesmo elevador. Impraticável né? [KKKKKK]
Pois
então, umas seis da tarde, debaixo de um pôr-do-sol minguado, os quatro se
ajeitaram no carro do Max e partiram para o local onde ficariam hospedados pra
fazer o clipe de Gorgeous Nightmare.Capítulo 11 - Mansão com Rockstars
Greene’s POV
Como se não bastasse estar com o Max durante...
deixe-me ver.. umas 43 horas... nós estávamos andando no carro dele. [AAAAAAA]
meu Maxwell<3. Eu estava morrendo ali do lado dele, bom, na verdade estava
no banco de trás, mas estava tão perto do meu ídolo, que aiai!
Eu sei que a Catti também está muito
feliz com isso, ela não deve ter falado muito nos POV dela, porque ela não é de
falar tanto essas coisas, mas ela tá MUUUUUUITO contente por ter o Ronnie
pertinho dela. Ela realmente morreria por ele... Ownti<3
Bom, no carro do Max pedimos pra ele
ligar o rádio e depois de trocar algumas estações até que escutamos aquela do
The Darkness “I Believe In A Thing Called Love” e todos começaram a cantar
feito loucos...
Definitivamente,
até isso é legal fazer ao lado de Max e Ronnie.
Greene’s POV OFF
Max estacionou o carro em frente a uma
mansão de fachada toda em mármore preto, bem decorada etc, fazendo as meninas
ficarem boquiabertas, e assim elas permaneceram até que todos os cômodos da
casa foram mostrados a elas:
- Eita hein, que luxo esse lugar! –
disse Ronnie, olhando em volta da garagem onde haviam estacionados vários
outros carros.
- Nem eu sabia que seria aqui... mas o
Craig me disse que seria numa espécie de chácara? WTF – disse Max, mexendo no
cabelo.
- O Craig deve estar de graça com você!
– disse a Greene, dando um pedala na testa do Max.
- IH, isso virou mania já né? – disse
Max ajeitando novamente os cabelos.
- Isso mesmo, meninas! Max merece! –
disse Ronnie, gargalhando.
- Você também! – disse Max, fazendo a
mesma coisa na testa do amigo.
- Eu mereço isso, não? – disse a Catti,
rindo.
- Hey Max! Hey Ronnie! – disse um homem
de touca, saindo de dentro da casa e cumprimentando Max e Ronnie.
- Dude! Quanto tempo... mas então, é
aqui mesmo a gravação? – perguntou Max.
- Cara, aqui é onde nós, a produção,
estamos alojados e vocês também!– disse o homem balançando a cabeça.
- OK, Max você já pode me levar até onde
vou gravar com o Falling?- perguntou Ronnie ao amigo.
- Desculpe me intrometer, mas todo o
pessoal do FIR também está por aqui, Ronnie! – disse o cara, apontando com o
polegar para dentro da mansão – Estão todos te esperando pra passar o roteiro
etc...
- AH sério? – disse Ronnie, feliz.
- Sério mesmo, entra aí. Acho que o Mika
estava te procurando pra falar alguma coisa que o Ricky te pediu pra refazer ou
reprogramar, não sei... – disse o homem, abrindo a porta da mansão.
- Obrigado, dude! – disse Ronnie,
carregando sua mala porta adentro e logo foi possível escutar vários tipos de
saudações.
- E então quem são... AH Max, o Ricky
pediu pra avisar você que era pra você dar uma passada lá no estúdio dele e
gravar a sua parte no baixo de novo, que ele teve algumas ideias. – disse o
homem.
- Fu... digo, que chato, não? – disse
Max, se encaminhando pra seu carro.
- Hey Maaaaax – gritou Ronnie, saindo
correndo da mansão – o Ricky quer falar comigo também. Você vai pro estúdio
dele, não? Me leva até lá contigo?
- Vamos, então. – disse Max, entediado,
entrando no carro.
- Ei, a gente fica aqui? – perguntou a
Greene com cara de mimimi’
- Tudo bem se elas ficarem por aí, dude?
– perguntou Ronnie, ajeitando o cinto de segurança.
- Tudo sim, mas quem são... – perguntou
novamente o homem, mas foi novamente interrompido.
- Cuide bem delas OK? – gritou Ronnie,
enquanto Max saia cantando pneu.
- OK, agora somos eu e vocês! Sejam
bem-vindas meninas. – disse o homem, receptivo.
- Erm, obrigada – responderam as
meninas, envergonhadas.
Catti’s POV
Aqui estou eu de novo descrevendo
lugares [KKKKK]’ então, nós entramos naquela mansão e ficamos mais bestas do
que normalmente somos: ela era enorme, pela primeira vista que tivemos de seu
interior, pois tinha uma sala enorme toda decorada com tapetes daqueles
fofinhos e com poltronas e sofás confortáveis espalhados por todo o cômodo,
além de um lustre de cristal preso ao teto (que era altíssimo).
Dali da sala conseguíamos ver que os outros
cômodos como quartos e mais salas, ficavam numa espécie de mezanino, pois nós
víamos muitas portas todas voltadas para a sala. Era como se tudo fosse visível
da sala (falta de privacidade né? LOL)
Então, na sala um monte de gente veio
cumprimentar a gente... eu não cabia dentro de mim por estar tão mal vestida
pra ser cumprimentada por pessoas como Jacky, Mika, Craig, Robert, Brian e toda
a galera da produção e apoio aos clipes que estava ali naquela sala, que se
tornou pequena para tantas pessoas que vieram falar com a gente.
É incrível como eles, mesmo sem saber quem
somos nós, nos trataram como se fôssemos velhos conhecidos etc...
Catti ‘s POV OFF
Lá dentro o povo, como a Catti disse, foi
super receptivo com as meninas: perguntaram se queriam quartos separados, se
estavam com fome, se queriam mais alguma coisa, se podiam levar suas malas até
o quarto que elas escolheram, enfim, as meninas estavam na maior mordomia
(u.U). Subiram, ajeitaram suas roupas nos closets, tomaram banho, trocaram de
roupas por umas 348724985 vezes até que se achassem apresentáveis e foram até a
sala de estar novamente.
Greene’s POV
Eu estava me achando ali com todo aquele
povo famoso, todos eles vieram falar com a gente, alguém até perguntou quem
éramos mais de tanta gente que falou ao mesmo tempo nem pude saber quem era ou
responder. Fomos convidadas para ‘jantar’ com eles e mesmo já termos nos
entupido das comidas do hotel durante o dia todo, aceitamos e comemos um pouco
das gostosuras que tinham ali: sanduíche de almôndegas, sanduíche de frios,
gelatina de todos os sabores, bombas de chocolate, diversos sucos, e tudo muito
bem arrumado numa mesa enorme. E ah, incrivelmente não tinha nada alcoólico
naquela mesa O_O.
Enfim, nós duas estávamos sendo muito bem
tratadas, além de sentir toda hora dois olhares especiais de duas pessoas, o
tempo todo focados em mim e na Catti: Craig Mabbitt e Jacky Vincent. Sim, as duas
pessoas mais lindas pra mim depois do Max e do Ronnie. Imaginem como eu e a
Catti ficamos depois de perceber que eles não paravam de olhar pra gente.
Greene’s POV OFF
Catti’s POV
Fazendo um POV aqui só pra dizer:
[AAAAAAAAAAAAA] Craig e [AAAAAAAAAAAAA] Jacky *------------------*
Catti’s POV OFF
Capítulo 12 - Boa Comida, Bom Video-Game, Bom Filme...
Bom, depois do lanche-jantar as meninas
toparam jogar uma partida no Kinect do XBOX 360 que algum deles tinha levado
para a mansão, e ali gastaram horas e horas até que se sentaram numa das
poltronas do salão de jogos, exaustas:
- Hey Greene... cansada? – perguntou Catti,
respirando fundo.
- Noooossa e como! Eu nem tenho esse jogo, e
nem sabia que cansava tanto – disse a Greene tomando um gole do suco que tinha
a sua frente.
- Cara, eu quero apenas um banho e cair nas
minhas cobertas, quem sabe ler alguma coisa... – disse a Catti, pensativa.
- VOCÊ TROUXE LIVROS PRA LOS ANGELES? –
perguntou Greene, surpresa.
- E se eu disser que trouxe. Você trouxe
seus mangás! – disse a Catti, cutucando Greene.
- HEHEHE’, verdade! – disse a Greene,
encabulada.
- Quando será que eles voltam? – disse a
Catti, se referindo a Max e Ronnie.
- Acho que amanhã mesmo – disse a Greene,
com cara de saudade.
As meninas já estavam subindo as escadas
quando escutaram alguém chamá-las:
- Hey garotas?! Vocês duas aí? – perguntou o “alguém” que na
verdade era Craig.
- O-oi, Craig. – responderam as meninas.
- O que vão fazer agora? – disse Jacky,
inclinando o pescoço na direção das meninas.
- Vou tomar banho e quem sabe ler alguma
coisa, e acho que a Greene... bom a
Greene, não sei – disse a Catti, segurando no corrimão.
- Eu, bom eu sei lá o que vou fazer...
dormir? – disse a Greene, indecisa.
- Não querem assistir um filme aqui com a
gente? – perguntou Craig, escondendo suas emoções num sorriso estranho.
- Erm.. quem sabe?- disse a Catti, olhando
do Craig para o Jacky.
- AH venham assistir... Façam assim: vocês
fazem o que tiverem que fazer e daqui a pouco voltam pra assistir com a gente,
OK? – disse Jacky, com cara de pidão.
- Novamente essas caras! Assim não há como
dizer não, né? – disse a Greene.
- OK, a gente desce... – disse a Catti –
Aliás, qual filme?
- Hangover 2 – respondeu Jacky.
- Topam mesmo? – perguntou Craig, pegando um
muffin da mesa de centro da sala.
- Aham! – responderam as meninas em
uníssono.
- Estamos esperando então... – disseram
eles.
E aqueles dois acompanharam as meninas com o
olhar até o momento em que elas entraram no quarto:
- Greene, que é que eles estão pretendendo?
– disse a Catti, desconfiada.
- Boa pergunta hein? – disse a Greene,
pegando uma toalha no armário do banheiro da suíte delas.
- Eu sei que foi ‘sinixtro’ – disse a Catti,
com sotaque carioca.
- HAHAHA’, verdade. – riu a Greene –
Sinistro mesmo.
- Vai tomar banho primeiro? – disse a Catti.
- Sim. – gritou a Greene do banheiro.
- Então, vê se vai rápido aí OK? – gritou
novamente a Catti.
- Tá, mãe! – disse a Greene colocando a
cabeça para fora do banheiro.
- Mãe, seu nariz!! – disse a Catti, jogando
a toalha que estava na mão na cara da Greene.
Depois de tomarem seus banhos, as meninas
vestiram seus pijamas (dessa vez, decentes: calças xadrez e camisetas de
banda), pentearam os cabelos (quer dizer, ajeitaram só pra não assustar as
pessoas) e desceram para a sala:
- Ah, vocês vieram mesmo... Que bom! – disse
o Jacky – Hey, alguma de vocês poderia me ajudar a “furtar” algumas coisas ali
da cozinha pra gente comer? – perguntou ele, fazendo aspas com os dedos.
- Vai lá, Catti. –
disse a Greene.
- OK, vou lá contigo... – disse a Catti,
estranhando.
- Ainda estou com fome, sabe? – desabafou
Jacky com a Catti, pelo corredor em direção à cozinha.
- E você menina do Green, senta aí – Craig
apontou para um espaço ao lado dele, numa espécie de sofá-cama enorme, coberto
de travesseiros e edredons coloridos.
- DE-US, isso é um sofá, uma cama ou um
monstro? – perguntou Greene, com os olhos arregalados.
- Grande né? Também assustei quando eu vi. –
disse Craig, rindo.
- OK então... – disse a Greene sentando-se
ao lado de Craig.
- Hey, pegamos chocolate, alcaçuz, cupcakes
e mais muffins pra você Mabbitt. – disse Jacky, vindo com duas bandejas na mão,
com a Catti, logo atrás trazendo dois pacotes pequenos.
- Eba! – exclamou Craig.
- OK, podem pegar aí. Sente-se, Catti. –
disse Jacky, receptivo. – Vou colocar o filme, aqui.
Catti se sentou ao lado da Greene, e Jacky
sentou-se ao lado dela. Cada um pegou um edredom e um travesseiro; se apoiou no
enorme sofá-cama; e pegou alguma guloseima enquanto assistia.
Passou-se quase uma hora e eles comentavam,
riam, faziam piadas juntos sobre quase tudo no filme. Greene ria ao lembrar
algo que aconteceu com elas em São Paulo e contava em português à Catti, os
meninos boiavam na conversa, mas riam por educação.
Vale comentar que o Craig lançava olhares e
piscadelas pra Greene toda hora e o mesmo acontecia entre o Jacky e a Catti, e
isso já estava deixando as meninas com a pulga atrás da orelha [KKKKKKKKKKKKK]’
Greene’s POV
WTF, Craig Mabbitt e Jacky Vincent estão
pretendendo com esses olhares e piscadelas... na boa, tão “dando em cima da
gente?” Não entendi, é.
Greene’s POV OFF
As
meninas fingiam que não estavam vendo as investidas dos outros dois, mas estava
ficando cada vez mais difícil. Craig, que estava distraído com o filme, foi
pegar cupcakes na bandeja ao lado da Catti e acabou derrubando nela, sujando
tudo de chantilly:
- Catti, desculpe! – disse Craig, vermelho.
– Não foi minha intenção, juro!
- OK, vou subir limpar isso e trocar de roupa,
não faz mal! – disse a Catti, sorrindo de leve.
- Te ajudo, então! Jacky pausa o filme aí
vai? – disse o Craig subindo as escadas atrás da Catti.
- OK – disse Jacky, pulando de seu lugar e
pausando o filme pelo DVD. – Então, erm... Greene, me ajuda com os copos de
suco ali da cozinha? Tinha me esquecido de pegar com a Catti.
- Ah, claro! – disse a Greene, prestativa.
No quarto Craig pegou papel higiênico e deu
na mão da Catti, para ela se limpar e quando ela terminou, correu lavar o rosto
no banheiro. Ensaboou, enxaguou e quando se virou, levantando a cabeça após se
enxugar, ali estava Craig bem perto dela, na verdade, quase colado nela. Craig
foi rápido e a segurou na cintura, puxando-a mais perto de si possível:
- Craig, o... que.... acontece? – disse ela,
surpresa.
Ele respondeu com um beijo calmo, e ao mesmo
tempo intenso. Ela tentou afastá-lo colocando suas mãos ainda molhadas no tórax
dele, mas não resolveu, ele continuava a beijá-la. Não durou muito, pois Catti
logo conseguiu se soltar de Craig, e saiu andando rápido para a sala, sendo
seguida por um Craig todo cheio de si, malandro.
Porém, antes que eu continue, deixe-me
contar o que houve com a Greene:
- Onde estão os copos, Jacky? – perguntou
Greene, tentando enxergar os armários da cozinha.
- Estão ali em cima da bancada... isso,
perto da sanduicheira. – disse Jacky, apontando para uma bancada cinza.
- Esses aqui, ó? – disse Greene, virando-se
para mostrar um dos copos à Jacky, mas ele já estava próximo dela, bem próximo.
- É sim. – disse Jacky, com um sorriso
malicioso, pegando o copo da mão da garota e colocando sobre a bandeja com a
jarra, e aplicando-lhe um beijo.
- Mas... o quê? – balbuciou Greene, sentindo
os lábios macios de Jacky.
E o beijo deles foi calmo e delicado, exceto
pela força que Jacky utilizava para imobilizá-la contra a bancada cinza, até
que escutaram passos na sala onde assistiam DVD e Greene se precipitou em pegar
a bandeja com a jarra, deixando Jacky sozinho com um copo na mão.
Todos se sentaram em seus lugares como se nada
tivesse acontecido, e começaram novamente a assistir ao filme, porém sem rir ou
comentar tanto porque o filme se tornou um pouco sério do meio para o final.
Ao término do filme, Jacky e Craig deram um
beijo na bochecha de ambas e trataram de ajeitar a sala, levar os doces para a
cozinha, enquanto elas se dirigiam ao quarto para dormir:
- Por que está quieta, Catti? – perguntou a
Greene em voz baixa, quando elas entraram e fecharam a porta do quarto.
- Deve ser sono! – falou a Catti, também em
voz baixa. – E você?
- Acho que eu comi demais, mas vou tentar
dormir – mentiu Greene, deitando-se na cama.
- Boa noite então! – disse Catti, se
enrolando nas cobertas do outro lado da cama.
Capítulo 13 - Comentários
Max’s POV
Graças a Deus aquela maldita gravação da minha
parte no baixo acabou! Não que eu tenha feito muita coisa por hoje, mas aquilo
me cansou demais, mas eu gostei de ter tocado o meu Ripper, além de relembrar
velhas músicas com Ricky e Ronnie naquele estúdio.
Eu não via a hora de chegar na mansão, tomar
meu banho, ver se as meninas estavam bem porque ficaram a noite inteira na
companhia daqueles doidos e depois dormir gostoso na cama que com certeza
estaria reservada pra mim.
Três horas da manhã e a gente chegando
agora. Que dia hein?!
Max’s POV OFF
Ronnie’s POV
Chegamos à mansão, e assim que abrimos a
porta demos de cara com Jacky e Craig arrumando umas cobertas num dos sofás da
sala e comentando coisas:
- Cara, você não sabe como ela é! E que
beijo hein? – falava Jacky, entusiasmado.
- Nem sei, mas a outra guria também viu.
Dude, que beijo! – disse Craig, jogando um travesseiro na pilha ao seu lado.
- E aí gente, tudo bem? – perguntou Max,
guardando em seu bolso as chaves de seu carro.
- Ótimo! – responderam Jacky e Craig em
uníssono.
- De que é que vocês comentavam hein? Ou
melhor.... de quem? – eu perguntei, curioso.
- De duas figurantes que chegaram hoje... –
disse Craig.
- E que vocês já deram as boas-vindas
masculinas não? – perguntou Max, pendurando seu casaco atrás da porta.
- Claro... eu beijei uma e Craig a outra! –
disse Jacky, metido.
- Já?
– eu disse – Nem esperaram as coitadas chegarem direito?
- AH Ronnie, se você as visse... sei lá se
esperaria sabe? – disse Craig, malicioso.
- Lindas é? – disse Max.
- E como... daquele jeito hein? – disse
Jacky, desenhando no ar a silhueta das meninas.
- Amanhã vocês nos apresentem OK? – eu
perguntei.
- É, pra gente saber se vale a pena ou não!
– disse Max, com uma ligeira piscadela.
- OK, OK. – disse Craig.
- AH, a gente tá procurando umas pessoas aí
na mansão... Vocês sabem quem está em que quarto? – perguntei aos dois.
- Acho que pediram pra todo mundo colar umas
plaquinhas na porta com os nomes de quem está dormindo em qual quarto, porque
né... Depois a gente acorda a galera do FIR, sendo que seria a gravação do
Escape e aí todo mundo mata a gente! – disse Jacky, preocupado.
- Boa ideia essa hein?! – disse Max,
levantando as sobrancelhas.
- É, procurem ali ó, naquelas portas ali em
cima, que todo mundo que está por aqui anotou o nome. – disse Craig, dobrando o
último edredom e despedindo-se da gente.
- Vou indo nessa também. – disse Jacky se
dirigindo à porta mais próxima da sala e mostrando seu nome na plaquinha.
- Boa noite! – disse Max, pegando um cupcake
de cima da mesa e oferecendo outro a mim.
- Não quero, dude. Vamos se as meninas estão
bem? Estou preocupado! – eu disse.
- OK, vamos vor os bonditas ploquinhas! –
disse Max, com a boca cheia.
Ronnie’s POV OFF
Ronnie e Max foram de porta em porta
procurando o quarto das meninas, bateram, e como não tiveram resposta entraram
no quarto, observando as duas figuras dormindo no quarto:
- Olha só Max, elas estão bem e dormindo
tão gostoso! – disse Ronnie.
- Pois é! Elas conseguem ser ainda mais
bonitas dormindo! – disse Max, ajeitando as cobertas das duas meninas.
- Caara, tava muito preocupado com elas,
porque elas ainda são crianças perto desse povo doido que está por aqui. –
disse Ronnie se sentando na beirada da cama.
- Eu também, por isso que tratei de me
empenhar na primeira vez que gravamos, pra tudo sair perfeito e a gente vir pra
cá o mais rápido possível! Você é que ficou enrolando... – disse Max, jogando o
resto de seu cupcake no banheiro do quarto.
- Ei tive que gravar sei lá quantas mil
vozes e você teve só que gravar seu baixo, é claro que eu iria demorar mais! –
disse Ronnie, expondo suas razões.
As meninas cochilavam de leve, e o
barulho da conversa deles fez com que seu sono fosse perturbado e ambas se
mexeram:
- Vamos deixá-las dormir senhor Green? –
disse Ronnie
- OK – disse Max dando um beijo na
bochecha de cada uma, assim como Ronnie também o fez.
- Durmam bem! – disse Ronnie, fechando a
porta do quarto, se dirigindo ao quarto ao lado, onde ele escreveu Ronnie e Max
entrou na próxima porta e fez o mesmo que Ronnie.
As meninas, na realidade não estavam
dormindo nem cochilando, pois nenhuma delas conseguiu dormir depois do que
tinha acontecido com elas naquela madrugada:
- Greene, você está dormindo? Está bem?
Sentindo alguma dor? – perguntou Catti.
- Oi Catti, estou bem sim... – disse
Greene, com voz sonolenta. – Você também não está conseguindo dormir?
- Não, Greene – disse a Catti, se
sentando na cama – O que é que você tem?
- Você viu os meninos aqui não? – Greene
disse e Catti assentiu – Eu... bem... eu me senti mal, por eles estarem aqui, e
eu erm... ter deixado acontecer uma coisa... hoje...
- O que foi que houve, Greene?- disse
Catti, começando a se preocupar.
- Bem... eu meio que beijei o Jacky...na
verdade ele é que me beijou. - disse Greene, fazendo gestos frenéticos e
ficando vermelha, o que fez Catti rir.
- Eu meio que... eu não, o Craig meio que me
beijou... também. - disse Catti, olhando de canto de olho para Greene que parou
e fez cara de surpresa.
- Sério?! AH, eu me senti um pouco mal sabe,
por causa dos meninos, mas não me arrependo porque...AH você já olhou pro
Jacky? - disse Greene mostrando a língua e depois um sorriso maroto.
- E você já olhou para o Craig? - disse
Catti, fazendo a mesma cara.
As duas garotas, mais tranquilas de terem
contado o fato uma pra outra, vão se deitar e conseguem, enfim, pegar no sono.
No dia seguinte Catti acorda com um raio de
luz que entrava pela janela, atacando seus olhos sem pudor algum. Ela geme
fraco ao abrir um dos olhos e encara a amiga dormindo na outra cama, ela se
aproxima vagarosamente e começa a balançá-la loucamente.
- AI MEU DEUS! ATAQUE ALIENÍGENA! – grita
Greene, se virando para o outro lado e Catti de tanto rir, se joga no chão. -
Louca, me acorda assim do nada.
- Vamos, Greenezinha! Levanta daí a gente
tem que ir comer. – disse a Catti, controlando sua risada.
- Tô indo. – diz Greene na cama, se levanta
devagar e vai até o banheiro.
Catti's POV
Só a Greene mesmo para gritar daquele jeito
quando alguém a acorda. Fizemos nossa higiene e nos trocamos rapidamente para
poder tomar café-da-manhã com rockstars (estamos podendo hein?!). Descemos as
escadas do lugar lentamente até que uma garota veio falar com a gente. Acho que
ela é filha do produtor dos Greenadke e seu nome é Star, uma garota muito
legal, ela mostrou para gente onde ficava o 'restaurante' do local, porque nós
ainda estávamos muito perdidas naquela mansão enorme. Entramos no tal
'restaurante', pegamos nosso café e nos sentamos em uma mesa qualquer.
Catti's POV OFF
Capítulo 14 - Quem São As Figurantes?
Ronnie's POV
Como eles (Jacky e Craig) haviam dito pra
gente, que no outro dia nos apresentariam às figurantes que eles tinham ficado
no dia anterior:
- Elas estão aqui, Craig? - perguntei para
ele, enquanto este olhava ao redor.
- Estão sim... Acabaram de chegar! - disse
ele sorrindo malicioso.
- Cadê elas? Cadê elas? - Max perguntou,
apressado.
- Ali, olha. - Jacky apontou para Greene e
Catti, sentadas numa mesa.
- Onde?! - eu e Max perguntamos em uníssono.
- Aquelas duas ali. - disse Craig apontando
também.
- Hmmm. - disse Max. - Bonitas mesmo hein?!
– disfarçou.
- Nem fale! Já viu as silhuetas delas? Acho que não são daqui, não hein?! Elas não
têm o perfil das americanas. - disse Jacky, mordendo o lábio inferior.
- Você tem razão Jacky. Mas com aquelas
formas, eu nem ligo delas serem vai saber de onde! E o bom de figurantes, como
elas, é que depois do clipe elas vão embora e nunca mais aparecem. Quer dizer,
bom pra gente! - disse Craig completando, batendo de leve no braço de Jacky. –
E vocês, caras? Ei... Que foi que vocês ficaram quietos do nada?
- Nada não. - disse Max encarando os ovos
com bacon de seu prato, girando o garfo na mão.
- Eu estou de boa. – disse eu, dando uma
garfada no meu waffle com mel.
- Ronnie, eu vou ali e já volto! - disse Max
se retirando.
Eu completamente engoli meu último waffle e
fui atrás do meu amigo, que depois de sair do restaurante, já estava quase
correndo.
- O que é que foi isso, dude? - perguntei
pra ele, segurando em seu braço.
-Você não viu cara? Eles... acho que estavam
falando das garotas! - diz ele passando a mão no cabelo freneticamente. – Tive
que sair dali... não consegui ouvir eles falando das garotas daquela maneira,
como se elas fossem qualquer uma... e elas são só crianças.
- Mas o Craig e o Jacky são mais novos que a
gente, Max. E você acha que eu não estou bravo também? – eu disse, tentando
arrancar alguma simpatia daquele rosto sério que ele estava.
- NÃO LIGO! - Max disse estressado e eu
olhei em volta todos estavam olhando e logo as garotas se aproximaram.
- O que aconteceu com ele ou vocês, AH sei
lá? - Catti perguntou, olhando assustada para o rosto bravo do Max.
- Nada. - eu disse com minha voz mais
amigável, tentando amenizar. - É o stress de dormir pouco, acontece! – peguei
novamente no braço do Max e tentava levá-lo para longe dali.
- AH tudo bem então, espero que você fique
mais tranquilo. - Greene disse, olhando Max nos olhos.
As meninas começaram a andar de novo, em
direção ao quarto delas e quando eu não pude evitar, Max gritou:
- VAAAAAAAAACAS!
As garotas estacaram no degrau da escada em
que estavam e se viraram a tempo de ver um Max com o rosto retesado, sendo
arrastado por mim para a sala de televisão.
Ronnie's POV OFF
Greene's POV
Ele me chamou de vaca? Ele nos chamou de
vacas? Maxwell Scott Green me chamou de vaca? Eu não posso acreditar! Não, isso não vai
ficar assim! Não, mesmo!
- QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA... - eu gritei
e Catti colocou a mão na minha boca antes que eu pudesse acabar a frase.
- Você está louca? - Catti perguntou olhando
para mim.
- QUEM ELE PENSA QUE É PRA ME CHAMAR DE
VACA? ELE ACHA JUSTO ME CHAMAR ASSIM? - eu baixei um pouco o tom da minha voz,
inclinei a cabeça, olhando o chão, começando a sentir uma pontada de tristeza.
-Não sei, mas acho que ele está estressado.
Como o Ronnie disse. – disse a Catti, séria. – Por favor, Greene, se acalme!
- OK. - eu disse indo para nosso quarto e
Catti me seguiu, com a testa franzida.
Greene's POV OFF.
Em seus aposentos, Catti e Greene andavam de
um lado para o outro sem saber o que fazer:
- O Ronnie também está tão bravo quanto o
Max, só não deixa transparecer isso. – Catti cochichava, consigo mesmo,
tentando não despertar novamente a raiva da Greene.
- Mas porque é que eles estão tão bravos? O
Max me deu um olhar como resposta, que sinceramente, me deixou lá embaixo. –
disse Greene, numa mistura de ódio e tristeza.
- Será que a gente devia falar com eles? -
sugeriu Catti, roendo as unhas.
- OK, mas se o Max der mais um ataque daqueles,
eu bato nele! – disse Greene, forçando uma risada.
- Tudo bem! - Catti sorriu, cansada e com
certo medo nos olhos.
Capítulo 15 - Craig + Catti + Jacky + Greene = Greenadke + Ciúmes
Catti's POV
Eu poderia estar mal por ser xingada de uma
coisa tão feia pelo meu ídolo, mas a Greene se desmoronou ali, com as palavras
dele. Se saísse da boca do Ronnie, eu tenho certeza que eu ficaria do mesmo
jeito, então decidi ir com ela até o quarto deles. Seria, talvez, mais fácil
falar com eles assim. Abrimos a porta do quarto depois de bater e ninguém
responder:
- Oi garotos. - eu disse entrando devagar.
- Oi. - disse Max, entre dentes.
- Me diz o que houve? Eu não estou
entendendo! Stress de gravação, tenho absoluta certeza de que não foi. É só
olhar na cara de vocês pra ver que não é isso! - disse Greene se sentando na
cama com eles e eu sentei ao seu lado.
- Me digam vocês o que é que aconteceu por
aqui? - disse Ronnie, adquirindo uma feição mais brava uma que eu nunca havia
visto antes.
- Mas... nós não sabemos de nada! Pelo amor,
diz para gente. – implorei, sem entender nada.
- Então não sabem né? AH, que peninha! –
disse Max, olhando com desprezo para nós duas. - Craig e Jacky beijaram vocês
enquanto estavam inconscientes, é? - disse ele, ameaçador.
- AH, isso! Foram eles que beijaram a gente!
Nós não fizemos nada. - eu disse, olhando rápido do Ronnie para o Max.
- Será mesmo?! - disse Ronnie, bravo e
sarcástico. - Ou a versão da história seria a de que vocês nos acomodaram no
Heavens, só para poderem se aproveitar da gente, vindo pra cá assistir aos
clipes e ainda por cima beijar nossos amigos?
A ironia emanava dos olhos dele; Max
concordava; Greene olhava perplexa de um para outro, até que não se conteve e
disse:
- Não é nada disso! O Jacky me beijou do
nada e eu não tive culpa. –disse Greene, desesperada.
- Pronto! Descobri quem beijou quem! - disse
Max, batendo as mãos na cama.
- Mas é verdade, a gente não participou
disso. Não diretamente, eu acho - eu disse, me enrolando sem querer.
- É verdade? - perguntou Ronnie, interessado.
- Sim, a pura verdade! Nós não demos em cima
deles e nunca teríamos usado vocês para nada! - confirmou Greene, olhando para
o Max.
- Então... tudo bem. - disse Ronnie,
encarando-me.
- Não, não está tudo bem! Aqueles pedófilos
vão ver só! - disse Max.
- Max, eu sou maior de idade! – eu disse,
rindo.
-AFFz é verdade! - disse ele. – E você aí,
ficou quietinha né? – apontou pra Greene.
- Erm... eu não tenho mais de 18, tá? Mas
não faça nada com eles não, OK? - ela disse, olhando de Max pra Ronnie.
- Porque eu não faria? – perguntou Max a nós
duas, com um sorriso no canto da boca.
- Porque eu estou pedindo?! Só vai dar
problema, deixa para lá! – respondeu Greene, seca.
- Tudo bem! - ele disse, vencido.
- Obrigada, mas vem cá... isso tudo foi
erm.. cíumes? - disse Greene, dando um sorriso ligeiro.
- Claro que não! Foi preocupação por eles
serem mais velhos e vocês serem umas crianças ainda. – intrometeu-se Ronnie,
rindo de leve.
- É verdade! O Ronnie está certo. - disse
Max e ambos passaram a mão no cabelo, baixando um pouco a cabeça.
- OWNTI, que bonitinhos! Tentando proteger a
gente, mas ainda acho que o nome disso é ciúmes. - eu e Greene dissemos em
uníssono, pulamos neles e todos riram.
- Tudo se resolveu, então? - disse Ronnie,
dando um beijo na minha cabeça o que me fez corar e a Greene fez questão de
cutucar a minha bochecha, rindo. Ronnie se virou, eu só consegui corar mais.
- Garotos são estranhos. - ela sussurrou
para mim, e depois deu uma piscadela.
- Pois é, não se assumem, mas dão pistas! –
respondi, sussurrando também.
- Até demais. - eu disse sorrindo.
Catti's POV OFF
Depois de tudo resolvido as garotas ficam um
tempo conversando com os dois no quarto até que alguém bateu na porta e disse:
- Max o meu pa...digo, o produtor está
chamando vocês lá embaixo. - disse Star, entrando no local.
- Oi Star. - disse Greene, contente.
- Oi garotas, o que fazem aqui? - ela
perguntou, sorrindo.
- Só colocando os garotos a par de uns
assuntos aí. - disse Catti, apontando os meninos com o polegar.
- Hmmm OK. AH, e garotos é bom vocês
correrem. Ele está atrás de vocês a um tempão. – disse Star, apressada depois
de se lembrar porque fora lá.
- Porque ele não procurou a gente no lugar
mais óbvio?! - perguntou Max, erguendo uma sobrancelha.
- Eu não sei, a única coisa que eu sei é que
tem um ônibus esperando por você ou vocês, para ir ao local da gravação. –
disse Star, levantando os ombros.
- Eita... estou indo, só um segundo! – diz
Ronnie, nervoso.
- OK. - disse Star saindo do quarto.
- Vocês vêm junto? – Ronnie perguntou
encarando as três pessoas que estavam no quarto.
- Sim. - disseram as garotas em uníssono.
- Você, Max? – perguntou Ronnie, olhando
para o amigo.
- Claro, dude! – disse Max, fechando a porta
do quarto.
Entraram os quatro em um ônibus todo preto
em que se encontravam tanto o pessoal do Falling quanto a galera do Escape.
Elas se sentaram, Ronnie e Max se sentaram ao lado delas e logo Craig e Jacky
se aproximaram:
- Olá garotas! - disse Craig, animado.
- Oi. - disseram as duas em uníssono, um tanto
encabuladas.
- Então... - disse Jacky, embaraçado.
- OH sentem-se aí, fiquem a vontade. - Catti
disse rindo de leve, apontando duas poltronas próximas.
- E aí, dudes? - disse Max esticando a mão
num cumprimento aos amigos que em seguida fizeram o mesmo com Ronnie.
- São amigos? - perguntou Jacky, receoso.
- Sim, há um tempo já. Fomos nós dois que as
trouxemos para cá. - disse Ronnie, olhando para as duas garotas.
- Hmmm, vocês agora escolhem e contratam
figurantes?! - perguntou Craig, inocente.
- Figurante?! Figurante nada, tô mais pra
Rockstar. - disse Greene, rindo, enquanto os Greenadke passaram os braços nos
ombros de ambas as meninas.
- Há quanto tempo se conhecem? - perguntou
Jacky, encarando as quatro pessoas que estavam ali.
- Alguns dias, talvez uma semana ou mais. -
disse Max, sorrindo ao olhar para as meninas ao seu lado.
Capítulo 16 - A Droga ao Cuidado dos Santis
- E então, pessoas?! Animados pra gravação,
aliás, gravações né? Por que entre hoje e amanhã teremos Gorgeous Nightmare e
Drug In Me Is You prontinhos!! – exclamou Ricky Santis, assumindo seu lugar na
primeira poltrona do ônibus.
Todos no ônibus gritaram. Todos estavam
muito excitados com as duas gravações, porque sempre que coisas assim
aconteciam, certeza que seria um dia, neste caso dois, de pura agitação,
atuação, expectativa e apoio de todos em volta.
Depois de alguns minutos viajando naquele
ônibus, chegaram ao prédio onde iriam gravar Drug In Me Is You que era uma
velha delegacia ao lado de um tribunal também velho. Ricky achou melhor
gravarem o clipe do FIR primeiro, pois para esse precisariam de menos gente
atuando, facilitando as coisas:
- Então será aqui?! – perguntou Ronnie,
olhando pela janela do ônibus.
- Pelo jeito sim. – disse Jacky, se
espreguiçando em sua poltrona. – Parece legal, hein?
- Verdade. – disse Craig. – Hey, vejam se dá
pra gravar o clipe de vocês rápido aí pra gente começar a gravar o nosso OK?
- HÁ, vai nessa! – disse Ronnie, dando um
soco de leve em Craig. – A gente vai demorar o tempo que for preciso para que o
clipe fique perfeito! Afinal, faz tempo que os fãs não vêem Ronald Joseph Radke
em ação! - gabou-se ele.
- AH esse Ronnie! – disse Max, rindo.
- Bom, pessoal do Falling, por favor, se
reúnam na primeira sala à esquerda para retomarmos o roteiro. E pessoal do
Gorgeous se acomodem na sala de estar a sua segunda esquerda, e sintam-se a
vontade para aproveitar o que encontrarem por lá até que alguém chame vocês
para assistirem à gravação. OK? – disse Ricky, assim que a porta do tribunal
velho foi aberta, todos concordaram.
- Meninas, então nós nos veremos daqui a
pouco tá?! – disse Ronnie, olhando para cada uma.
- OK. – responderam Catti e Greene.
- Vá lá, cara! Dê o seu melhor. – disse Max,
com uma piscadela.
- AH, como se diz no teatro: “Merda pra
você!” ou no inglês “Break a leg”. – disse Catti, feliz.
- Obrigada, Catti. – disse Ronnie, dando um beijo
na bochecha dela. (Sim, ela morreu e ressuscitou com essa!).
- Vamos lá ver o que é que tem naquela sala!
– disse Max, segurando ambas as meninas pela cintura, se dirigindo para a sala
indicada por Ricky.
Greene’s POV
Vocês até podem achar que é muita
fantasia e talz... Mas sou obrigada a assumir que todos aqueles dias ao lado de
pessoas famosas como eles nos fizeram sentir importantes. Só de pensar que Max
e Ronnie estavam ao nosso lado, praticamente o tempo todo; que nós veríamos os
clipes serem feitos; que estaríamos ali caso eles precisassem de algum apoio,
tudo aquilo maravilhava a gente pra caramba.
Eu fiquei ali sentada num sofá na sala
que o produtor tinha pedido pra aguardar, totalmente submersa em pensamentos e
expectativa sobre o dia de hoje e o que estava por vir com a gravação do
Gorgeous.
A Catti estava por ali conversando com a
Star, a filha do produtor, aliás, a privilegiada de poder estar com todos eles
à hora em que seu pai bem entendesse e a levasse consigo. Na viagem até aqui, fomos
conversando com ela, e ela nos pareceu uma menina muito legal. Na verdade, a
partir do momento em que eu, ela e a Catti sentamos pra conversar, sentimos que
houve bastante simpatia entre nós três, apesar de ela ser quase um ano mais
nova que eu.
Estávamos empolgadas com a conversa até
que Ricky apareceu na porta da sala:
- Roteiro discutido, aprovado e vocês...
querem assistir à prática? – disse um animado Ricky.
- Claro! – gritei, pulando do meu lugar
no sofá.
Saímos da sala e fomos guiados até o
local onde já estavam instaladas as câmeras; o cenário estava todo montado com
todos os elementos da cena; todos do Falling estavam ajeitando seu figurino e
maquiagem:
- Olá meninas! – disse Ronnie, vindo
falar com a gente com uma cabeleireira ajeitando seu cabelo e um maquiador
tentando pentear suas sobrancelhas.
- Ronnie! – disse Catti, toda besta com
seu ídolo.
- Ficou bom não?! – disse ele, todo
presunçoso.
- Fi-ficou si-sim, Ro-Ronnie. – disse a
Catti, começando a gaguejar de novo.
Ele vestia calça skinny, camisa preta,
casaco de couro, alguns lenços no pescoço e teve aquela tatuagem de gota que
ele tem no rosto realçada com delineador:
- Está tudo muito legal sim, cara –
disse Max, chegando perto da gente e dando um grande abraço em seu amigo. –
Vai! Ricky está te chamando.
Todos nós nos afastamos do cenário e cada um
pegou um lugar em alguma das poltronas que a produção tinha disponibilizado pra
gente.
Greene’s POV OFF
Todos se acomodaram folgadamente por
ali, pronto para ver todo o FIR em ação:
- Max Green?! – disse uma moça vestida
de policial, se aproximando da cadeira em que estava o Max.
- Erm... sim...Eu te conheço? -
perguntou Max, franzindo a testa.
- Não, não! Eu sou figurante do Drug In
Me Is You. – disse ela. – Mas gosto muito de vocês do Escape.
- AH, é mesmo? – disse Max, contente.
- Sim, claro! Ainda mais com um baixista
de tanto erm... talento né? – disse a mulher, olhando para cada parte do Max.
- Como é seu nome? – perguntou Max.
- Sheryll Jones. – disse ela. – E você,
nem preciso de apresentações pra conhecê-lo... basta olhar para esses olhos,
esses piercings, esse cabelo, e AH... todas essas tatuagens. – disse ela
pegando a mão do Max que estava sobre a coxa dele.
- É, sou eu mesmo. – disse Max, mexendo
em um de seus piercings labiais, meio encabulado com Sheryll.
- Venha comigo. Tenho algumas amigas
figurantes que estão com vergonha de falar com o Sr. Green. – disse Sheryll,
puxando Max pela mão.
- Erm... OK! – disse Max.
- Max, o Ronnie está gravando, não vai assistir?!
– perguntou a Catti, tentando fazer o Max ficar por ali.
- Erm... vou daqui a pouco! Vou ali
falar com as gurias ali e já volto, OK? – disse Max, já a alguns passos das
meninas.
- Deixa ele ir, Caterinne! – disse
Greene, entre dentes. – Deixa ele ir lá falar com as filhas da p... digo,
figurantes.
- Calma, Greene! Vamos assistir ao vídeo
do FIR? – disse Catti, com um sorriso amarelo para Greene.
- Você fala isso, porque não é o Ronnie
que foi lá “falar” com as “figurantes”! – disse Greene, revoltada.
- HEY, pensa que não estou vendo ele se
esfregar, ou melhor, ali eu nem sei quem se esfrega em quem! – disse Catti,
franzindo a testa.
- Mesmo assim, mesmo assim... – disse
Greene, enraivecida. – VadiaVadiaVadiaVadia! – murmurou.
- Que foi que você disse aí? – perguntou
Catti.
- Nada! – disse a Greene.
- Pensei que tinha dito “vadia”... –
disse a Catti, confusa.
- Então.... NADA! – falou alto a Greene.
- A sim... nada! – disse a Catti,
gargalhando – HEHE’
- Catti, como você consegue?! – disse a
Greene, rindo de leve.
- O quê? – perguntou a Catti,
controlando sua risada.
- Rir de coisa besta numa hora dessas?!
– disse a Greene. – E o pior, me faz rir também.
- HAHA’, sei lá. – disse a Catti e as
duas riram até que alguém da produção pediu para elas rirem mais baixo.
Passaram-se algumas horas, Ronnie foi
gravar outras partes do clipe, inclusive o teaser. Os integrantes regravaram
partes que precisavam ser melhoradas e para a parte final, Ricky pediu silêncio
da “plateia” e concentração total da banda:
- Galera, lembrem de tudo o que vocês
tem que fazer OK? E por favor, continuem dando o melhor de vocês... – disse o
produtor, tentando esconder sua felicidade com o clipe quase pronto. – OK,
Ronnie, agora você e Scout por favor se preparem, tá? – disse ele se sentando
em sua cadeira.
- OK, Ricky! – disseram Ronnie e Scout
em uníssono.
- Um, dois, três e AÇÃO! – gritou Ricky.
Ronnie começou a cantar, toda a banda a
tocar seus instrumentos, daquela forma em que eles apenas fingem ou atuam enquanto
a música rola para guiá-los sobre o que e em que momento fazer. Porém, uma
parte do final do clipe, Ronnie dava um beijo de despedida em Scout:
- Como assim?! – disse Catti, perplexa.
- Agora você me entende? – perguntou
Greene, irônica.
- Mais cinco segundos e... muito bem...
CORTA! – gritou novamente o produtor/diretor.
E o casal continuou se beijando, a
agarota segurava Ronnie nas bochechas.
- Esses jovens! – disse Ricky,
balançando a cabeça e sentando-se à mesa com a sua produção para avaliar o
clipe na íntegra, após um caloroso aplauso, é claro.
- AFFz! – disse Catti, no meio do
aplauso.
- Bela atuação, senhor Ronnie Radke! –
disse Max, vindo da poltrona próxima às meninas, de onde finalmente tinha
conseguido se desvencilhar das moças que o haviam levado para conversar.
- Até parece que você viu alguma coisa!
– resmungou a Greene.
- Claro que eu vi! – disse Max, olhando
Greene firmemente nos olhos, ao que ela revidou com o mesmo olhar.
- Viu nada que eu sei, você tava ali com
as amigas da Sheryll!. – disse Ronnie, se jogando de leve sobre os ombros da
Catti.
- E você já sabe até o nome dela?! –
perguntou Catti, tirando Ronnie de perto de si.
- Colega de filmagem, sabe como é não? –
disse Ronnie com uma piscadela.
- Sei! – disse Catti, olhando para
Ronnie de canto de olho.
Passados alguns minutos, Max e Ronnie
ficaram conversando por um tempo ali; as meninas nessa hora foram um tanto
esquecidas:
- Cara, você precisava ter visto a cara
que ela fez quando pegou minha mão e me levou pra lá com as amigas dela! –
disse Max. – Toda... AH você deve imaginar não?!
- É... E eu que estava ali naquele
sufoco de ter que encenar e toda hora um par de seios diferentes me encarando e
tal. Duuuuude! – disse Ronnie, passando a mão pela testa.
- Não sei por que inventaram de colocar
as policiais desse clipe com esses tipos de meias! Velho, elas cruzavam as
pernas ali do meu lado e eu não conseguia nem me lembrar da minha última
palavra... – comentava Max. – nem sei o que foi que eu falei, conversei, desabafei
com elas.
E eles
ficaram por um bom tempo conversando sobre as figurantes, sobre cada momento do
clipe etc, as meninas pediram licença da conversa (da qual, na verdade, já
estavam bem excluídas) e foram para o ônibus esperar pela hora de ir embora.
Capítulo 17 - iPhones, Craig e Jacky
Entraram, cada uma delas pegou seu IPhone e
foi ouvir música para tentar esquecer um pouco do ciúmes, para vocês terem
ideia nem se sentaram juntas, cada uma se jogou numa poltrona diferente e
mergulharam no universo de suas músicas preferidas . Caladas e nervosas como
estavam, nem ouviram quando duas pessoas entraram e se sentaram uma ao lado da
Greene e outra ao lado da Catti:
-
Olá, Catti! – disse Craig, todo feliz.
-
AH... o-oi Craig – disse a Catti, tirando um de seus fones de ouvido.
-
Tudo bem?! – perguntou Craig, um tanto preocupado.
-
Erm... sim. – disse Catti, tentando disfarçar o pingo de ciúmes que ainda
restava.
-
Mesmo?! – perguntou Craig, novamente.
-
Mesmo, mesmo. – respondeu Catti, forçando um sorriso.
Numa
poltrona próxima, Jacky e Greene começavam a conversar:
-
O que é que você está ou estava ouvindo? – perguntou Jacky, interessado.
-
Avenged Sevenfold. – disse Greene, orgulhosa.
-
Sério?! Você gosta? – perguntou Jacky, contente.
-
Nossa e como! Sou uma Avenger com
orgulho! – disse ela, sorrindo.
-
Não achei que você gostasse de Avenged... não mesmo! – disse Jacky, surpreso.
-
AH, eles são uma das minhas bandas favoritas! – disse Greene, olhando para seu
celular como se ele fosse um dos integrantes do A7X.
-
Posso escutar também? – perguntou Jacky, envergonhado.
-
Claro, chega aí! – disse Greene, oferecendo um dos fones à Jacky.
-
Obrigado. – disse Jacky se sentando mais perto da Greene, com o pretexto de
escutar música com ela.
Catti
e Craig conversavam baixo na outra poltrona:
-
Porque vocês não quiseram ficar lá dentro com todo mundo? – perguntou Craig,
olhando pra Catti.
-
Sei lá, a gente não conhece muita gente por lá! – respondeu Catti, com uma
desculpa esfarrapada.
-
AH, não me engane! O pessoal que está lá dentro é o mesmo que estava na mansão
e que vai voltar com a gente pra lá. O que tá acontecendo com você? – perguntou
Craig, franzindo a testa.
-
É que os meninos estavam falando sobre mulheres lá dentro, eu e a Greene só não
quisemos ficar por lá enquanto eles falavam... então saímos e viemos ficar em
paz aqui dentro do ônibus. – disse Catti.
-
Aham... Mas então, não liguem pra isso não! Toda vez que tem gravação de clipe
esses bandos de figurantes ficam por lá lambendo os integrantes das bandas... E
você vê que acabou o clipe e elas PUFF, somem! Amanhã por exemplo, tô até vendo
aquele monte de guria dizendo que pra elas eu sou o melhor do ETF, AFFz. –
disse Craig, enojado.
-
Pois é! – disse a Catti.
-
Cara, o Escape não sou só eu, assim como não é só o Ronnie no Falling... Somos
duas bandas e não duas carreiras-solo! – disse ele.
-
Agora vai tentar explicar isso... – comentou a Catti.
-
É um saco... e você está ouvindo o que aí? – perguntou Craig, interessado.
-
Um pouco de ETF, FIR e blink-182. – respondeu a Catti.
-
AH legal hein?! – respondeu ele – Blink-182 me lembra minha adolescência, sabe?
Nossa, como eu cantava as músicas deles.
-
Blink-182 é demais mesmo! – disse Catti, relembrando seus tempos de blinker.
-
Bom... posso ouvir contigo? – perguntou Craig, procurando olhar Catti nos
olhos.
-
Pode sim, toma aqui um fone... – disse Catti, entregando a Craig um de seus
fones de ouvido.
-
Obrigado. – disse Craig, prestando atenção na música que estava tocando.
Depois
de alguns minutos os quatro começaram a conversar entre si, sobre os mais
variados assuntos e isso fez com que as meninas esquecessem um pouco do
“nervoso” que passaram com Ronnie e Max. Porém, Craig e Jacky se aproveitavam
delas, chegando cada vez mais próximo delas; procurando investidas tanto com
olhares quanto indiretas:
-
Realmente não sei o que deu em Ronnie e Max, pra largarem meninas tão
simpáticas como vocês aqui, sozinhas nesse ônibus! – disse Jacky, balançando a
cabeça.
-
Eles não se acostumaram ainda com essas groupies! – comentou Craig.
-
Nem sei como elas não deram em cima de vocês dois também! – disse a Greene,
rindo de leve.
-
IH, elas deram sim, só que eu e o Jacky fomos espertos, conheço esse tipo de
gente e falei pra ele ficar longe, né Jacky? – disse Craig.
-
É... elas são atiradas assim só no ambiente do clipe porque fora toda essa
tensão etc, eu consegui conversar com uma delas numa boa, sabe? Mais ou menos
do jeito que a gente está conversando agora. – comentou Jacky.
-
Mesmo assim, elas não prestam! Cuidado hein, Jacky! – desabafou a Catti e todos
riram.
E
eles conversavam novamente, Craig e Jacky cada vez mais perto das nossas
meninas, mas elas nem ligavam porque o papo estava bom e eles não tinham falado
nenhuma besteira, até que escutaram algumas vozes de fora do ônibus:
-
Já podemos ir embora, pai? – perguntou a Star.
-
Sim, Star. Daqui a pouco todo mundo já vai estar por aqui e podemos finalmente
voltar pra mansão. – disse um cansado Ricky.
-
IH, amanhã ainda tem o Gorgeous, não pai? – disse Star, prestativa.
-
Sim... mas ainda bem que esse do FIR deu certo, porque nossa agenda não anda lá
essas coisas pra ter algum tempo de refazer videoclipe... – dizia Ricky - Se
bem que o Gorgeous é um pouco mais complicado sabe, tem uns jogos de luz;
partes pra gravar de noite; troca de cenário; mais figurantes... – cochichava
Ricky Santis consigo mesmo.
-
Pai, estava pensando aqui... Será que o senhor me deixaria me hospedar por uns
tempos num hotel ou spa? – perguntou Star. – Quem sabe o Heavens?
-
Você anda precisando de um descanso mesmo, minha Star! Vá sim, hospede-se lá e
qualquer coisa peça para mim, que eu conseguirei resolver pra você – disse
Ricky, prestativo. – Você tem sido minha melhor assistente!
-
AH, obrigada, pai. – disse ela, feliz. – Mas caso o senhor precise de algo, por
favor, manda alguém me avisar que eu apareço antes que o senhor precise me
chamar de novo!
-
OK, minha Star. – disse Ricky, todo orgulhoso da filha.
-
Posso avisar para os figurantes do Falling que eles já estão dispensados para
ir embora? – perguntou Star. – E AH, avisar também o pessoal das duas bandas
que eles já podem vir pro ônibus?
-
AH, faça isso por mim! Obrigado. – disse Ricky, enquanto sua filha entrava
novamente no local.
Depois
de alguns minutos, Star veio até o pai com todo o pessoal de sua produção e os
integrantes do Falling In Reverse e do Escape The Fate:
-
Bryan e Robert estão por aqui já? – gritou Ricky, vendo se todos estavam
presentes.
-
Aqui ó! Colocando as malas no ônibus! – gritou Bryan.
-
OK. Então pessoal, por favor, acomodem-se em seus lugares no ônibus e vamos
voltar pra mansão, repor as energias e descansar pra amanhã gravar Gorgeous
Nightmare. – disse Ricky, forçando um sorriso, para esconder seu cansaço.
-
E depois, só mordomia não? – perguntou Mika.
-
Que nada, vamos começar a trabalhar no CD de vocês do FIR e mais pra frente nos
tours do ETF. – comentou Ricky. – Esse ano acho que nem teremos muito descanso!
-
Os fãs é que vão ficar felizes com isso. – comentou Derek – Só eles mesmo pra
nos motivarem!
-
Ah os fãs, meus fãs.. caham... nossos fãs – comentou Robert, fingindo
presunção.
-
Entrem todos, por favor! – disse Ricky, abrindo a porta do ônibus. – Max e
Ronnie onde estão suas meninas? - disse ele se dirigindo aos dois que estavam
bem atrás dele.
-
Nossas meninas?! Que meninas?! – exclamaram Ronnie e Max, juntos.
-
Sim, a erm... Greene e a Catti, sim elas duas mesmo! – lembrou-se Ricky. – Não
são esses os nomes delas?
-
HAHA’ verdade... Dude, a gente esqueceu das meninas! – sobressaltou-se Max.
-
Acho que eu as ouvi dizendo que iam para o ônibus mais ou menos uma hora atrás.
– comentou Ryan.
-
Será que elas estão aí dentro?! – perguntou-se Ronnie, preocupado.
-
Pai, cadê o Craig e o Jacky? – perguntou Star, em voz baixa.
-
Devem estar aí dentro também! – respondeu Ricky. – Vamos pessoal, entrem!
Todos
foram entrando, Ronnie e Max foram verificar se as garotas tinham ficado pelo
velho tribunal e nada então voltaram ao ônibus, subiram os degraus:
-
Foi nesse momento que eu pensei: “Dude, me ferrei” – falava Craig, da poltrona
ao lado da Catti – A minha salvação foi que o cara não apareceu, porque eu
seria facilmente confundido.
-
Caramba, Craig! Tem gente muito louca nesse mundo. Loucos mesmo! – comentou a
Catti, assumindo feições sérias quando viu que Ronnie e Max vinham na direção
das poltronas dela e da Greene.
-
HAHA’ eu já ouvi cada coisa também, que me surpreende até hoje! – comentou Jacky,
sem perceber a presença dos Greenadke no corredor do ônibus.
-
É só a gente sair de perto das meninas por algumas horas que vocês já chegam
junto não? – comentou Max, sério.
-
Vocês dois prestam pouco né? – disse Ronnie, olhando para Craig e Jacky.
-
Que nada, dudes! As meninas estavam sozinhas aqui no ônibus, porque vocês
estavam ocupados com as “figurantes”, eu e Craig entramos porque a gente ia
cochilar, mas quando as vimos aqui, resolvemos ouvir música, conversar e rir
juntos. – justificou-se Jacky.
-
E também, se nós tivéssemos feito algo mais com elas, vocês nem iriam dar conta
de tanta baba que tinha em vocês essa tarde! – disse Craig, alteando um pouco a
voz.
-
Mabbitt, Mabbitt, o que é que você continua insinuando aí, hein? – perguntou Ronnie,
apertando os olhos na direção de Craig.
-
Insinuando que eu fiquei aqui apenas fazendo companhia pras meninas, contando e
ouvindo histórias, enquanto Radke ficava lá com o Green admirando peitos,
pernas e bundas. – disse Craig. – Vocês sabem que não existe mulher mais
corrimão que figurante né?
-
Meninas, porque é que vocês não ficaram por lá com a gente? – perguntou Max,
interessado.
-
Não somos lésbicas pra ouvir aquele papo nojento de vocês! – respondeu Greene,
ríspida.
-
Ficassem lá com a gente ao menos! – disse Ronnie, procurando algo nos olhos da
Catti e da Greene.
-
Greene já disse que não somos lésbicas. Isso resolve o seu problema? –
perguntou Catti, erguendo uma sobrancelha.
-
Quem sabe! – respondeu ele – Agora Jacky e Craig, aos seus lugares. Muito
obrigado!
Capítulo 18 - Ciúmes?!
Ronnie’s POV
As
meninas estavam muito estranhas com a gente. Sei lá, falavam pouco; conversavam
demais com Mabbitt e Vincent; olhavam-nos com certo desprezo. Juro que eu
estava tentando encontrar uma possível razão para elas estarem agindo daquela
forma, até que me lembrei: “Claro Ronnie, elas devem estar com ciúmes de nós
termos passado algum tempo, quer dizer, algumas horas conversando com as moças
do meu clipe”:
-
Catti?! – perguntei.
- Oi
Ronnie, que foi? – disse ela com a voz um tanto seca.
- Está
tudo bem? – perguntei novamente.
- Sim,
porque a pergunta? – disse ela, ríspida.
- Achei
você meio estranha comigo depois que entramos nesse ônibus pra voltar pra
mansão... – olhei pra ela – Tem alguma coisa acontecendo?
- Nada
Ronnie, nada! – disse ela, seca.
- Nada..
mentira sua! Tem alguma coisa aí sim! – eu alterei a voz – Conta?!
-
Hoje ficamos meio de lado não?! – disse ela, sem me encarar.
-
Tá chateada por isso?! – perguntei, surpreso.
-
É... – sussurrou ela.
-
Só por isso? – me surpreendi mais ainda.
-
Sim! – respondeu ela, dessa vez, me encarando.
-
Então... me desculpa por isso? – perguntei, sincero.
-
OK, então... – disse ela voltando os olhos pra janela do ônibus.
-
Posso dormir aqui no seu ombro? – perguntei, com um sorriso amarelo.
-
Pode... – respondeu Catti, vagamente.
-
Boa noite, então. – disse eu, dando-lhe um beijo na bochecha a tempo de vê-la
ficar vermelha.
Ela
deve ter passado o dia todo morrendo de ciúmes de mim durante a gravação do clipe...
Ronnie’s POV OFF
Na
poltrona mais ao lado, Max e Greene conversavam, ou pelo menos, tentavam:
- Mas
então o que achou do clipe? – perguntava Max à Greene.
- Sei
lá... – falava Greene – muita mulher, etc...
- Muita
mulher mesmo! – deixou escapar Max.
- E você
sabe bem disso né Maxwell? – disse Greene, seca.
-
Maxwell?! – disse Max, surpreso – Como assim?! Me chama pelo meu nome inteiro
agora? Nada de apelidos?
- É, me
deu vontade de te chamar de Maxwell... M-A-X-W-E-L-L. – retrucou Greene.
- AFFz, o
que aconteceu com você de manhã pra agora? – perguntou Max, fazendo uma careta.
- Nada,
só.. bom... nada mesmo! – disse Greene, um tanto indecisa.
- Você
tá chateada, brava ou chateada e brava comigo? – perguntou Max.
-
Digamos que um pouco. – disse Greene, fechando a cara.
- Ainda
porque eu chamei você e a Catti de vacas?! – disse Max, franzindo a testa.
- Não! –
exclamou Greene.
- AH,
por hoje eu meio que ter meio que deixado vocês de lado por um tempo? – disse
ele, sem graça.
- Por um
tempo?! – exclamou Greene de novo.
- Erm...
várias horas, talvez?! – disse Max, se encrencando.
-
AFFz... – disse Greene, voltando a encarar seu IPhone.
- AFFz o
quê? – disse Max, erguendo uma sobrancelha.
- Acho
bom você ter ouvido o Craig dizer que não há mulher mais corrimão que
figurante... espero mesmo! – disse Greene, séria.
-
Eita... – disse Max – Eu sei disso, OK?
- Hoje,
parecia que não... – comentou Greene, se acomodando em sua poltrona, fechando
os olhos e “ignorando” a presença de Max Green à seu lado.
- Ei,
isso.. erm você está falando das meninas e erm... – perguntou Max, atrapalhado.
- Estou
dormindo, OK? – disse Greene, estúpida.
- OK,
então – resmungou Max, contrariado.
- Ah...
me acorde quando a gente chegar OK? – perguntou ela, abrindo um olho.
- Sim! –
resmungou Max, novamente.
Catti’s POV
Aqui pra vocês, ver todas aquelas bitches
dando em cima dos “nossos” Greenadke foi difícil, e mais difícil ainda foi eu
tentar me fazer de durona, sem demonstrar meus ciúmes enquanto o Ronnie me
fazia perguntas sobre isso; porém, nada me quebrou tanto quanto a carinha dele
se desculpando e aquele beijo fofo em minha bochecha, sem contar ele pedindo
pra dormir no meu ombro, e olha que a distância nem era tão grande assim.
O tempo
na estrada não era tão longo ao ponto de dar pra se tirar algo mais do que um
cochilo, portanto logo chegamos:
-
Pessoal, eu sei que o dia foi longo e cansativo... mas ali na mansão temos uma
refeição quentinha esperando por vocês, além de suas camas tão convidativas...
– disse Ricky, animando-nos para sairmos dos nossos lugares.
-
Greene, já pode acordar! – disse Max, perto de Greene, que acordou assustada
com toda a movimentação do corredor do ônibus.
-
Ronnie... Ronnie, acorda! Já chegamos, estamos em frente à mansão. – eu tentava
acordar Ronnie.
- IH,
Ronnie quando dorme só screamo acorda! – disse Max, rindo.
-
Legal... eu nem screamo sei fazer. – disse Catti, desapontada.
- Quer que eu faça? – perguntou Max,
sarcástico.
- Não,
não... Ele já deve estar acordando né... SENHOR RONALD JOSEPH RADKE, POR FAVOR,
ACOOORDEEE... – gritei.
Ronnie
acordou olhando para os lados assustados:
- Diz
que não foi o Max quem fez essa gritaria aí?! – disse Ronnie, coçando os olhos.
- Não,
fui eu mesma! – respondi.
- AH
sim! – disse Ronnie, com um meio sorriso. – Se foi você mesmo, menos mal...
- HAHA’,
porque é que ela pode gritar contigo e sair numa boa e comigo você sempre faz
um escândalo etc, etc. – disse Max, fechando a cara.
-
Mimimi’ – disse Greene intrometendo-se na conversa.
- Você
também é?! – respondeu Max, indignando-se.
- AH
chega né?! – falei, cansada.
- Eu
também acho, sabe! – concordou Ronnie.
- OK,
tem mais alguém aqui nesse ônibus? – perguntou Ricky, colocando a cabeça para
dentro do veículo.
- Tem a
gente aqui, ó! – disse Max. – Eu, o Ronnie, a Catti e a Greene.
- Então
será que daria para os senhores saírem logo daí? – perguntou Ricky, impaciente.
– Por que sabe, eu tenho hora certa pra despachar esse ônibus, OK?
- Calma
aí, Mr. Santis. – respondeu a Greene, sorrindo de leve para Ricky.
- Pensem
na comida e na cama que está esperando por vocês ali dentro... – dizia Ricky,
tentando nos apressar – E outra, vocês todos tem que repor as energias de vocês
para o Gorgeous Nightmare amanhã, hein?
-
OKOKOK’, já estamos indo. – respondi tranquilamente.
Capítulo 19 - Bom dia, so let's go!
Catti’s POV OFF
Como
Ricky havia dito, na mansão realmente tinham camas e refeições deliciosas
esperando pelos rockstars e por nossas meninas. Greene e Catti se deliciaram
com a comida; tomaram seu banho, colocaram o primeiro pijama que viram pela
frente e se jogaram cada uma em sua cama até ouvir batidas na porta:
- Entra
– disseram ambas.
- Não
querem nem saber quem somos? – perguntou a voz de fora da porta.
- Entra
logo! – resmungou Greene.
- Oi,
duas! – disse Max, com um sorriso amarelo.
- Tudo
bem, dois? – disse Catti, com a mesma entonação de voz de Max.
- Tudo
sim e vocês? – perguntou Ronnie.
- Ótimo
– respondeu Greene, rapidamente.
- A
gente veio aqui só perguntar se está tudo bem e dar boa noite... – respondeu
Max, encabulado.
- OK,
boa noite pra vocês! – respondeu Greene, ríspida, se virando para o outro lado,
mergulhada em cobertas.
-
Noooossa, mas assim?! – exclamou Ronnie.
- Pois
é! – disse Greene, com a voz abafada. – Uma boa noite para vocês dois!
- Boa
noite, Ronnie. Boa noite, Max. – disse Catti, oferecendo um sorriso singelo. –
E tenham um bom descanso pra amanhã!
- Muito
obrigado, Catti! – disse Max, agradecido.
- OK, já
deram boa noite? Agora, tchau! - disse Greene, se enfiando em suas cobertas.
- Um
beijo pra você! – disse Ronnie, dando um beijo na bochecha da Catti. – E outro
pra você senhorita EstouComCiúmesdoMaxwell!
- Ciúmes
do Maxwell, é? – gabou-se Max.
- HAHA’,
imagina... – disse Greene, disfarçando no tom da voz, mas seu rosto todo estava
vermelho.
- Beijos
pra vocês também! – disse Max dando um beijo no rosto da Catti. – Ei, deixe-me
dar boa noite pelo menos, Marcella?
- OK’. –
disse a Greene, se sentando na cama.
-
Obrigado! – disse Max, após beijar Greene no rosto e ajeitar os cabelos que
desciam por seu rosto.
- Amanhã
viremos aqui acordá-las OK? – disse Ronnie, entusiasmado.
- Até
amanhã então! – disse Catti.
Os
Greenadke encostaram a porta, mas ainda houve tempo para que as garotas
ouvissem:
- Hey,
vocês dois aí, Craig e Jacky, podem ir já pra cama de vocês! – gritou Ronnie –
A-GO-RA!
-
Perdeu! Elas já foram dormir! – disse Max, feliz.
- Ontem
também sabe, mas a gente conseguiu muito mais que beijinho de boa noite que
vocês provavelmente devem ter dado – ouviu-se a voz do Jacky.
- Vem
aqui, seu moleque! – gritou Ronnie, descendo rápido as escadas e correndo atrás
de Jacky enquanto Max e Craig se matavam de rir.
- Esses
quatro! – exclamaram as meninas em uníssono do quarto.
Depois
de alguns minutos a mansão se acalmou e um a um, todos foram pegando no sono
até que não se ouviu som algum.
Naquela
noite todos estavam tão cansados que nenhum deles assistiu à filme algum, todos
dormiram feito anjinhos e só foram interrompidos pelos chamados do produtor ou
de sua filha, e Max e Ronnie, como disseram às meninas foram acordá-las:
- Catti?
Greene? Já estão acordadas? – cochichou Ronnie na porta do quarto das meninas.
- Acho
que ainda não... – cochichou Max, com uma orelha colada na porta.
- OK, vamos entrar!
– respondeu Ronnie, com voz baixa.
- Meninas, acordem!
Já está na hora do café-da-manhã! – disse Max, tranquilamente.
- Hmmm, mas já?! –
exclamou Catti, se espreguiçando debaixo das cobertas.
- Acho que já,
Catti! – disse a Greene, jogando para o chão seus edredons. – Os meninos estão
aqui.
- É, dorminhocas,
vamos acordar, aliás, levantar?! – perguntou Max, delicadamente.
- Que horas são? –
perguntou Catti, prendendo os cabelos num lacinho que estava em seu pulso.
-
Umas 07:30 mais ou menos. – disse Max, olhando para o Ronnie, procurando
confirmação.
-
Deve ser isso mesmo, por que a última vez que vi o relógio eram 07:20 e
estávamos subindo pra chamar vocês. – comentou Ronnie, ajeitando seu cabelo no
banheiro.
-
Vamos levantando? – perguntou novamente Max.
-
Já levantei OK? – disse Greene, um tanto mal-humorada.
-
Vamos lá que ainda temos um lindo pesadelo pela frente! – disse Max.
-
Hoje sou eu quem fica de folga! Grazadeus! – disse Ronnie.
-
Eu também estou de pé, esperem ali na porta porque né... Nós vamos nos trocar
aqui no NOSSO quarto, sabe?! – disse Catti, irônica.
-
Não seja por isso, a gente espera aqui mesmo! – respondeu Max, feliz.
-
Não senhor! A gente espera ali fora, como a Catti disse! – disse Ronnie, meio
embaraçado. – Vem Maxwell! – disse puxando Max pela camiseta.
-
OKOK’, já entendi... já pode me soltar, é. – disse Max, sorrindo de leve.
-
Eu me pergunto: quando é que você vai deixar de ser pervertido, Max? – disse
Ronnie, fechando a porta atrás de si.
As
meninas se trocaram rapidamente e foram tomar seu café acompanhadas dos Greenadke:
-
Quer que eu pegue cereal pra vocês, Catti... Greene? – disse Max, gentil.
-
Pra mim e pra Greene, por favor? – disse a Catti.
-
Querem suco? Leite? Iogurte? – perguntou Ronnie, ao lado da mesa com as
bebidas.
-
Iogurte pra mim e... – disse Catti.
-
Leite pra mim! – resmungou Greene.
-
Ô Greene, quando é que você vai melhorar esse seu humor? – perguntou Catti,
erguendo uma sobrancelha.
-
Não sei. – disse Greene, séria. – Por quê?
-
Faz um favor?! – disse a Catti, rindo levemente. – Melhora essa sua cara feia
também?
- Ai, Catti... você tem cada uma né?! –
exclamou Greene, soltando uma gargalhada.
-
Ainda bem que melhorou rápido, bem rápido! – disse a Catti.
-
OK, meninas. Aqui estão as bebidas de vocês e vamos comer rapidinho porque o
Ricky já ta deixando a produção de cabelo em pé com toda a arrumação pro
clipe... – disse Ronnie, sentando-se à mesa em que as meninas estavam.
-
E aí, descobriram onde será?! – perguntou Catti. – Ainda será na tal “chácara”?
-
Nem sei mais, em todo santo clipe o Ricky dá dessas, fica escondendo da gente
onde será o lugar e tal, fazendo surpresinhas e não é que no final fica tudo
perfeito?! – disse Max, contente.
-
Verdade, veja pelo Drug In Me Is You ontem... muito massa! – exclamou Ronnie.
-
E Issues também foi dele, ficou muito bom aquele clipe... Muito bom mesmo! –
comentou Max.
-
E a gente irá assistir à mais uma das superproduções de Ricky Santis... –
comentou Greene, mostrando um sorriso incomum pela manhã.
-
Mas sabiam que a maioria das ideias passa pela aprovação da filha dele? A Star?
– falou Ronnie, comendo seu waffle com mel.
-
A Star, aquela menina que conversamos ontem? – perguntou a Catti, comendo um
pouco de seu cereal.
-
Sim, ela mesma! – disse Max. – Ricky seleciona as ideias e ela as aprova, tipo,
tudo quanto é idéia que ele recebe passa por ela. E se a idéia está de acordo
com o que eles e a produção querem, pode crer que será uma das melhores
gravações... Isso porque cada vez que o Ricky produz alguma coisa, ele sempre
se supera. Ele consegue ir além da expectativa da banda.
-
Nossa, não sabia que a filha dele trabalhava com ele, aliás é uma pessoa de
grande influência nos trabalhos não?! – disse Greene, surpresa.
-
E ela ainda é modesta, porque não disse pra gente que ocupava tão importante
cargo na empresa do pai! Nossa, legal mesmo! – deslumbrou-se Catti. – Imagina,
poder julgar projetos que irão ao ar ou não? Que vida legal...
-
Pessoal, estamos chamando todos vocês para o ônibus porque hoje, assim como
ontem, não devemos perder um minuto sequer do nosso precioso tempo de gravação!
– disse Star. – Olá, meninas, Ronnie, Max!
-
Você não morre mais! Estávamos comentando de você! – disse a Catti.
-
Bem ou mal? – perguntou ela, sorrindo.
-
Muito bem, óbvio! – disse Max. – Quem iria falar mal do trabalho de Star
Santis?
-
AFFz, vocês contaram pra elas que eu ajudo meu pai, é? – disse ela, um tanto
embaraçada.
-
HAHA’ se o que você faz fosse chamado só de ajuda, sei lá o que poderia ser
qualquer outro trabalho! - disse Ronnie, olhando para a menina à sua frente.
-
Ah, que é isso! Eu só ajudo meu pai, dando uma idéia aqui, um conselho lá, mas
quem faz todo o trabalho pesado com os figurantes, artistas e produção é ele
mesmo, senhor Ricky Santis. – disse ela, um tanto vermelha.
-
E ainda é humilde! – exclamou Greene.
-
Greene, ela não lembra a personalidade do Lucca?! – perguntou Catti.
-
O Lucca Miller do Heavens? – Greene perguntou, interessada.
-
Esse mesmo! – respondeu Catti.
-
Agora que você falou, eu me lembrei com quem ela parecia, assim de
personalidade, é claro... – disse Greene, pensativa.
-
Eita, mas quem é esse Lucca? – perguntou Star, animada – Com quem eu pareço
tanto?!
-
É um garoto que trabalha no Heavens Hotel e que nós conversamos durante um
tempo, ele lembra muito o seu jeito! – comentou Greene, entusiasmada - Ele é
simpático, engraçado, prestativo, lindo e ele se parece bastante com o Max! –
disse ela, que após perceber o que havia dito, ficou mais vermelha do que
nunca.
-
Hmmm, sou lindo hein? – disse Max, cheio de si.
-
Será que nas vezes que eu dou certas mancadas você poderia ao menos se fingir
de surdo pra não ser assim tão... embaraçante?! – perguntou Greene para o Max,
encabulada.
-
Que nada! O Max é lindo mesmo! Esse Lucca também deve ser! – comentou
amigavelmente Star.
-
ÊÊ, será que podemos ir pro ônibus sem esses papinhos de quem é bonito ou não?!
– perguntou Ronnie, emburrado.
-
Calma, Ronnie! Você também é lindo não é, Catti? – disse a Greene.
-
Claro. – disse Catti, vermelha. – Deu seu troco né Marcella Collins?! –
perguntou Catti à sua amiga.
-
Pensou que eu deixaria passar? – disse Greene, com um sorriso malicioso.
Capítulo 20 - Pré Gorgeous-Nightmare
Max’s
POV
Eita, faz tempo que
não tenho um POV aqui nessa história né?! Eu sei que vocês morreram de saudades
minhas! [LOL]
Então, todo mundo se
enfiou novamente naquele ônibus e lá fomos nós de novo viajar. A diferença é
que dessa vez, o local em que seria a gravação ficava a duas horas da mansão, e
como não voltaríamos mais pra lá, a não ser pra regravar o clipe, coisa que com
a dupla Ricky e Star, raramente acontecia, pegamos todas as nossas coisas e
colocamos no ônibus.
Nossas coisas uma
vírgula, porque se lembram de que eu tinha levado o carro? Então, eu tive que
dirigir até o local da gravação... tá bem, eu confesso, me ofereceram um
motorista, mas eu recusei, porque ninguém toca no meu carro, eu disse NINGUÉM!
Hehe’, e se eu tinha
de ir no meu carro, tratei de arrastar Ronnie, Catti e Greene comigo... O
Ronnie, porque aquele doido, bom ele é meu melhor amigo né?! E as meninas
porque era essa uma boa chance de tirar Jacky e Craig de perto delas, mesmo que
eles tivessem bem intencionados, era melhor deixá-los longe delas, não?! CLARO
QUE SIM’
Bom, a gente foi
meio dormindo, meio acordado na viagem porque todo mundo tinha ido dormir tarde
e acordado um pouco cedo. Porém, nos momentos em que estávamos acordados a
animação estava bem presente, até mesmo por parte do Ronnie que nem faria o
clipe.
As meninas me pediram pra ligar o som,
mas o rádio estava tocando umas músicas muito idiotas então a Catti conectou
seu IPhone no meu player e nos fomos da mansão até a chácara ouvindo ETF, FIR,
BVB, A7X, blink182, Linkin Park e uma que elas me apresentaram chamada
Revolverheld. Os caras cantam em alemão, mas gostei pra caramba do som deles.
Assim que chegamos por lá, vimos que não era
exatamente uma chácara e sim um lugar cheio de árvores com alguns banquinhos
espalhados debaixo delas, um pequeno mirante e um jardim de rosas.
AH e o mais importante: tinha uma espécie de
castelo em miniatura, pois era todo feito de pedra, com aquelas portas antigas
e uma única sacada super larga, onde dava pra ver que a nossa produção havia
coberto as janelas com algum tecido escuro, pois uma das poucas coisas que Ricky
havia dito sobre o clipe é que seria um tanto sombrio, o que quer dizer que
provavelmente faríamos no escuro, sem claridade externa alguma, apenas as luzes
da gravação.
Quando entramos no “castelo” tudo estava
arrumado assim como todos os figurantes já estavam caracterizados com umas
roupas bizarras que assim, de cara, eu não entendi muito bem. Sei lá, uns
estavam com meias rasgadas; penteados estranhos; um homem barrigudo sem camisa
estava recostado à uma parede; algumas mulheres estavam com uma maquiagem mais
doida que a minha. Enfim, para cada lado que eu olhava via alguma coisa que me
espantava, até porque eu realmente não fazia ideia do que Ricky e Star estavam
tramando pro nosso clipe, virei para Greene, Catti e Ronnie e os vi com caras
assustadas também.
Max’s POV OFF
- Hey pessoal! Juntem-se
aqui nesta sala – ouvi a voz de Ricky – Star irá entregar a vocês o roteiro da
gravação de hoje.
- Quem não é do clipe também, Ricky? –
perguntou Ronnie, voltando sua feição ao normal.
- Se quiser, desde que não atrapalhem! –
disse Ricky, sorrindo.
- Alguém ficou sem o roteiro? – perguntou
Star, olhando para os lados. – OK, dou cinco minutos pra vocês lerem todo este
roteiro de duas páginas e logo apresentaremos como será na prática.
Roteiros lidos e cinco minutos após, Ricky e
Star mostravam à sua produção e aos rockstars como deveria ser feito o clipe:
- Gente, então é isso! Robert, Bryan, Max e
Craig, por favor, se dirijam para sua primeira esquerda que é a sala de
maquiagem e figurino, Johannes, Jenna, Heidi, Bill e Caitlyn, por favor, os
acompanhe e os deixem arrumados em erm... no máximo quarenta e cinco minutos. –
dizia Star, séria.
- Ferdinand e Dougie, me acompanhem até a
sala de mixagem à sua terceira esquerda. – disse Ricky – Star, minha filha,
está tudo OK contigo?! Precisa de algo ou alguém?
- Talvez... erm... acho que só do Mark e da
Jullie, sim por favor Mark e Jullie me acompanhem... – disse Star, sumindo pelo
longo corredor ao seu lado.
- Então, Thommas, por favor, cuide dos
figurantes enquanto resolvo alguns detalhes ali. Obrigado. – disse Ricky,
saindo da sala e sendo seguido por Ferdinand e Dougie. E para todos, colaborem,
pois este clipe é um pouco mais complexo do que Drug In Me Is You, certo?
Após as “ordens” dos Santis, todos foram
ajeitando o que lhes foi pedido e por eles passava aquela tensão que sempre vem
antes de coisas muito importantes, aquele famoso friozinho na barriga.
Greene’s
POV
Nem eu ou a Catti ou o Ronnie estávamos
no clipe, mas podíamos sentir a tensão que saia dos envolvidos com o Gorgeous:
- Espero que eles consigam gravar tudo
hoje, e que tudo saia como eles pretendem, se bem que com o Ricky e a Star,
acho difícil algo dar errado. – comentou Ronnie, com a testa franzida.
- Verdade né?! – eu disse, animada.
- O que será que o Ricky está aprontando
pra esse clipe é o que eu gostaria de saber... – cochichou Ronnie.
- Ele quis fazer suspense né?! Eu fui
perguntar pra Star se eu poderia ler o roteiro e ela disse que infelizmente não
poderia me deixar ler, mas que nós poderíamos assistir a gravação... – comentou
a Catti, feliz.
- Srta. Star?! Robert e Bryan estão
prontos, para onde eles devem ir agora? – perguntou Johannes para Star.
- Muito obrigada, Johannes! Pode
encaminha-los para a primeira sala de gravação.... é, lá no fim do corredor. –
disse ela, apontando.
- OK – disse Johannes, indo pelo
corredor, acompanhado de Bryan e Robert.
- Srta. Star, Craig está se adaptando
com as lentes de contato e assim que isso ocorra eu o maquiarei e mandarei até
a sala de gravação, OK? Sim, ele já está vestido com o figurino – disse Jenna,
limpando alguns pincéis que estavam em sua mão.
- Heidi, eu preciso da Heidi pra me
dizer como está o Max! – disse Star, apressada.
- Sim, Srta. Star! Max Green está pronto
e foi fumar um cigarro ali na frente do castelo, sim, está vestido e maquiado.
– disse Heidi, prestativa.
- Eu já disse à vocês para parar de me
chamar de Srta. Star, podem ser menos formais comigo, OK? Não mordo não... –
disse Star, sorrindo. – É senhorita daqui, senhorita dali, daqui a pouco me
chamarão de Senhora Santis... Eu mereço, não?
- Está precisando de alguma ajuda, Star?
– disse a Catti.
- AH, muito obrigada, mas é só a
correria de gravação novamente, já estou acostumada.
- Mas qualquer coisa que você precisar,
pode contar com a gente OK? – eu disse.
- AH, e quando a gravação for começar de
verdade será que alguém poderia nos avisar? – perguntou Ronnie.
- Claro! – disse Star, saindo
rapidamente para o corredor das salas de gravação.
- Por enquanto temos que ficar aqui,
olhando pro teto né?! – disse Catti.
- Que horas são? Alguém sabe? –
perguntei.
- Deixa eu ver... são... 10:23... Nossa,
ainda?! – surpreendeu-se Ronnie – Parece que acordamos faz uma eternidade!
- Então, né, vamos fazer alguma coisa? –
perguntei, entediada.
- E tem alguma coisa pra fazer? – disse
Catti, se jogando num puff que estava perto dela.
- Contar histórias?! – perguntou Ronnie,
rindo.
- Boa! – respondi em uníssono com a
Catti.
- AH é?! – Ronnie se surpreendeu.
- OK, o que é que você nos conta, Ronnie
Roxxie? – perguntei
- Ronnie Roxxie, onde foi que vocês
arranjaram essa? – disse Ronnie, gargalhando. – Mais um dos milhares de
apelidos que vocês tem pra mim e o Max, não?
- Pode se dizer que sim! - disse Catti,
rindo também.
- Bom, eu não tenho muitas coisas pra
contar e... AH teve uma vez sim em que estávamos eu e o Jacky...
E os três continuaram a conversar por
mais alguns minutos até que Ferdinand apareceu na sala:
- E aí? Estão prontos para assistir ao
nosso segundo show em dois dias? – disse ele, entusiasmado.
- Opa, claro! – exclamamos todos juntos.
Greene’s
POV OFF
Continua...
Notas das autoras:
Essa é nossa primeira fanfic em dupla então espero que estejam gostando!! <3
-Marcella
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