quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Hell-A
Autoras: Eicatti e MardyBum




Capítulo 1 - Prólogo

Depois de horas e horas, um guarda-roupa inteiro jogado na cama, Caterinne aka Catti estava também jogada por cima de toda a baderna, com sua típica cara de tédio e/ou aborrecimento, devia estar pensando aquelas coisas: “Ah, o que eu levo?” ou “O que eu visto?”, enfim. Já Marcella aka Greene, xeretava tranquilamente na bolsa da Catti, procurando, sabe Deus pelo quê.
– CATERINNE KIRSCHE, O QUE É ISSO? – gritou uma Greene, vindo da sala como um jato e pulando na bagunça, com um envelope preto nas mãos.
– Se você se controlar, ou melhor, parar de balançar esse envelope até que eu poderia te dizer alguma coisa, né? – disse a Catti, se espreguiçando.
– Ok, pega aqui então. – disse a Greene quase enfiando o negócio na boca da outra.
– Aaah, isso? – disse a Catti com um sorriso malandro. – Isso é meu, quer dizer, nosso pass... Ei, esse pacote estava nas profundezas mais escuras da minha bolsa, Dona Greene!
– Eu tava procurando meu fone de ouvido e... AFF’z, esquece que eu mexi lá e fala logo o que é isso, por favor, vai? – disse a Greene fazendo uma carinha fofa.
– OK, Greene. Era pra você saber só hoje à noite, porque aí você não iria ficar no meu pé, gritando feito doida e...
– Mas gritar eu já gritei, quer mais? – disse a garota, rindo.
– Não. Então, aqui dentro está o cumprimento da nossa promessa, Greene. Você ainda se lembra, não? Anote na sua agenda, porque será exatamente amanhã. - disse a Catti, aguardando a reação da amiga.
– HAHAHA, mas a promessa é de uma viagem que pra amanhã, só se for ali pra esquina né Catti? Aquela viagem mesmo, não.... Não pode ser - disse a Greene, balançando a cabeça.
– Nananinanão, nossa viagem, Greenezinha, é aquela pra Los Angeles e amanhã – disse a Catti, subindo também na cama e abrindo os braços como que dando boas-vindas e deixando o olhar vago, mergulhando em sonhos.
– Não brinca vai! Você já zoou muito com a minha cara durante esses aninhos que moramos aqui em São Paulo. Se bem que, me deixe olhar esse envelope e confirmar... Ou não. HAHAHA.
– Olha aí então, Srta. Dúvida. – disse a Catti se jogando de novo na pilha de roupas.
– WEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE, é verdade a gente vai pra LA. Espera aí, aqui diz realmente que a data de embarque é amanhã... Tá, eu não acredito ainda. – disse a Greene, também se deixando cair ao lado da outra.
– Mas é, Greene. – disse Catti lentamente. – E eu não faço a mínima ideia do que levar pra ficar durante um mês, eu sei que podemos comprar roupas lá, mas a maioria tem que levar, e levar o quê é a quest...
Greene’s POV
Então, né gente, a Catti continuou falando por mais uns dois minutos ou sei lá mais quanto tempo, só sei que eu estava longe dali, sonhando com LA, porque se a gente fosse mesmo pra lá, isto significava uma possível chance de conhecer o Escape The Fate, o Black Veil Brides, o Max Green, o Falling In Reverse, o Max Green, o Avenged Sevenfold, o Max Green, o Modern Day Escape, o Max Green. [AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA] o Max Green.
Sim, é por isso mesmo que meu apelido é Greene, coisa da Catti. É que eu falava/falo tanto do Max que ela resolveu me chamar assim. Tipo uma versão feminina do Green.
Gente, mas voltando ao assunto, coloquem-se no meu lugar: você recebe a notícia de que vai pros EUA um dia antes do embarque, como assim?? Chacoalhei a Catti que estava pensativa ali do meu lado, dizendo pra ela que já devíamos ter começado a arrumar as malas etc.
E isso queria dizer que não iríamos dormir de um jeito ou de outro: ou de ansiedade, ou de preparação de coisas e mais coisas pra viagem das nossas vidas.
Greene’s POV OFF
Naquela noite as meninas obviamente nem dormiram, isso porque fizeram as malas juntas, uma ajudando a outra, mas toda hora alguma delas pausava o que estava fazendo e se perdia na expectativa do dia seguinte. Enquanto Greene ajeitava as peças de roupas nas respectivas malas, Catti trazia um suco ou um café, a fim de mantê-las acordadas.
Sem contar que de tanta animação que elas estavam, ligaram o rádio e colocaram o mais alto que era permitido e ali se foram segundos e mais segundos de Something, Situations, Raised By Wolves, Sweet Blasphemy entre outras músicas.
Uma noite sem dormir as gurias até podiam aguentar, mas a ansiedade delas perdeu para o cansaço durante o voo do dia seguinte inteiro. Sentadas numas das últimas poltronas do avião, cochilavam tranquilamente. Eu acredito que elas deveriam estar delirando com seu destino, pois sonhar, AH, sonhar com essa viagem, isso acontecia com elas desde que eram pirralhas.
O voo demorou mais algumas horas, nas quais elas continuaram a dormir, sem nem mesmo acordar pra comer, exceto quando uma aeromoça resolveu chamá-las uma hora antes do pouso para que fosse servido o lanche da tarde.


Capítulo 2 - Um Inferno no Paraíso



– Los Angeles! We're in L.A. – berraram as duas garotas em uníssono, praticamente chorando de alegria quando saíram dos portões do aeroporto.
Estavam ali, as duas garotas amigas desde sempre, realizando a antiga promessa de que um dia iriam para Los Angeles juntas. Estavam lá naquela imensidão de lugar, parecido com as grandes cidades brasileiras, mas um tanto surreal. Sim, em Los Angeles, e obviamente não acreditavam nisso:

– Moças, as senhoritas chamaram um táxi? – Um homem alto e barrigudo perguntou, rodando um molho de chaves nos dedos.

– É, quer dizer, sim, nós... É, fomos nós! – Catti disse em meio a seus devaneios, encarando aquela cidade enorme.

O homem conduziu as garotas até onde estava estacionado seu táxi amarelo, com aquela faixa xadrez, idêntico aos que vemos nos filmes americanos.

No percurso até o hotel em que elas permaneciam caladas encarando as janelas com sorrisos nos rostos, elas ficariam lá durante um mês inteirinho. No caminho o taxista mostrava lugares turísticos e dava dicas de onde passear, comer, etc...
– Senhoritas, aqui neste restaurante o “DFood”, as senhoritas nunca deverão pedir o “Stupid Wings”, porque os donos põe tanta pimenta nas asinhas de frango que eu não duvido nada se eles dão pimenta nas rações ao invés de milho – disse um aflito taxista.
– Entendi. – Greene comentou. - Sou Marcella Collins, essa é Caterinne Kirsche e o senhor?
– Olha, o pessoal me chama de Big Yellow, por causa do meu tamanho e do táxi, essas coisas de apelido que acabam pegando. (Greene e Catti se entreolharam e riram de leve). Então, de onde vocês são para estarem assim tão maravilhadas com Los Angeles? – perguntou o homem.
– Brasil. – Catti disse olhando pras ruas em que “passavam” rapidamente.
– Brasil é? Feijoada, carnaval, mulheres, calor, praias... AH, deve ser emocionante viver por lá, não? – desabafou o senhor Yellow, sonhador.
– Que é, é. Mas as coisas por lá deveriam ser um pouco diferentes, sabe? – comentou a Greene, esquecendo o olhar pelas várias pessoas nas estradas.
A conversa continuou amistosa: Yellow mostrando sua cidade, as garotas contando sobre seu país, até que o caminho abriu-se numa ponte enorme tanto de comprimento quanto de largura, onde no canal (que não tinha rio) estava estendido um tecido vermelho gigante, sem contar que todo o espaço em volta era ladeado, até onde elas puderam enxergar, por holofotes como aqueles de sambódromo. A curiosidade entre elas é sempre extrema não? Então Catti perguntou a Big Yellow o que era aquilo:
– Todo o ano ocorre uma corrida onde os artistas pagam pilotos de Fórmula 1 para correr neste canal e todo o dinheiro arrecadado com os ingressos e apostas é revertido para instituições de caridade: asilos, orfanatos, essas coisas. – disse Big todo orgulhoso de sua cidade.
– Nossa Yellow, um evento interessante então. Mas por que há a faixa vermelha? É algum símbolo? – Greene perguntou, interessada.
– Não, é que normalmente este canal desativado serve para pouso de helicópteros e como hoje há muita gente trabalhando para essa corrida, não é seguro que eles pousem ali, e então só para evitar possíveis acidentes eles estendem esse tecido enorme sinalizando que é proibido pousar. – disse o homem, explicativo.
– A sim! – Elas balançaram a cabeça, e voltaram a observar a grande faixa estendida a alguns metros abaixo da ponte.
A verdade era que aquela faixa vermelha gigantesca causou mais do que curiosidade nas duas, mas naquele momento elas nem se importaram muito com isso, porque tudo naquela cidade maravilhosa em frente a elas chamava sua atenção, a todo instante. Acho que deveriam ter prestado atenção, diria até, muito mais atenção!
Passaram-se alguns minutos de pleno silêncio (LA ainda impressionava demais as meninas) quando Yellow começou a falar:
– Srta. Kirsche e Srta. Collins, o hotel de vocês é o Heavens, certo?
– Sim – elas responderam sem olhar.
– Então, conseguem enxergar daí aquele pequeno prédio branco e azul, ali à direita? - disse Big Yellow, sarcástico.
– Aquele monstro branco e azul ali? – Greene quase pulou pela janela do táxi. (literalmente!)
– Pois aquele é o Heavens! – disse o homem feliz, sentindo as meninas vibrarem de felicidade no banco de trás.
Catti's POV
Gente, pára tudo aí! Pára tudo, para eu poder explicar pra vocês o que era aquele hotel: nós estávamos numa avenida plana a uns 500 metros do prédio e ele parecia ter uns 50 ou mais andares além de ser muito largo, porém uma coisa me fez supor que os quartos eram muito grandes também, pois eu vi poucas janelas e sacadas do lado que dava para eu enxergar. Enfim, o hotel era extremamente grande.
E já em frente ao hotel o senhor Yellow ajudou as duas senhoritas paralisadas (Greene e eu, muito bem, acertou! LOL’) a carregar nossas malas até o saguão e WOW, lá estávamos nós de frente para o gigante branco e azul tentando melhorar nossa cara para poder fazer o check-in.
Catti's POV OFF
As garotas entraram no enorme saguão do Hotel que tinha as paredes brancas com um fino traço azul-marinho nas arestas, dando um toque mais chique ao lugar. Aproximaram-se de uma mulher que digitava num computador atrás de um balcão de mármore-branco e azul-marinho.
– Olá, em que posso ajudá-las? – disse a moça que antes digitava.
– Oi, nós gostaríamos de fazer o check-in. – disse a Greene, sorrindo e tentando não demonstrar tanto sua felicidade.
– Certo, um flat ou dois? – perguntou a mulher.
– Um mesmo, né Greene? – disse Catti, ao que Greene concordou com a cabeça.
– Ok, vocês podem escolher entre os quartos 554, 122 e 666. Qual vocês preferem? – perguntou a moça.
– 666, certeza – disseram elas, em uníssono ao que a senhorita no balcão sorriu levemente.
– Aqui está a chave. - A mulher disse entregando uma chave para Catti, que virou feliz para uma Greene confusa, olhando para onde suas malas estavam sendo levadas por um cara com uniforme.
– Mas o que?! – disse a Greene, quase correndo atrás do carrinho do homem.
– Ele vai guiá-las até o flat de vocês e levará a mala das senhoritas até lá. – respondeu a moça, rindo da Catti e da Greene.
Elas deram gorjeta ao homem que trouxera suas malas e entraram num flat todinho decorado em branco e azul-marinho com uma sala grande; cozinha equipada; dois quartos com camas king size; dois banheiros, tendo um deles uma banheira redonda feita de mármore preto; além de uma sacada um tanto grande para os padrões que estavam acostumadas no Brasil, pois ali cabiam tranquilamente umas seis cadeiras mais uma mesa média.
E assim, cansadas do jeito que estavam da viagem, cada uma das meninas se enfiou em um banheiro e tomou um longo banho para depois se enfiarem em robes pretos, fornecidos pelo hotel, além de terem a sua espera dois copos de suco. (Ê, mordomia LOL).


Capítulo 3 - Vagueando pelo Hotel


    E enquanto as garotas se refrescavam lá no Heavens, algumas coisas aconteciam na Internet, mais precisamente no Twitter:

@REDRUMRONNIE: hey Ronnie, como está você hoje?
@max_the_ripper: qual é o seu problema Maxwell? Já não basta ter me mandado pra onde me mandou?
@REDRUMRONNIE: vi que não está pra conversar, não RonnieRoxxie?
@max_the_ripper: talvez não com você!
@REDRUMRONNIE: vamos conversar por DM então... Pelos menos fã nenhum se intromete.
@max_the_ripper: agora está se importando com seus fãs, é? HAHA’, o que o sucesso não faz com as pessoas, né?
@REDRUMRONNIE: DM pra você.

E nas DMs, ele e Max Green conversavam:
Max Green diz: Ronnie, dude você não sabe o quanto sinto sua falta, cara.

Ronnie Radke diz: vou fingir que entendo você, é. A fama deve ter te subido a cabeça, não é Maxwell? Fala como se não tivesse nada a ver contigo. AFF’z.

Max Green diz: você sabe que não sou culpado pelo Cook, assim como você. Sei também que eu, como seu melhor amigo, deveria ter te apoiado e etc., mas eu era jovem demais.

Max Green diz: se fosse hoje, com certeza estaria ali do seu lado, lutando com você.

Ronnie Radke diz: mas não é hoje, e nem foi ontem, foram três merdas de anos atrás.

Max Green diz: Dude, eu estou te dizendo que não sou mais aquele Max que te largou mofando na prisão...

Ronnie Radke diz: HAHAHA’

Max Green diz: você vai no Hell-A amanhã?

Ronnie Radke diz: a corrida, não?

Max Green diz: é, ali no canal desativado.

Ronnie Radke diz: talvez.

Max Green diz: Ótimo. Onde te encontro?

Ronnie Radke: se eu for, lá pelo stage do Russian Roulette.

Max Green: OK. Até amanhã então, Ronnie.

Ronnie Radke: quem sabe, Maxwell, quem sabe.


No hotel, as meninas nem estavam vendo twitter, nem facebook, nem coisa alguma. Eram quase oito horas da noite e cada uma telefonava para sua família:
- OK, mãe. Sim, a gente chegou bem... É. Claro... não... já estamos no hotel. – Catti andava de um lado pra outro.
- Noooooooossa, pai, você não tem ideia do que é esse hotel HEHE’. Cara, aqui é demais, sério mesmo... – gritava a Greene lá do quarto, mais exatamente, esparramada em sua king size.
- Certo, mãe, pode deixar que eu cuido da Greene, quer dizer, Marcella. – Catti gritou de propósito, fazendo a Greene ouvir. – Não andamos com estranhos, mãe.*Sussurrando*: Na verdade, só não andamos com chatos etc. *Voz normal*: Claro mãe, trouxe tudo o que era necessário trazer. Aham, beijos. – disse a Catti, desligando.
- Vai cuidar de mim, é? HAHAHA. Você não cuida bem nem de você mesma – disse a Greene, zombando da cara da outra.
- Ah vá lá vestir sua roupa que já vamos descer pro jantar! Fome do caramba, Deus ¬¬’ – disse uma Catti, desanimada.
Ah, me esqueci de comentar que uma Catti com fome, é como uma Marcella emburrada, chatas pra caramba, na verdade insuportáveis, portanto, nem tentem conversar com elas quando estiverem assim LOL’.
E lá foram as duas jantar no enorme restaurante do hotel.

Greene’s POV

Eu e a Catti saímos do nosso flat e fomos jantar, nossa primeira refeição em LA, [AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA].
Enfim, eu fui de calça skinny branca, uma camiseta do Avenged Sevenfold [que uns garotos que encontramos no saguão falaram: “Olha, ela curte A7X. WOW e é gata não?” até parece, é.] meu cabelo de sempre e um all-star todo preto. E então, assim fomos matar quem estava nos matando [ :D ]

Greene’s POV OFF

Catti’s POV

AH, esperem aí.. O que a Greene não contou é que esses meninos (acho que uns 5)  passaram do nosso lado, tipo, secando-a na cara dura e tal... Comentando, obviamente, de tudo: cabelo, calça, bunda, peitos, camiseta, olhos, boca, tênis, sorriso, mas até que eles foram educadinhos, não usaram nenhum palavrão (que eu tenha entendido) pra falar da Greenezinha. Estou vendo que vou ter de ficar realmente de olho nela ;)
Bom, era só pra esclarecer isso, HEHEHE... E comentar que eu incrivelmente desci para o jantar sem nenhuma maquiagem. Milagre, é.

Catti’s POV OFF

Quando elas estavam chegando perto do refeitório, Catti parou subitamente dizendo algo a Greene sobre a roupa que ambas estavam usando (Catti usava shorts boyfriend, uma camiseta e all-star brancos, além de muitos colares e cabelos presos num rabo-de-cavalo). O espanto da guria foi porque no balcão de recepção todos estavam vestidos de social: calça, terno e gravata borboleta pretos, sem contar na cordialidade que exalava dali. Isso fez as meninas corarem, porque, como elas pensavam: uma coisa é pagar mico no Brasil, outra coisa é fazer isso nos EUA:
- Senhor? Por favor? – disse uma apreensiva Greene.
- Sim. – disse um homem, ou melhor, um adolescente de olhos azuis e cabelos tingidos de preto e raiz loira.
- Pode entrar com qualquer roupa aí no restaurante? – disse a Greene, sorrindo desajeitada.
- Claro... Porque a pergunta? – disse o garoto, franzindo a testa.
- É, que bem... – atrapalhou-se a Greene.
- Vocês estão todos sociais e tal... E a gente aqui de shorts ou camiseta de banda. – disse a Catti, interrompendo.
- Ah sim, mas é que isso é exigência do hotel apenas para quem trabalha aqui. Os hóspedes podem fazer suas refeições até em trajes de banho, se quiserem. Por favor, entrem. – disse a elas o recepcionista, abrindo a porta.
- Ah, obrigada! – disse a Greene andando depressa para dentro do restaurante - E ah, como é seu nome?
- Lucca Miller, recepcionista do restaurante. – respondeu o menino, quase gritando.
- OK, seeya. – disse a Catti, acenando com a mão.

Comeram tranquilamente sua refeição ali e depois passaram um bom tempo conversando em português, ao que muitas pessoas olharam estranho para elas, mas isso apenas as fazia rir.
Quando voltavam para o flat 666, escutaram alguém fazer ‘psiu’ para elas, mas nem ligaram e continuaram andando até que um afobado Lucca apareceu na frente delas:
- Então.... vocês.... conheceram todo o.... hotel... já? – disse Lucca, arfando o peito.
- Ih, quase nada. Até agora vimos nosso flat, o saguão de entrada lá embaixo e o restaurante. – apontou a Greene.
- Se quiserem.... daqui a quinze minutos... eu termino meu expediente e posso.... mostrar todo o Heavens pra vocês? – disse Lucca, melhorando sua respiração.
- Bom, não estou afim de muita coisa lá pelo nosso quarto, então, eu topo.. – disse a Catti, sorrindo amigável para o Lucca.
- Estou dentro – comentou a Greene.
- Então, qual é o flat de vocês? – indagou Lucca.
- 666 – exclamaram ambas as meninas.
- Sério? Quase ninguém fica nesse quarto, todos tem medo. – disse o Lucca, fingindo uma cara assustada. - Meninas, passo lá daqui a pouco OK?
- Certo, bem o tempo de eu pegar uma blusa. – comentou a Catti, olhando por uma janela ao seu lado, o movimento fora do hotel.
- Tá.. – disse o Lucca, saindo correndo novamente. – AH, seus nomes?
- Caterinne Kirsche – respondeu a garota, sorridente.
- Marcella Collins – disse a Greene.

No elevador até o 666:
- HAHAHA, porque você não disse seu apelido a ele, dona Greene? – disse a Catti, tentando segurar o riso.
- Porque ele não é íntimo, sabe? Não tem que ficar sabendo assim, na lata, qual é meu apelido.. – respondeu Greene, fazendo biquinho.
- Mas ele parece ser legal. – respondeu a Catti, prestando atenção nos andares que o elevador panorâmico subia.
- É, legal ele deve ser, mas... – comentou Greene exatamente quando o elevador parou.
 Elas entraram cada uma em seu quarto, pegaram qualquer blusa que encontraram pela frente.

Capítulo 4 - Heavens

Greene’s POV



Os dias em LA pelo jeito não eram tão frios, mas pela noite parecia que a temperatura baixava bastante, então peguei uma blusa para ficar quentinha? HAHAHAHA, claro que não, eu só não queria ficar doente em Los Angeles, não é?

Peguei minha blusa de frio preta com uma deathbat atrás e lá fui eu atrás do meu IPhone, porém o meu estava descarregado e a Catti não havia pedido a senha de wireless do Heavens para nossos celulares. E isso queria dizer: nada de twitter até o outro dia, pelo menos :(
 Pensem que legal: você em LOS ANGELES, querendo contar para Deus e o mundo onde está e puff’ não tem bateria ou internet para isso. [AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA]
Pooxa, saudades do Max *--*.

Greene’s POV OFF

A campainha tocou e lá de dentro do 666 duas vozes ‘moles’ disseram: ‘Entra’. Lucca as aguardava no batente, sem seu uniforme de recepcionista, vestindo uma camiseta do Black Veil Brides, uma calça skinny e tinha meio que bagunçado seu cabelo:
- Prontas? – disse entusiasmado.
- Opa, sempre – levantou-se a Greene, puxando logo a Catti que estava ao seu lado.
- Calminha, tá Greene? – disse a Catti, levantando-se penosamente da poltrona.
- Greene? É seu sobrenome? – disse o Lucca, interessado.
- Longa história, longa história.. (Greene olhou para Catti com seu típico olhar de raio-laser) – Mas então, você curte BVB também? – disse enquanto a amiga trancava a porta e recolhia a chave.
- Juro que com essa chave na mão me sinto abrindo e fechando os portões do inferno... HAHAHA – cochichou a Catti, rindo de si mesma, enquanto mirava a chave com a marcação ‘666’.
E todos caminhavam pelos intermináveis corredores, ouvindo e falando sobre aquele imenso monstro que era o Heavens Hotel. Quando as meninas deram por si já estavam andando cada uma grudada em um braço de Lucca, rindo e conversando coisas como os apelidos, bandas preferidas, shows, desgostos, frustrações e até umas poucas confissões. E o papo entre eles três fluía tão bem, suas histórias divertiam, deprimiam, enraiveciam-nos de forma quase idêntica para cada um deles.
Foi quando Lucca mostrou o lugar mais maravilhoso de todos os que ele já havia apresentado as meninas: uma espécie de mirante no ponto mais alto de todo o hotel.
 O mirante, na verdade uma pequena sala, toda feita de vidro, sem conjunções, apenas uma placa de vidro construída ao lado de outra, cuja vista fez as meninas, literalmente, perderem o ar, pois dali tinha-se visão para o céu, porque até mesmo o teto era feito de lâminas de vidro. E ali, o céu estava lindo mesmo, cheio de estrelas, pequenas e fracas, fortes e reluzentes. Enfim, uma visão perfeita seja para o dia, ou melhor ainda, para a noite.

Catti’s POV

Tenho que dizer que aquele ‘mirante’ deve ter sido a inspiração para o nome do hotel, e neste ponto a pintura que aquele lugar delineou em minha mente irá durar pra sempre, como uma fotografia viva.
Para dizer bem a verdade nem sei quanto tempo ficamos por ali, pois parecia que a cada momento tinha algo novo pra se ver: as piscinas do hotel azul-marinho iluminadas por holofotes; o topo de uma catedral; os vários outdoors com luzes neon, além do nosso misterioso Hell-A. Simplesmente não sei o quanto aquele espaço iluminado fortemente podia me impressionar, mas parecia que isso nunca iria se cessar.
É...

Catti’s POV OFF

 Umas três horas da manhã foram quando os três voltaram para seus respectivos quartos, ainda maravilhados com a visão do mirante ao qual chamaram de ‘Meaning’ ou ‘Significado’, pelo fato de não terem certeza se era de fato a inspiração para o Heavens.
Catti e Greene se jogaram cada uma em sua cama, sem nem mesmo tirar a roupa do corpo e o sono profundo pegou-as de surpresa e só largou-as pela hora do almoço:
- Olá, Greene – disse a Catti, quase se arrastando em direção ao banheiro, enquanto a Greene observava o que acontecia no mundo a sua volta da sacada.
- Oi, Cattizinha – comentou feliz a Greene, tentando enxergar a Catti cobrindo os olhos do sol.
Depois de ter escovado os dentes, tomado banho e trocado de roupa, Catti veio animada para conversar com Greene:
- Hey, o que você está fazendo parada aí, Greene? – disse a Catti, dando um soco de leve no ombro da Greene.
- Estou aqui, ainda intrigada com esse Hell-A. Sei lá, dá impressão de que ele me chama toda vez que vejo aquele tecido ou os holofotes... – disse uma Greene, franzindo a testa, sem tirar os olhos do canal, um pouco a frente do hotel.
- HÁ, será hoje né? – Greene, acenou com a cabeça. - Também senti isso, mas acho que é porque é tudo tão novo pra gente não? É, mas quer saber, parece muito mais que isso! – disse a Catti se aproximando da sacada, fazendo sombra para os olhos.
- É... – cochichou a Greene – Mas então, vamos descer tomar café?
- HAHAHA, você viu que horas são? – disse Catti, sarcástica.
- Não. – Greene correu até o relógio da cozinha e viu que eram 12:37hs . – É, café da manhã não vai ser...
- E se demorarmos mais, nem almoço. Vamos Greene? – disse a Catti, já se encaminhando para a porta do flat.
- OK, disse a Greene prendendo seu cabelo e saindo pela porta que a Catti já tinha aberto.

Capítulo 5 - Piscina


Max andava de um lado para o outro, roendo as unhas, aliás, as poucas unhas que haviam sobrado depois que ele e Ronnie se falaram pelo twitter.   

Ele sabia o quanto teria de enfrentar, para convencer o amigo de que ele mudara, não era mais aquele Max totalmente irresponsável, na verdade isso continuava a existir numa parcela pequena do novo Max.

Muitas coisas o forçaram a mudar, apesar de todos a sua volta acreditarem que ele sempre almejou o que obteve com prisão de Ronnie. Fama, dinheiro, mulheres, fãs enlouquecidas por ele, centenas de seguidores de twitter, estilo, música etc. Muitas coisas haviam mudado as perspectivas de Max. E ali estava ele cumprindo o primeiro passo para tentar ‘salvar’ sua amizade com Ronnie Radke: falar com ele, encarar os olhos dele e realmente tentar dizer ao menos um sincero “I’m sorry”. Mas algo o dava certo otimismo, então ele refletia, fazendo sua maquiagem negra de frente para o espelho:

- Ronald Joseph Radke, cara, tomara que você me ouça! – disse Max, pesaroso, encarando sua face enquanto pintava duas listras pretas nas maçãs do rosto. – Tomara!


Umas quatro da tarde, as meninas foram aproveitar as piscinas do hotel, colocaram seus biquínis, pegaram as toalhas e se sentaram nas cadeiras. Apesar de ser tarde, as piscinas não estavam muito cheias:
- AFF’z, Catti, sai daí vai? Vamos pular ali, hun? – disse Greene tentando erguer a Catti da cadeira.
- AH, vai lá, vai. Daqui uns minutinhos eu vou OK? – disse a Catti arrumando seus óculos escuros.
- Sei. – disse uma Greene com um sorriso no canto da boca, andando em direção à beira da piscina perto de onde estavam os meninos que tinham comentado sobre ela no dia anterior.
- A-HÁ, ela fica bem melhor sem a camisa do A7X. Desculpa, The REV! – disse um dos meninos de cabelos pretos e olhos azuis, com uma toalha jogada de qualquer jeito nos ombros.
- Oi – disse a Greene, passando por eles.
- Olá – disseram todos em uníssono, mudando de posição de repente e tentando disfarçar que falavam dela minutos atrás.

Catti’s POV

 Greene pensou que eu não quis ir por conta da minha preguiça aguda? AHAHAHA, eu não fui porque tinha visto os meninos ali perto de onde ela queria entrar na água, também porque eu sabia que ela falaria com eles e eu certamente ficaria boiando um pouco no assunto, caso eles começassem a falar do Avenged, porque gostar eu gosto e tal, mas não sou a ‘fã-nática’ que é a Greene.
Estava ali só de longe observando os meninos embaraçados com ela ali do lado que nem vi que umas patricinhas se sentaram nas cadeiras do meu lado, todas assanhadas por causa dos garotos do outro lado da piscina que só tinham olhares pra Greenezinha.
Patricinha é patricinha, seja no Brasil ou em LA, mas ali elas conseguiam ser mais irritantemente insuportáveis ¬¬’. E depois de ouvir comentários desde as sungas dos meninos até qual foi a cor da última unha postiça que tinham comprado, eu resolvi que essa era a deixa para eu infelizmente ter de me juntar com a Greene e os meninos, que a essas horas já estavam todos sentados na beirada da piscina num papo que parecia interessante.

Catti’s POV OFF

 Dona Catti, fez o favor de ir lá estragar o assunto dos seres lá do outro lado, porque é típico dela ser estraga prazeres da Greene.. mentira, vocês aqui devem saber o quanto patricinhas podem chegar ao nível de perturbação extrema, então... nossa Catti também se irrita com isso, mas foi discreta ao chegar perto de todos ali:
- Oi, para todos. – disse com um sorriso amarelo.
- Oi, Catti – disse um menino com cabelo preto e loiro e olhos castanhos.
- Eita, já sabem meu nome? – disse a Catti, sem graça.
- A Marcella contou pra gente! – disse um outro de cabelos castanhos.
- A sim – disse a Catti piscando de leve pra Greene, que sorriu balançando a cabeça.
- Eles já estão indo embora, Catti.. – disse a Greene um tanto desapontada.
- É, hoje, aliás daqui a pouco. Acredito que antes do Hell-A começar não, gente? – disse o menino de cabelos pretos.
- Pois é! – disseram todos.
- Vocês deviam ter chego mais cedo, assim nós poderíamos conversar mais, não? – disse o menino de cabelo preto e loiro.
- Com certeza! – disse um com uma toalha vermelha amarrada na cintura, piscando para mim e para a Greene.
- Mas então, será que vocês poderiam passar twitter, facebook ou messenger de vocês? – voltou a falar o menino de cabelos pretos.
- AH, claro.
- Keith, cara, a gente já tem que vazar. Você pode pegar aí com elas, enquanto a gente ajeita lá as coisas? – disse o menino de cabelos castanhos falando com o menino de cabelos pretos e olhos azuis.
- O Daniel já arrumou tudo por lá, Fer. Só falta nós trocarmos essa roupa e talz... – disse o Keith, mordendo o lábio esquerdo.
Os meninos pediram um pedaço de papel e uma caneta para uma das patricinhas e um deles anotou nossos perfis:
- Então é isso, gente! Queríamos muito ficar, mas nem vai dar. – disse o Daniel, olhando para as duas garotas.
- É, espero voltar a ver vocês! – disse o Fer, dando um beijo na bochecha da Greene.
- OK – disse a Greene.
- Tchau, Catti – disseram Keith e Fer.

Greene’s POV

Pooxa, os meninos eram mesmo lindinhos *-*. Deviam ter ficado mais tempo. Aquele Keith com seus cabelos pretos e olhos azuis.. aiaiaiai.. me lembrou o Max, sabe .. Mas fazer o que, não? Tudo me lembra o Max, é, eu devia parar com isso, porque ele nem mesmo sabe que eu existo e tal..
Então, depois de passarmos nossos perfis pra eles, não tínhamos nada mais a fazer além de tomarmos um bom banho naquele nosso flat. Só eu e a Catti pra nos hospedarmos no 666. [KKKK’]

Greene’s POV OFF

        As meninas chegaram meio desapontadas no flat delas, pois os únicos meninos bonitos dali, além do Lucca, já tinham ido embora. E se aquele lugar não fosse Los Angeles com certeza, elas não teriam mais nada pra fazer além de ficar enfurnadas no hotel:
        - Catti, vou tomar um banho OK? – disse a Greene, largando na lavanderia, a toalha em que estava enrolada.
        - Acho que daqui a pouco também vou.. AH, mas antes vou lá resolver o negócio do Wireless e pedir nosso jantar pra cá, tá? Quer que eu peça algo pra você?  – disse a Catti, procurando um vestido pra colocar sobre o biquíni.
        - Tá, qualquer coisa. – gritou a Greene do quarto dela.
Catti foi ao saguão do hotel, demorou uns minutinhos com o Wireless, porque tinha que escolher senha e talz, além de ficar um tempinho batendo papo com o Lucca, fazer seu pedido e subir para o flat.
        - Greene, tá com Wireless já, tá? Se quiser usar, pega a senha que está nas minhas SMS do celular. Vou tomar banho... Ah e já pedi o jantar.
        - OK - disse Greene, voltando a ligar o chuveiro.
        
Capítulo 6 - Hell-A

- Puta...tô atrasado, hein? – disse Max consigo mesmo.
Max Green procurava indícios de Ronnie no twitter, vendo se o amigo já havia chegado no Hell-A, tentando um meio de avisá-lo que demoraria um tempo até conseguir chegar no stage do Russian Roulette, visto que  tinha estacionado o carro perto do Heavens.
- Ronnie já ia me matar, imagina agora. – disse Max ainda pensando alto.


Ronnie’s POV

Eu estava pronto para sair daquela merda de corrida, quando me vem uma DM do Maxwell: “Ronnie, não vá embora antes de falar comigo. Estacionei perto do Heavens e estou correndo aí pro Russian.” Resolvi esperar né? Ouvir o que o Maxwell tem a dizer talvez não seja tanta perda de tempo como estou imaginando, e se for também, basta eu sair e deixá-lo falando sozinho. Talvez eu nem tenha coragem de fazer isso, HEHE’, mas estou aqui não?

Ronnie’s POV OFF’

Ronnie estava no Russian Roulette conversando com seu amigo do Falling In Reverse, Jacky Vincent:
- Pois então cara, quando eu cheguei perto dele pra perguntar o que tinha acontecido, ele cuspiu na minha cara! – disse Jacky com cara de nojo.
- Blergh! – disse Ronnie imaginando a situação.
- ROOOOOOOONNNNNNNNNIE RADKEEEEEEE aqui no Hell-A? – disse uma menina histérica, apontando pro stage e se aproximando rapidamente de Ronnie.
- Ferrou Jacky, me encontraram. Tenho que vazar. – disse Ronnie procurando como sair dali.
- OK, man. Corre aê, eu dou um jeito de segurar essa louca, ou melhor, loucas, tem muitas delas aqui. Eita’ – disse Jacky coçando a cabeça e dando um olhar de preocupação para o amigo. – Vai logo.
- Seeya Jacky – disse Ronnie pulando as escadas que viu pela frente e despedindo-se de Jacky com uma continência.
        Ronnie começou a correr como um louco pelo meio da multidão, desviando-se de centenas de pessoas que assistiam ao começo do Hell-A e na sua correria lembrou:
        - E aquele motherfucker do....
        - MAAAAAAAAAAAAAAAAAXXX GREEEEEEEEEEEEEEEEEEEN – berrou um menino um pouco a frente de onde Ronnie estacou.
        - Onde? – gritou Ronnie com o menino, esquecendo-se de sua correria.
        - Ronnie, você também? – disse o menino empalidecendo.
        - Diz logo onde está o Maxwell... – gritou Ronnie chegando perto do garoto.
        - Aqui, Ronnie – respondeu Max.
       
        Max’s POV

        Eu ouvi o guri gritar meu nome e quando ia virar um tapa pra ele calar a boca, dei de cara com Ronnie perguntando onde o guri tinha me visto. Sim, era o Ronnie. Eu fiquei muito tempo sem ouvir aquela voz, mas sabia que era ele. Minha reação foi lenta, mas suficiente para puxá-lo pelo braço e começar a correr, pois do lado em que ele vinha correndo eu via uma multidão logo atrás.

        Max’s POV OFF

        Ronnie’s POV
       
        Maxwell Green me puxou e nós dois corremos juntos procurando uma saída daquele inferno de gente nos seguindo, e o pior do lado que ele tinha vindo muita gente ouviu o moleque lá gritar o nome dele e já estavam procurando e nós tivemos que correr mais rápido ainda, se é que era possível.
Eu corria tanto que não sabia se me mexia ou respirava, minha sorte é que sou muito alto (u.U) e posso correr mais rápido que qualquer um, por isso quem puxava era eu e não o Maxwell, aquele baixinho [KKK’].
No meio daquela bagunça consegui perguntar onde o Maxwell tinha estacionado o carro dele e ele me respondeu: “Sem chance, Ronnie! Esse povo.... conhece meu..... carro, é melhor... a gente se.... esconder... em... algum lugar e aí... ah.... a gente vê o que faz”. E foi o que a gente tentou por uns 10 minutos com toda aquela gente atrás de nós. Corremos em ziguezague tentando despistar todo mundo, mas isso não adiantou.
Uma luz surgiu na minha cabeça: “Vamos nos esconder no Heavens? Acho que fica ali no próximo quarteirão”, Maxwell disse... HA, disse nada, tava tão cansado aquele motherfucker, que nem respondia. Viramos a esquina o mais rápido que minhas pernas puderam correr arrastando o Green, e paramos ‘morrendo’ na parede branca e azul de trás do Heavens.

Ronnie’s POV OFF

 Os dois respiravam difícil e olhavam pra todos os lados procurando por alguém que ainda estivesse correndo atrás deles. Estavam tão alertas que quando um cara, uniformizado de garçom do Heavens, chegou perto deles, quase morreram de susto:
- Ah, desculpa aí! É que essa respiração de vocês dá pra ouvir ali da porta de serviço, e eu vim aqui achando que era alguém precisando de ajuda. – disse o homem voltando para onde tinha saído.
- Ei, espera aí! – gritou Max.
- Max, cala a boca! – disse Ronnie, puxando em vão o amigo.
- Que foi? Desculpa, cara. – disse o homem erguendo os braços, em rendição.
- Se eu e meu amigo precisássemos dessas suas roupas e mais a de algum amigo seu você emprestaria? – disse Max.
- Qual é são fugitivos da polícia? Faço isso não, ei. – disse o homem, ficando ligeiramente bravo.
- Não da polícia, mas de fãs histéricas. – sorriu Ronnie, amarelo.
- Caramba... Ronnie Radke e Max Green? WOW’ – disse o homem coçando os olhos.
- É, parece que é. – disse um outro saindo pela porta que o outro tinha entrado.
- Então, você e seu amigo aí poderiam nos emprestar o uniforme de vocês? – disse Max olhando de um homem para outro.
- Claro. – topou o primeiro homem.
- Se é Max e Ronnie quem pede, opa. – disse o outro rindo.
- E eu pago 600 dólares pra cada um, OK? Só pra garantir que não vão contar a ninguém que nos viram. – disse Ronnie sério.
- Então, fechado... Entrem ali naquela porta e a primeira direita é o vestiário. Vou ver se não tem ninguém observando aqui. – disse um dos homens, cauteloso.
- Por aqui, é. – disse o outro homem entrando com os dois no vestiário.
Max e Ronnie vestiram as roupas dos dois homens (os smokings comuns do Heavens), e os dois outros vestiram suas roupas normais, pegaram o dinheiro e disseram:
- Apenas obedeçam ao que lhes pedirem pra fazer. – disse o homem que os tinha visto primeiro.
- Certo, mas e o emprego de vocês? – disse Ronnie, preocupado.
- Era só um bico. – respondeu o segundo homem.
- OK, muito obrigado, hein? Devemos essa a vocês. – disse Max dando um ‘joia’ para os dois outros.
- Que nada! Ver vocês dois valeu qualquer coisa. Além do dinheiro [HAHAHA]. Contamos nada não, tá? – disse o segundo homem.
- OK. – responderam Max e Ronnie.

Os dois ficaram por ali sentados, ainda se recuperando, até que um homem de barba branca por fazer colocou a cabeça pra dentro do vestiário:
- Bom, senhores, apareçam daqui a – consultou o relógio – daqui a 12 minutos lá na recepção do restaurante, vocês tem que entregar o último jantar da noite, depois podem ir embora que já mandamos o dinheiro para suas contas bancárias, OK?
- Sim – responderam ambos tentando esconder os rostos.
- E ah, arrumem um pouco esses cabelos, tá? Senão ficam parecendo aqueles caras do é...AH... Escape The Fate, tá? – disse o homem ajeitando seus óculos.
- Tá - responderam ambos segurando a risada.



Capítulo 7 - Max e Ronnie Garçons? WTF?!


Max’s POV



        Ufa, aquele homem não reconheceu a gente... Mas conhece o ETF *dança*. Então, como estávamos nos fingindo de garçons, fomos lá pegar o pedido, entregar pra quem quer que fosse e depois sair dali o mais rápido possível.

        Max's POV OFF

        - Vamos ver... quarto 666, interessante! Está afim de entregar a comida? - Max disse sorrindo.
        - Pode ser, afinal não vamos matar ninguém não é? Os caras pediram para gente fazer isso, e outra, acho que não conseguiremos sair daqui hoje sem entregar esse pedido – disse Ronnie, olhando para a bandeja ao lado.
        - É verdade. - disse Max encolhendo os ombros. – Let’s go!
Ronnie e Max subiram pelo elevador de serviço, preciso confessar que aquela cena foi das mais hilárias em que já sonhei ver esses dois: de terno, camisa e gravata, e cada um com uma bandeja prateada nas mãos. Tudo seria normal para garçons, se eles não estivessem com maquiagem, piercings e aqueles cabelos que só eles tem:
- Hey, hóspedes do 666! – gritou Ronnie Radke, batendo de leve com os nós dos dedos.
- Catti, abre aí – gritou a Greene.
        - AH não. Abre você, Greene. Eu estou tomando banho. – disse  Catti.
        - Eu também estou, né - disse Greene.
        - Ok então, QUEM É?! - Catti gritou pras pessoas na porta.
        - JANTAR DE VOCÊS. - Max gritou se encostando na porta e encarando o Ronnie, ambos com um sorriso no rosto.
        - SE VOCÊ TIVER UMA DAQUELAS CHAVES MESTRAS PODE ENTRAR E DEIXAR A COMIDA AÍ, POR FAVOR? - Greene gritou e voltou a ligar o chuveiro, assim como a Catti.
Ronnie remexeu seu bolso e achou um molho de chaves e procurando um pouco achou uma marcada com um 666. Os dois entram, tomando cuidado para não derrubar as bandejas, ajeitam tudo na mesa da copa e vão para a sacada do flat.
        - Ué, já foram? Então, o que foi que você pediu, hein Greene? - perguntou Catti enrolada no roupão preto e penteando os cabelos, saindo do banheiro.
        - Catti, você não lembra que foi você quem pediu as coisas pra gente? Gente velha é assim, HEHEHE’ – disse Greene, caçoando da amiga.
        - AFF’z, eu só tenho dois anos a mais do que v... – Catti parou de frente para a janela da sacada e começou a piscar várias vezes.
        - Que foi criatura? Viu um lobisomem? LOL’ – disse a Greene rindo e ajeitando seu cabelo enquanto caminhava até a Catti.
        - Qu-qu-quase isso, é. – disse a Catti, mal conseguindo responder.
        - Aquilo ali são dois meninos, ou homens, se abraçando na nossa sacada? – disse a Greene, estacando ao lado da Catti.
        - Si-sim. E eles por acaso nã-não se parecem com Ma-Max Green e Ro-Ro-Ronnie Radke? – disse a Catti, gaguejando.
        - Eu pensei nisso agora mesmo, sabe? – disse Greene, apertando os olhos pra tentar enxergar algo (já era noite). – Hey, vocês aí na sacada! – grita.
        *CENA EM VELOCIDADE LENTA* Os garotos ouvem os gritos meio abafados da Greene e rapidamente se viram, os quatro arregalam os olhos, as meninas estacam, os dois de lá e as duas de cá ficam sem ação além de empalidecerem:
- Catti, você está vendo o que eu estou vendo? –disse a Greene se beliscando.
        - Tô sim, Greene. Eu estou sim, quer dizer, isso se você está vendo Ronald Joseph Radke e Maxwell Scott Green no nosso quarto de hotel, na nossa sacada, de-de frente pra nós. - disse a Catti deixando cair a escova que estava em suas mãos.
        - OK, eu realmente preciso parar de me drogar - disse Greene balançando a cabeça.
        - Você se droga Greene?! – disse a Catti virando lentamente até conseguir olhar nos olhos de Greene.
        - Claro que não, foi uma expressão... eu acho – disse Greene, voltando a observar os dois seres metros a frente delas.
        Na sacada, atrás do vidro da porta:
        - Ferrou! – disse Max, pálido.
        - O jeito é a gente sair daqui *suspira*, nem que tenhamos de pedir de joelhos pra elas não dedurarem a gente. – disse Ronnie sem tirar os olhos das duas garotas.
        - OK – disse Max empurrando a porta de vidro, tremendo.
        - O-oi – disse Ronnie encabulado, saindo primeiro da sacada.
        - [AAAAAAAAAAAAAAAA] ELE FALA. - Greene gritou, olhando de um para outro de seus ídolos.
        - Claro! E-ele é um s-ser humano. - Catti disse dando risada, tentando controlar sua emoção momentaneamente gaga.

Capítulo 8 - Pedindo de Joelhos, Quem Não Aceita?

*CENA VOLTA A VELOCIDADE NORMAL*

        Max e Ronnie se entreolharam e ao mesmo se ajoelharam no chão a pouco centímetros das meninas, começaram a se explicar um por cima da fala do outro:

        - Então, por favor não... – dizia Max.
        - Não façam nada com a gente , eu jur... – dizia Ronnie.
        - A gente nem vinha pra cá, é que umas doid...- dizia Max.
        - Não contem, por favor? – disse Ronnie, juntando as mãos, implorando.
        - Ca-calma a-a-aí – disse a Catti, atrapalhada.
        - Sim – disseram em uníssono, Ronnie e Max, e depois se calaram, deixando apenas os olhos arregalados.
        - A gente não vai contar, mas não é pra contar o quê? – disse Greene, com sincera curiosidade.
        - Um de cada vez, OK? – disse Catti, recuperada ou pelo menos, apenas chocada.
        - Umas meninas estavam correndo atrás de mim e do Ronnie. Fizeram a maior correria atrás da gente e o único lugar que encontramos pra nos esconder foi aqui no Heavens e, enfim nos vestimos de garçons – Max apontou para sua própria roupa – e nos fizeram entregar esse pedido de vocês e e.. AH é isso não Ronnie? Ronnie?
         -AH, é... é sim – disse Ronnie olhando de uma garota para outra “Elas são lindas!”, pensou. – Erm... então por favor não contem para ninguém que estamos aqui? Aliás, podemos ficar aqui? – disse Ronnie com sua melhor cara de pidão.
        - AH, isso é covardia hein? Vocês dois de joelhos e Ronnie fazendo essa caras? Pre-preciso, quer dizer, preciso pensar! – disse a Catti, escondendo seu nervosismo e felicidade e euforia e vontade de pular nos dois.
        - Pensar no quê, posso saber?! É MAX GREEN E RONNIE RADKE QUEM ESTÁ PEDINDO NOSSO HUMILDE FLAT 666 E NÃO O MANUEL DA PADARIA – disse Greene com uma cara estranha.
        - Se vamos deixá-los ficar aqui – disse Catti, perdendo-se ao olhar para seus Greenadke (o nome que as meninas davam à amizade deles) e voltando rapidamente o olhar para a Greenezinha ao seu lado. – Vem comigo! – disse para Greene. – E vocês dois podem se sentar aí nesses sofás. – disse ela apontando os móveis para os dois, seus dedos tremiam.
        As duas foram lentamente até o quarto e da sala, Ronnie e Max puderam ouvir:
        - [AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA] Ronnie e Max no nosso flat em LA? – gritava Greene.
         - É, é o máximo, mas, por favor, fale baixo hun? – disse a Catti, com voz séria.
        - C’mon Catti, você não vai deixá-los ficar aqui? – disse Greene, aflita.
        - Claro, que sim né? Lá sou louca?! – disse Catti, cochichando.
        - Weee, então o que você está esperando pra falar com eles? – disse Greene se encaminhando para a porta do quarto da Catti.
        - Pensa Greene, eles são eles, nossos divos, maaas dá pra gente tirar mais do que as vantagens óbvias sobre isso não hun? – disse Catti, com um sorriso sarcástico estampado na cara.
        - Han? – disse Greene com cara de interrogação.
        - Vamos lá! – Catti puxou-a até a porta e ambas saíram rapidamente e os meninos, assustados, se levantaram e começaram a esfregar suas calças skinny.
        - Bom, vocês ficam. – disse Catti, conseguindo esconder sua ansiedade maravilhosamente bem.
        - Nossa muito obrigado, meninas. – disse Ronnie beijando as mãos da Catti e depois as da Greene, assim como o fez Max. (os olhos de ambas brilharam)
        - Mas com uma condição! – disse Catti, ainda com seu sorriso sarcástico.
        - OMG qual? – disse Max.
        - Queremos assistir a gravação de “Gorgeous Nightmare” do ETF e de “The Drug In Me Is You” do FIR. – disse Catti, desafiadora.
        - HAHA’. Boa – disse a Greene, orgulhosa da Catti.
        - Vocês prometem não dedurar a gente? – disse Ronnie, devolvendo à Catti o mesmo olhar desafiador, quase desbancando a atuação que ela fazia para esconder sua animação.
        - Sim – disse Catti, ainda segurando o olhar sério de Ronnie.
        - Posso ficar aqui? – Ronnie perguntou e Catti balançou a cabeça positivamente - Maxwell também? – disse Ronnie apontando para Max com o polegar.
- Se ele quiser! – disse Catti.
        - Você quer ficar por aqui, Max? – disse a Greene, como que implorando ao Max com os olhos.
        - Claro! – disse Max piscando pra Greene (sim, ela quase morreu).
        - Bem-vindos, então – Catti ainda se conservava séria, sem desviar seus olhos dos olhos de Ronnie.
        Então, esse é o momento que as meninas tinham a vontade de pular nos dois, apertar bochechas, abraçar até quebrar, beijar até fazer calo nos lábios etc etc etc. Porém, o clima ficou estranho porque nenhuma teve coragem de fazê-lo até que Ronnie desviou seu olhar do de Catti e correu abraçá-la, deixando-a suspresa:
        - Ronnie, HAHAHA’, que é isso, me coloca no chão, seu doido. – disse Catti rindo.
        - Thanks, por nos deixar ficar aqui com vocês. - disse Ronnie segurando-a no colo.
        Max e Greene [LOL’] se entreolhavam envergonhados.
        - Ronnie, põe a guria no chão! Maan, só tem tamanho esse cara! – Max pondo as mãos na testa, ao passo que Greene riu dele, mas no momento em que ele a encarou ela ficou vermelha. – Menina, obrigado por nos deixar ficar aqui. Muito obrigado mesmo!
         - Ah, que é isso, você é Max Green, meu ídolo desde sempre: baixista, screamer, lindo, quer dizer, amigo! – disse Greene, se atrapalhando.
        - Ah obrigado novamente. – disse Max, dando seu sorriso bobo. (Sim, Greene morreu de novo).
- Não sei se vocês perceberam, mas eu e a Catti estamos erm... como posso dizer? Estáticas, em ver vocês assim, aqui e agora. Então, qualquer ação comprometedora não somos nós mesmas OK? São loucas que invadiram nossa mente tudo bem? – disse a Greene, olhando do Max para o Ronnie.
        - Desde que vocês não tentem nos deixar pelados, tudo bem. - disse o Ronnie dando risada.
        - Praticamente ao contrário de vocês, não? – disse o Max alisando o queixo e olhando para as meninas.
- Greene, olha a nossa [AAAAAAAAAAAA] ‘roupa’... – Catti gritou para Greene, e assim que olhou para si e saiu correndo pro quarto, esvoaçando o roupão.
        - PQP... Não acredito! – Greene saiu correndo para seu quarto.
        As meninas, lembrem-se aí, tinham acabado de tomar banho, certo? Bom, e as roupas estavam assim: Catti com suas roupas de baixo e o roupão por cima, já a Greene tinha vestido seu ‘pijama’: camiseta do AC/DC e um shorts hiper mega ultra curto. Se é que me entendem?! Os dois ficaram rindo na sala:
        - Por mim, deviam ter ficado assim mesmo, é. – disse Max.
        - Você não se emenda não, seu tarado?! – disse Ronnie dando um tapa de leve na cara de Max.
        - Hey, parou aí né? – Max se fingiu super bravo.
        - Ui, ficou bravinho! – disse Ronnie dando seus sorrisos únicos.
As duas meninas voltaram e uma do lado da outra, milimetricamente posicionadas, elas estacaram:
        - Ei, vocês duas? Vocês aí? Erm.... – Ronnie estalava os dedos, tentando ver se as garotas se mexiam, se estavam vivas.
        - Como é o nome de vocês? – disse Max, sentando-se no braço do sofá.
        - Caterinne Kirsche. – disse a Catti, dando um leve sorriso.
        - Marcella Collins – disse a Greene.
        - Mas... vocês tem apelidos, certo?- disse o Ronnie. – Eu ouvi, acho que eram apelidos...
        - Ela é Catti – disse a Greene, cortando a Catti – E eu sou Má...
        - Ela é Greene – disse a Catti, radiante.
- Han? Greene? – disse o Max um tanto confuso.
        - Ah, valeu Catti! Já vi que meus amores secretos vão estar sempre BEEEEM guardados com você! – disse uma Greene, irônica.
        - Greenezinha, não ia adiantar muita coisa... Você grita isso loucamente quase todos os dias. – disse a Catti se justificando.
        - Hein? Ninguém me respondeu... – disse Max procurando a resposta no olhar de cada um dos três ali.
        - Você é meio burro não? Greene, mané, vem do SEU nome que por acaso seria Maxwell Scott GREEN?? – disse a Catti fazendo um ‘pedala’ na testa do Max (liberdade u.U).
        - Ah, entendi... Que bonitinho, não? ‘Greene’ porque eu sou seu ídolo, taí gostei! - disse Max, contente para uma Greene vermelha.
        - Caterinne Kirsche, você me paga! – disse a Greene olhando com seus raios-lasers pra outra garota.
        - Quer em dólares ou reais? LOL – disse a Catti, zombeteira.
        - Nossa, Catti! Volta pra tua terra vai?! – disse a Greene, olhando pra Catti com uma sobrancelha erguida.

Capítulo 9 - Dividindo o Jantar



Ronnie’s POV



        Dooode, dessa escapamos por pouco hein? Se a gente saísse daquele Heavens quando os garçons nos assustaram, perderíamos aquelas gurias.
        Se elas estavam nervosas com a nossa presença? E como! Mas pareciam ser ambas muito simpáticas, além de lindas. Eu olhava para elas e tentava saber qual era sua nacionalidade, mas tava difícil, é que alguma coisa nelas me dizia que não eram dos EUA. Eu não sou detalhista, então perguntei:
        - De onde são vocês?
        - Brasil, São Paulo para ser mais exata! – respondeu a menina que antes estava de ‘pijama’, acho que é a Greene.
        - HÁ, sabia! – disse o Max.
        - Como assim sabia? – perguntei impressionado com o Max.
        - Meninas deem uma voltinha aí... – disse Max ajeitando seus cabelos atrás das orelhas.
        Quando as meninas deram suas voltas eu percebi que eram mesmo brasileiras, e faziam jus a seu país. Max me olhava com cara de: ”Eu te disse”. Esse Maxwell Perv Green!

        Ronnie’s POV OFF

        Greene’s POV

        Gente, é isso mesmo? Max Green e Ronnie Radke no nosso flat? HAHA’ eu ainda não acredito. A Catti ficou hilária gaga por alguns minutos, e olha que eu nunca tinha visto ela ficar tão nervosa por alguma coisa. Mas deve ser o Ronnie, porque, cara, ela morre por causa dele. Tipo, eu com o Max. Sim, eu estou besta com eles aqui, tão perto da gente, precisando da gente, olhando pra gente... AIAI’.

        Greene’s POV OFF

Catti resolveu cortar a situação anterior, porque as duas ficaram vermelhas assim que entenderam o motivo da ‘voltinha’:
        - Erm... Vocês querem jantar? – disse a Catti, fingindo ajeitar a mesa já arrumada.
        - Maan, até me esqueci da fome! Então... o que é que vocês têm aí? – disse o Ronnie se espreguiçando.
        - Eu acho que eu pedi um yakissoba e pra Greene.... erm.... acho que pedi macarrão com queijo. É isso? Olhem aí por favor! – disse a Catti, confusa.
        - É isso mesmo, Catti – disse o Max, olhando pra dentro das bandejas. – Podemos comer, já?
        - Claro... – disse a Greene, encabulada. – Peguem os pratos, talheres e podem se servir...
        - HAHA, que fofas, elas vão dividir o jantar com a gente. – disse o Ronnie, irônico. – Vamos Max, a gente pede alguma coisa por telefone etc.
        - É pode ser também – disse Max com cara de mimimi’.
        - Não, imagina. Podem comer aí sim... – disse a Catti. – E outra o restaurante já parou de servir os jantares, nem dá pra pedir mais nada.
        - Não têm problemas mesmo, meninas? – disse Ronnie sério.
        - Mesmo, mesmo – disse a Greene, criando coragem pra olhar Max nos olhos.
        - OK. – disse Ronnie, pegando um prato e passando outro para o Max.
        Os ‘garotos’ se serviram e sentaram cada um num canto, comeram tranquilamente sua refeição conversando vez ou outra:
        - Isso é verdade hein? – disse Max, rindo de si mesmo.
        - Aquela vez em que estávamos no Warped Tour em 2006 e que você bebeu tanto que não sabia a diferença entre mim e a Jenett Holmes? Lembra? – disse Ronnie limpando a boca com um guardanapo.
        - HAHA, eu quase beijei você achando que era ela, é a única coisa que eu lembro. – disse Max, rindo.
        - E vocês meninas, não tem nada pra contar da viagem de vocês ou outra coisa legal? – disse Ronnie olhando para cada uma das garotas.
        - Ah, não muito. Só que a Catti me contou dessa viagem anteontem e ontem foi quando viajamos pra cá... – disse a Greene, sorrindo para a Catti.
        - Se eu contasse antes ela iria me atormentar até a hora em que saíssemos do avião aqui em LA. – disse Catti, explicando suas razões.
        - Que maldade em Srta. Kirsche. – disse Ronnie fazendo cara de reprovação.
        - Ih, já sabe até o sobrenome da Catti, é? – disse Max, brincalhão.
        - É, Max, é. – disse Ronnie, olhando Max com certo desprezo.
        - Cara, parece que o sono está tomando conta de mim [KKK] – disse Max, bocejando. – Que horas são?
        - Quase meia-noite. – disse a Greene, se esticando para ver as horas no relógio da cozinha.
        - Vou pegar as roupas de cama. – disse a Catti saindo rapidamente da sala.
        - Vou com você. – disse a Greene, agarrando-se no braço da Catti o mais rápido possível.
        - Não Greene, a senhora vai ficar aí no seu lugarzinho, OK? – disse a Catti mirando nos olhos de Greene, séria.
        - Catti, eu não posso ficar sozinha com eles, nem tenho assunto pra puxar! – cochichou Greene para a amiga.
        - Pergunte ao Ronnie ou ao Max sobre o último CD deles, ou onde serão as gravações dos dois clipes, ou como anda a vida dos dois dentro e fora do estúdio. Ah, Greene essas perguntas de fãs, ora. – disse a Catti, se desvencilhando de Greene.
        - OK então. – disse a Greene sentando-se na beira do sofá – Erm... Como vocês estão conseguindo conciliar estúdio e shows, hein?
        - A gente vai levando, descansa em ônibus, come em qualquer restaurante, etc. – disse o Ronnie com Max concordando ao seu lado.
        Catti voltou com vários lençóis, travesseiros, edredons nos braços:
        - Com licença meninos. Será que eu poderia arrumar as camas aqui nestes dois sofás? – disse a Catti, toda cordial.
        - Ah, nem precisavam ter se preocupado! – disse Max, estendendo um lençol sobre um dos sofás. – Pode deixar que a gente ajeita aqui onde vamos dormir.
        - Ei, aqui NÓS vamos dormir! – disse a Greene.
        - É, vocês vão dormir cada um num quarto! Tipo, um no meu e outro no da Greene. – disse a Catti, pegando os travesseiros e jogando um em cada sofá.
        - Claro que não! Vocês dormem em seus quartos e eu e o Max dormimos aqui na sala. – disse o Ronnie. – Não é Max?
        - Isso mesmo, já estou até bem acomodado aqui, ó. – disse o Max se espreguiçando sobre um dos edredons.
        - Não, vocês vão dormir lá e pronto! – disse a Greene, séria.
        - Erm.. vamos fazer assim então.. Vocês duas dormem num quarto e eu e o Ronnie dormimos no outro, OK? – disse o Max tentando conciliar a situação.
        - Se é assim, fazer o que né? – disse a Catti, levantando os ombros.
        - Então, boa noite pra vocês, meninos – disse a Greene.
        - Boa noite pra vocês também – disseram Ronnie e Max.
        - E mais uma vez, obrigado por nos deixarem ficar aqui! – disse Max, agradecido.
        - Imagina! – disse a Catti.
        E as meninas foram para o quarto da Greene, colocaram seus pijamas, encostaram a porta, ajeitaram os travesseiros e quando iam deitar:
        - GREEEEEEENEEEEE, MAXWELL SCOTT GREEN E RONALD JOSEPH RADKE NO NOSSO FLAT? [AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA] COMO ASSIM? MAAAN, NEM ENTENDO COMO NÃO GRITEI ANTES E [AAAAAAAAAAAAA] ELES SÃO MAIS LINDOS PESSOALMENTE. EU RE-AL-MEN-TE NÃO ACREDITO. – disse Catti pulando descontroladamente na cama, assustando a Greene.
        - Caramba Catti, a última vez em que eu vi você desse jeito foi quando a gente foi no show do ETF no Rio de Janeiro... Mas dessa vez está tipo, milhões de vezes pior [KKKK’] – disse a Greene estranhando a amiga.
        - Ah, pára Greene, eu sei que aí dentro do seu coraçãozinho tem alguma coisa dizendo pra você gritar até o ar dos pulmões acabar. Não é verdade? – disse a Catti, parando apenas para respirar.
        - CLARO QUE É NÉ CATTI! CAAAAAARA SÃO ELES: RONNIE E MAX NO NOSSO QUARTO DE HOTEL EM LA... ÓBVIO QUE EU TAMBÉM NÃO ACREDITO... EU NÃO SEI COMO NÃO PULEI NELES AINDA. DE VERDADE EU NÃO SEI E... – Greene gritava o mais alto que podia.
        - Caham, caham Greenezinhaa? – disse a Catti tentando disfarçar a vergonha na voz.
        Essas duas loucas varridas berraram tanto, mais tanto, que acordaram os meninos, e estes vieram correndo ver se tinha algo errado acontecendo (elas tinham feito essa bagunça falando em português ¬¬’). Os dois vieram tão atrapalhados para o quarto que chegaram ao batente da porta no seguinte estado: sem tênis; cabelos despenteados e muito bagunçados; maquiagem borrada; pés descalços ou com uma meia só; com suas camisetas e sem calças, apenas de cuecas boxers:
        - Gente, me desculpem, é! Vocês estão dormindo né? – disse a Greene com a mesma vergonha estampada na cara da Catti.
        - Quer dizer, estávamos não? – disse o Max, coçando os olhos.
        - OK, podem voltar a dormir. Prometo que não gritamos mais, tá? – disse a Catti, tentando não olhar para os outros que ali estavam.

        Greene’s POV

        HAHAHA’, vocês não tem a mínima idéia da vergonha que eu estava. Eu, principalmente, tinha berrado tanto, que não sabia onde escondia minha cara vermelha. E outra, não eram nossos pais, ou amigos, ou ex-namorados que estavam ali vendo (e ouvindo MUITO BEM) aquela cena horrorosa, eram Max e Ronnie. Tudo bem que eles estavam bem esculachados e OH SHIT, eles ficam bonitos até bagunçados daquele jeito. Mas eram eles, nossos ídolos de sempre.
        Uma cena daquelas era a última coisa que eu desejaria que eles vissem. Só pra vocês terem uma ideia eu estava em cima da cama, a Catti estava puxando os cabelos na frente da penteadeira e nossos edredons estavam todos jogados pelo quarto...
        Vergonha, que vergonha!!

        Greene’s POV OFF


        - Bom, a gente está sem sono mesmo... – disse Max.
        - Será que a gente poderia ficar aqui conversando com vocês até o sono chegar? – disse Ronnie ajeitando seus cabelos.
        - Claro, claro, sentem-se aí. – disse Catti mostrando a cama para os dois descabelados.
        - Obrigado... então, o que é que vocês gritaram tanto hein? – disse o Max, curioso.
        - AH, vai dizer que vocês não ouviram? – disse a Greene, levantando uma sobrancelha.
        - Ouvir a gente ouviu, mas estava em... AH não era inglês, pelo menos não parecia. – disse Ronnie.
        - AH, falamos em português? – exclamaram juntas as meninas.
        - Isso, português, foi nesse aí que vocês falaram. – disse Max.
        - OK, desculpem duas vezes então. A gente só estava comentando como é legal ver vocês aqui com a gente etc. – disse a Catti.
        - De verdade a gente não está acreditando que são vocês aqui do nosso lado, na nossa cama, no nosso quarto, no nosso flat. – disse a Greene, se perdendo nos olhos do Green.
         - Então, deem suas mãos pra gente – disse Ronnie segurando a mão da Catti e da Greene e colocando-as em seu peito, fazendo-as sentir sua pulsação. (Catti quase caiu desmaiada. Ronnie a olhava nos olhos, ao ponto em que ela tirou a mão de Ronnie o mais rápido que pôde).
        - OK, eles são de verdade. Erm... e eu ainda não acredito... – disse a Catti, tentando esconder sua alegria de ter Ronnie tão perto.
        - É... e então vocês vieram pra cá por que? – disse Max, tentando quebrar o gelo.
        - Ideias da Catti... Essa doida deve ter guardado dinheiro da nossa mesada durante um bom tempo sabe? – disse a Greene, dando um soco fraco nos ombros da Catti.
        - AH é? O que foi que você andou aprontando Srta. Caterinne? – disse Max apertando os olhos.
        - Pensei que seria legal trazer a Greene pra LA, eu já tinha vindo uma vez, mas ela nunca. Então pedi autorização aos meus pais e aos pais dela... Sim Greene, seus pais sabiam há um bom tempo... E eles permitiram, então tratei de juntar a maior grana que pude e aqui estamos nós! – disse Catti, toda orgulhosa de si.
        - Mas quantos anos vocês têm?- disse Ronnie, interessado.
        - Eu tenho 16 e a Catti tem 18. – disse Greene respondendo prontamente a pergunta.
        - HAHAHA, estão zoando né? – disse Max se ajeitando na cama.
        - É sério, seu Max! Eu tenho mesmo dezoito anos e ela, dezesseis. – disse Catti, indiferente.
        - E vocês tem cara de mais velhas, só comentando. – disse Ronnie, embasbacado.
        - Desse jeito vocês conseguem ingressos fácil, fácil para coisas que exigem maiores de 21 né? – disse Max, meio malicioso.
        - Pode-se dizer que sim. – disse Catti, devolvendo o mesmo olhar ao Max.
        - Ei, mas contem aí de vocês... Porque, sem querer falar muito, vocês dois aí estavam brigados fazem quase 3 anos não? E agora aparecem aí juntos, do nada? - disse Greene, apontando para os dois garotos.
        - A gente combinou de conversar no Hell-A de hoje à noite, só que... AH o resto vocês conhecem né? – disse Ronnie.
        - HÁ, esse Hell-A nos chamando, atiçando, irritando às vezes, é certeza que era por causa deles né Greene? – disse Catti, ligeiramente perplexa.
        - Sabia que alguma coisa nesse Hell-A me mostrava algo muito importante... – disse a Greene, acabando sua frase consigo mesma.
        - Então, é que enquanto estávamos na sacada, antes de vocês descobrirem a gente, eu expliquei toda a situação da época com relação a mim ao Ronnie. Expliquei pra ele que eu era muito jovem e irresponsável, fiquei com medo de tudo acabar sobrando pra mim... Essas coisas, sabe? Tipo, se fosse hoje, que estou mais maduro, nunca deixaria ele segurar aquela barra... – disse Max, procurando apoio nos olhos do amigo.
        - É, pensando bem eu sou apenas um ano mais velho que você e sempre fui o mais responsável, não? – disse Ronnie, presunçoso.
        - E foi tudo isso que disse ao Ronnie. No começo ele não queria me deixar falar, mas depois foi ouvindo tudo o que eu tinha a dizer e compreendeu minhas razões pra ter agido tão estupidamente. – disse Max, balançando negativamente a cabeça.
        - E eu entendi, realmente entendi... E o mais importante, desculpei-o por tudo. – disse Ronnie despenteando o já bagunçado cabelo do Max.
        - Ronnie Radke é o cara né? – disse Max, de forma retórica, sorrindo para o amigo.
        - Sim, é o cara! – disse a Catti, sem conter sua admiração por Ronnie, até que Greene a beliscou de leve.
        - Erm... e como andam as gravações? – disse Greene, trocando de assunto.
        - Noooossa, pelas ideias dos produtores, tanto “The Drug In Me Is You” quanto “Gorgeous Nightmare”, serão demais! – disse Max, feliz.
        - Tomara mesmo porque a gente não está a fim de ver porcaria, tá? – disse a Greene, fingindo metidez.
        - Como se alguma coisa que a gente fizesse fosse alguma porcaria, né? – disse Max, todo contrariado.
        - Digidim, digidim - cantaram juntas as meninas, e caíram uma por cima da outra rindo, deixando os meninos com cara de ‘WTF’.
        - Seja lá o que for, é melhor nem perguntar tá?- advertiu Max à Ronnie que já abrira a boca para questionar.
        - Meninas, vocês me lembram do meu tempo de adolescente/jovem! – disse Ronnie, um tanto nostálgico.
        - HAHAHA’, falou o velho – disse a Greene.
        - Né! – concordou a Catti.
        - Sério, nessa época eu ainda fazia cada coisa idiota. Acho que eu já conhecia vocês do ETF, Max? – disse Ronnie.
        - Acredito que sim... AH claro, lembra-se daquela vez em que pegamos o carro do Robert e passeamos pela cidade, zerando o tanque de gasolina dele? AHAHAHA’, até fiquei com dó dele aquele dia. – disse Max, rindo.
        As meninas se acomodaram: Catti deitou a cabeça no colo da Greene, e as duas se puseram a ouvir caladas as histórias de seus ídolos.
        - HAHA, aquela vez que você perdeu a chave da sua casa e todo mundo ficou até sei lá que horas da madrugada esperando seu pai chegar do serviço? – disse Max.
        - AH, e ele chegou achando que estávamos bêbados, e aquela acho que foi a única vez em que estávamos lúcidos. HAHA meu pai, sempre sendo meu companheiro, recolheu todos nós e colocou cada um num sofá ou cama de casa... – disse Ronnie.
        - E ainda teve paciência conosco no outro dia. – disse Max – Seu pai ainda é daquele mesmo jeito?
        - A idade está chegando, mas ele continua com aquela mesma animação. – disse Ronnie, lembrando-se de seu querido pai.
        E os Greenadke conversaram por mais alguns minutos até que se deram conta de que já era tarde e as meninas tinham adormecido ouvindo as histórias deles:
        - Vamos ajeitá-las aqui, Ronnie? – disse Max, colocando os travesseiros das duas na cabeceira da cama.
        - OK, ajeite os edredons que eu coloco elas depois por cima deles e depois as cobrimos. – disse Ronnie, segurando Greene nos braços.
        Depois de arrumarem as meninas em suas camas, os dois caíram exaustos em sua king size e dormiram feito bebês.

Capítulo 10 - Dedura ou Não Dedura?


Catti’s POV
       
        Acordei meio assustada no outro dia, e fui à cozinha tomar água e ver que horas eram: 09:23hs da manhã.
        Apesar, de não podermos (nem querermos) dedurar os Greenadke para ninguém, eu tinha que fazer apenas uma pessoa tomar conhecimento de que eles estavam ali: o senhor gerente do hotel.
        Vocês devem imaginar a cena de alguma camareira, secretária, garçom, entrando naquele flat e dando de cara com dois homens (ainda que fossem Max e Ronnie) que não fizeram as reservas como nós havíamos feito? No mínimo quando eu e a Greene aparecêssemos eles iriam nos levar à polícia e isso poderia parar até na embaixada brasileira e noooossa, daria um rolo danado. Então resolvi acordar a Greene, para falarmos com o gerente:
        - Greene, acorda? – disse eu chacoalhando-a.
        - Catti? Han? Por quê? Você sabe que horas são, menina? – disse a Greene, abrindo um dos olhos.
        - Greene. – sentei-me na cama – Precisamos contar ao gerente que os meninos estão aqui...
        - Catti, a gente prometeu que eles poderiam ficar aqui e que não contaríamos nada a ninguém!- disse a Greene, preocupada.
        - Mas Greene, se os caras aqui do Heavens descobrem, a gente está ferrada. É, nós temos que ir lá falar com ele.. pelo menos dizer que temos mais duas pessoas no flat conosco e que pagaremos mais duas diárias – disse eu, procurando uma solução.
         - Ok, vamos então, né! – disse a Greene levantando-se da cama de mal humor.
        - Ah, vamos lá Greenezinha! – eu disse tentando animá-la.
        - E outra, isso lá é hora de acordar alguém? – disse ela a mim depois de ter visto as horas na cozinha.

        Catti’s POV OFF

As meninas se levantaram, escovaram os dentes, trocaram de roupa, arrumaram os cabelos e saíram com a cara e a coragem falar com o senhor gerente. Porém, alguém no 666 ouviu a conversa toda...

Max’s POV

HAHA’, aquelas meninas só esperaram a gente dormir pra irem até a recepção contar que estamos aqui no flat delas... Eu falei... Por mais que sejam nossas fãs... Resolvi me vestir de qualquer jeito e acordar o Ronnie para fugirmos dali o mais rápido possível. A gente não podia se visto ali porque ia dar um problema danado.
E quem disse que o Ronnie acordava? HAHAHA’ eu chamei pelo nome dele, gritei, chacoalhei, puxei fios de cabelo, coloquei uma mão gelada no pescoço dele e nada, até que, como minha última alternativa, fiz um screamo na orelha dele:
- CAAAAARA O QUE FOI ISSO? QUE MERDA DE IDEIA É ESSA DE ME ACORDAR COM SCREAMO? – disse Ronnie com os olhos super arregalados.
- Fiz de tudo ‘normal’ pra te acordar e nada... Tive que fazer screamo né? – eu disse, me justificando. – AH, desculpa aí!
- Mas então, já que me acordou e ainda deve ser cedo – olhou pela janela do quarto – deve ter sido por causa de algo MUUUUUITO importante né , Maxwell? – disse Ronnie ainda irritado.
- Dude, as meninas foram lá contar ao dono do hotel que estamos aqui. Ferrou, Ronnie! Troca de roupa aí, o mais rápido possível que a gente tem que vazar daqui agora mesmo! – disse eu, sem nem mesmo parar para respirar.
- Pára de mentira né Maxwell? Maaan, as meninas prometeram que não iam contar nada para ninguém, lembra? – disse Ronnie, vestindo sua calça.
- Então, eu lembro sim.. mas ouvi elas conversando hoje de manhã e acabaram de descer lá na recepção falar com os caras. Vamos Ronnie, a gente tem que sair daqui AGORA! – disse eu, empurrando-o para a porta do quarto.

Max’s POV OFF

         Quando os meninos estavam quase saindo do quarto, estacaram ao ouvir passos e vozes de dentro do flat:
        - Então, senhor Sullivan, eles ainda estão dormindo ali no quarto, mas são eles mesmo: Ronnie Radke e Maxwell Green – disse a Greene, apontando o quarto da Catti.
        - São eles mesmo? Mas o que fazem aqui? – perguntou Sullivan, suspreso.
        - São sim, então... eles estavam fugindo da multidão que estava atrás deles vindos lá do Hell-A. – disse a Catti.
        - OK, e o que vocês querem que eu faça? – disse o senhor Sullivan, prestativo.

        Ronnie’s POV
       
        Nós ouvíamos a conversa com as orelhas na porta. Como assim, elas deduram a gente e ainda vão decidir o que vão fazer conosco? AFFz, nunca deveria ter entrado no flat delas. Agora eu e o Max estamos bem ferrados:
        - OH SHIT! – eu exclamei um tanto alto, fazendo o Max virar pra mim com o indicador na boca me pedindo silêncio.

        Ronnie’s POV OFF

        - Bom senhor Sullivan: eu apenas queria que o senhor permitisse que eles ficassem conosco? – disse Catti, fechando os olhos esperando uma negativa a sua pergunta.
        - É, nós pagamos pelas diárias deles e por tudo que consumirem por aqui... – Greene tentava convencer.
        - Mas claro que eles podem ficar por aqui, meninas... – dizia tranquilamente Sullivan. – Nem sei porque não me falaram sobre isso antes. O Heavens sempre recebe famosos que não querem ser incomodados, e nós sempre agimos com discrição!
        - Sério mesmo, senhor Sullivan? – perguntou a Catti, incrédula.
        - Sim! Nem precisam fazer o check-in dos dois... deixem isso comigo, OK? – disse um sorridente Sullivan.
        - Nossa nem sei como agradecer ao senhor! – disse a Catti.
        - Nós pagaremos por tudo OK? – repetiu a Greene.
        - Não se preocupem com isso agora! AH, eu apenas preciso de dois nomes para representar eles dois... que tal Rudolf Rowland e Mark Gulliver? – disse Sullivan, rindo. – Mantemos as iniciais só para que vocês lembrem depois tá?
        - Ótimo. – disse a Catti. – Muito obrigada mesmo, Senhor Sullivan!
        - Já anotei aqui, ó: Rudolf Rowland e Mark Gulliver. – Greene disse, rindo.
        - Boa estadia, garotas! E cuidem bem de Rowland e Gulliver OK? – disse Sullivan, sarcástico.
        - Pode deixar! – disse Greene, se despedindo com uma continência enquanto Catti levava o senhor até a porta.
        Os meninos no quarto quando compreenderam toda a situação que tinham se precipitado em entender, o mais imperceptível possível deitaram novamente na cama e fingiram dormir:
        - AH, que bom que ele aceitou né Catti? – disse Greene, cochichando enquanto entrava lentamente no quarto dos Greenadke.
        - Pois é, Greene! – disse Catti, com um sorriso malicioso nos lábios.
        - Imagina se a gente ia dedurar por mal esses dois né? – disse a Greene, captando o motivo do sorriso da amiga.
        - Então... erm... Ronnie será que você pode dormir sem os sapatos, por favor? – disse a Catti, cruzando os braços e acendendo a luz.
        - E Max, essa sua calça do avesso aí? – disse Greene, também cruzando os braços.
        - Então né! – disse o Ronnie, sentando-se envergonhado na cama.
        Max ainda fingia dormir, mesmo sentindo o olhar de todos sobre ele:
        - Max, já pode parar se quiser tá? – disse Ronnie, colocando a mão nas costas do amigo.
        - Han? Que está acontecendo aqui? Que horas são? – perguntou Max, fingindo-se de sonolento.
        - Maxwell Green, não precisamos mais dos seus talentos de ator, OK? - disse a Greene, rindo da cara do Max.
        - [AAAAAAA]. OK então... Pensei que vocês iam realmente dedurar a gente e acordei o Ronnie pra sairmos correndo daqui. – disse Max, encabulado.
        - Pois pensou errado, Max. – disse a Catti – a gente tinha que falar pelo menos para o dono do Heavens, porque uma hora ou outra ele ou os seus funcionários iriam subir aqui e veriam vocês... E a gente? Como a gente explicaria?!
        - É verdade, a gente não tinha pensado nisso... – disse Ronnie olhando para o chão.
        - Tudo bem! Agora vamos levantando daí e descer tomar café? – disse a Greene, entusiasmada.
        - Opa, vamos sim! Estou morrendo de fome. – disse Max.
        - Ninguém vai encrencar mesmo com isso né? Assim, com a gente aqui? – disse Ronnie, um tanto preocupado.
        - Não, não. Já está tudo resolvido, senhores. – disse a Catti fazendo sinal de passagem para os dois.
        - Meninas, obrigada de novo! – disse Max, agradecido.
        - Imagina, vocês são nossos ídolos, faríamos qualquer coisa pra ajudar vocês! – disse a Greene com uma piscadela.
        Todos se aprontaram e desceram para o restaurante, que naquela hora, já não tinham tantas pessoas tomando café.
        - Obrigada! – disse Greene, agradecendo ao garçom que trouxe seu achocolatado.
        - Pode trazer para mim dois ovos mexidos com bacon? E você Ronnie, quer? OK, quatro ovos então. – pedia Max ao garçom. – Obrigado!
        - Pra mim pode trazer um suco de laranja e cereais, por favor? – disse a Catti.
        Todos se fartaram do delicioso café do Heavens (Cá entre nós, café da manhã de hotel é uma delícia não?). As meninas trocaram de roupa e foram comprar roupas para os Greenadke, porque desde o dia anterior que tinham apenas duas mudas de roupas. Como eles são ricos, foram na Hot Topic comprar tanto roupas quanto sapatos, acessórios e CDs:
        - Bom, eu acho que você ficaria legal numa blusa de couro hein Ronnie? – disse a Greene, colocando nas mãos dele dois tipos.
        - Será? – disse Ronnie, olhando-se em um dos espelhos. – Vou perguntar pra Catti... Hey Catti, gosta dessa blusa em mim? Tem preta e branca...
        - Acho que está ótimo em você! – disse a Catti, se aproximando de onde estava Greene e Ronnie.
        - OK, vou levar a preta então.
        - Ei, Greene. Vá ajudar lá o Max? Ele disse que está procurando uma calça de um tamanho lá, mas não tá achando... – disse a Catti.
        - Ele tá sem os óculos, não? – disse Ronnie, tentando enxergar o rosto do amigo.
        - OK, vou lá! – disse a Greene, indo rapidamente até a prateleira que Max procurava suas roupas.
       
Ronnie’s POV

        Fomos a Hot Topic comprar roupas e me lembrei de que da última vez que fui naquela loja, não tinha tanta coisa como tem agora... caramba! E as meninas estavam ajudando a gente a escolher as peças, pensei em comprar as roupas que elas quisessem, falei com o Max e ele topou. Compraríamos o que e onde elas quisessem, porque elas foram tão gentis com a gente que seria legal oferecer presentes não? Conversamos com elas, e elas logo negaram, disseram que não era preciso e tal, que ajudaram a gente de coração, mas nós insistimos e elas foram vencidas pelo cansaço e falta de argumentos [KKKKK’].

        Ronnie’s POV OFF

        Catti's POV

        Acho que eu nunca ouvi tantos “eu quero” em toda a minha vida HAHAHA'. Tudo que a Greene via ela queria, não posso dizer também porque estava encantada com aquele lugar enorme cheio de coisas legais. Fiquei até com dó dos garotos, porque eles disseram que comprariam tudo que a gente quisesse e a Greene abusou. No final, eles que tinham que comprar roupas, compraram só o básico.

        Catti's POV OFF

        Já no hotel Catti foi trazendo suas coisas para o quarto da Greene, para deixar o outro quarto para os garotos.
Com tudo já mudado começou aquele negócio de vestir uma coisa, xeretar outra, gritando com uma ou outra peça de roupa e o quarto estava naquela bagunça, os dois quartos estavam uma bagunça, porque os Greenadke tinham jogado suas sacolas em cima da cama e as meninas tentavam organizar, até que o telefone de Ronnie toca:
        - Quem era, dude? - perguntou Max depois que Ronnie desligou o telefone.
        - Era o Jacky, ele estava atrás de mim por causa do meu sumiço repentino. – disse Ronnie.
        - Jacky, Jacky Vincent no telefone?! – Greene e Catti vieram correndo e com os olhinhos brilhando.
        - Era, sim. - disse o Ronnie colocando o celular no bolso.
        - [AAAAAAAAAAA] Deve ser demais ter um famoso no celular, ainda mais um guitarrista daqueles. - diz Greene com a mão no rosto, encarando a Catti.
        - Ainda mais o Jacky. - disse a Catti também sorrindo. – J-a-c-k-y.
       
        Depois de muita arrumação e sacolas no lixo foi a vez do telefone do Max tocar, e depois de atender ao seu IPhone branco:
- Quem é agora? O TJ Bell? – disse Catti, sorrindo de canto, jogando mais uma sacola no monte que estava ao seu lado.
        - Esse cara saiu da banda esqueceu? Eu voltei. - disse Max dando risada. - Era o Craig ligando pra nos passar o endereço e tudo mais de onde vai ser a gravação do Gorgeous.
        - E onde vai ser? - perguntou Greene.
        - Numa “chácara” - disse Max, fazendo aspas com os dedos. - Perto de Hollywood, daqui a dois dias. – Mas querem que nós vamos para lá hoje ou amanhã...
        -Hmmm... - disseram as garotas em uníssono. - *cochichando* E a gente vai ver!
        O resto da tarde os quatro se revezaram entre comida, piscinas, flat, salão de jogos e mais tarde foram arrumar suas malas pra ir até o local de gravação do clipe:
        - Hey Ronnie, porque você está arrumando suas malas também? – perguntou Max, apoiado no batente da porta do quarto deles.
        - Ué, vou pra gravação do clipe! – disse Ronnie.
        - Sério? Vai me ver tocar, é? LOL – disse Max, presunçoso.
        - Só se você quiser substituir o Mika – disse Ronnie, guardando suas roupas novas numa mala que tinha comprado.
        - Han? – disse Max, tentando entender a situação. – Você vai pra gravação do Gorgeous?
        - Não, cara. Vou gravar “The Drug In Me Is You” com o Falling! – disse Ronnie, surpreso.
        - Quando? – disse Max.
        - Daqui a dois dias! – disse Ronnie. – E já estou indo pra lá!
        - OMG, a gente também! – disse Max.
        - Como assim a gente? As meninas vão comigo! – disse Ronnie – Elas disseram que queriam assistir à gravação.
        - Disseram que queriam ver a gravação do Gorgeous também... E agora? – disse Max, preocupado. – Eu não sabia que você tinha marcado pro mesmo dia que o ETF!
        - Mas foi o Ricky Santis, nosso produtor quem falou! – disse Ronnie, fechando o zíper de sua mala.
        - AFFz o Ricky também produz pro ETF! – disse Max, intrigado.
        - Então, deve estar havendo algum problema! Faz o seguinte, você me leva até onde será a gravação do FIR e depois vai pra onde será a do ETF, OK?
        - Vamos lá ver o lugar do clipe do ETF, depois vamos ao do FIR. –disse Max. – Agora me bateu a preocupação de onde será o quê.
        - Fazer o que né! – disse Ronnie, irritado.
        - O carro é meu e você nem sabe dirigir, OK? – disse Max, zombando do amigo.
        - HAHAHAHA’ – disse Ronnie, disfarçando sua raiva momentânea.

        - Catti, já pegou tudo? – disse a Greene, preocupada.
        - Carregadores, escovas de dente, malas, bolsas de mão, minha blusa e... AH você foi lá falar com o senhor Sullivan?- perguntou Catti.
        - Falei sim, ele disse “Tudo OK, meninas” – disse Greene, imitando Sullivan.
        - OK. – disse Catti – Greenadke, podemos sair agora?
        - Você está chamando Green ou Radke? – perguntou Ronnie colocando a cabeça para fora do quarto.
        - Os dois: Green e Radke, que é igual à Greenadke! – disse a Greene.
        - AH, entendi! – disse Max, arrastando sua mala para o corredor da sala.
        - OK, vamos? – disse a Catti, abrindo a porta do flat.
        - Erm.. vamos de carro, ou de taxi? – disse a Greene.
        - De carro, no meu carro! – disse Max, girando as chaves que tirou do bolso.
        - WEEEEEEE! – exclamaram as duas garotas.
        - Vocês são loucas não? – disse Ronnie, carregando sua mala.
        - Só de vez em quando. – disse a Catti entrando no elevador.
        Tudo bem que ninguém ali ficaria dias e dias fora do hotel, mas imaginem quatro malas, mais duas pessoas pequenas (Catti e Max), uma pessoa alta (Greene) e uma pessoa gigante (Ronnie) dentro de um mesmo elevador. Impraticável né? [KKKKKK]
        Pois então, umas seis da tarde, debaixo de um pôr-do-sol minguado, os quatro se ajeitaram no carro do Max e partiram para o local onde ficariam hospedados pra fazer o clipe de Gorgeous Nightmare.


Capítulo 11 - Mansão com Rockstars



Greene’s POV

        Como se não bastasse estar com o Max durante... deixe-me ver.. umas 43 horas... nós estávamos andando no carro dele. [AAAAAAA] meu Maxwell<3. Eu estava morrendo ali do lado dele, bom, na verdade estava no banco de trás, mas estava tão perto do meu ídolo, que aiai!
        Eu sei que a Catti também está muito feliz com isso, ela não deve ter falado muito nos POV dela, porque ela não é de falar tanto essas coisas, mas ela tá MUUUUUUITO contente por ter o Ronnie pertinho dela. Ela realmente morreria por ele... Ownti<3
        Bom, no carro do Max pedimos pra ele ligar o rádio e depois de trocar algumas estações até que escutamos aquela do The Darkness “I Believe In A Thing Called Love” e todos começaram a cantar feito loucos...
Definitivamente, até isso é legal fazer ao lado de Max e Ronnie.

        Greene’s POV OFF
        Max estacionou o carro em frente a uma mansão de fachada toda em mármore preto, bem decorada etc, fazendo as meninas ficarem boquiabertas, e assim elas permaneceram até que todos os cômodos da casa foram mostrados a elas:
        - Eita hein, que luxo esse lugar! – disse Ronnie, olhando em volta da garagem onde haviam estacionados vários outros carros.
        - Nem eu sabia que seria aqui... mas o Craig me disse que seria numa espécie de chácara? WTF – disse Max, mexendo no cabelo.
        - O Craig deve estar de graça com você! – disse a Greene, dando um pedala na testa do Max.
        - IH, isso virou mania já né? – disse Max ajeitando novamente os cabelos.
        - Isso mesmo, meninas! Max merece! – disse Ronnie, gargalhando.
        - Você também! – disse Max, fazendo a mesma coisa na testa do amigo.
        - Eu mereço isso, não? – disse a Catti, rindo.
        - Hey Max! Hey Ronnie! – disse um homem de touca, saindo de dentro da casa e cumprimentando Max e Ronnie.
        - Dude! Quanto tempo... mas então, é aqui mesmo a gravação? – perguntou Max.
        - Cara, aqui é onde nós, a produção, estamos alojados e vocês também!– disse o homem balançando a cabeça.
        - OK, Max você já pode me levar até onde vou gravar com o Falling?- perguntou Ronnie ao amigo.
        - Desculpe me intrometer, mas todo o pessoal do FIR também está por aqui, Ronnie! – disse o cara, apontando com o polegar para dentro da mansão – Estão todos te esperando pra passar o roteiro etc...
        - AH sério? – disse Ronnie, feliz.
        - Sério mesmo, entra aí. Acho que o Mika estava te procurando pra falar alguma coisa que o Ricky te pediu pra refazer ou reprogramar, não sei... – disse o homem, abrindo a porta da mansão.
        - Obrigado, dude! – disse Ronnie, carregando sua mala porta adentro e logo foi possível escutar vários tipos de saudações.
        - E então quem são... AH Max, o Ricky pediu pra avisar você que era pra você dar uma passada lá no estúdio dele e gravar a sua parte no baixo de novo, que ele teve algumas ideias. – disse o homem.
        - Fu... digo, que chato, não? – disse Max, se encaminhando pra seu carro.
        - Hey Maaaaax – gritou Ronnie, saindo correndo da mansão – o Ricky quer falar comigo também. Você vai pro estúdio dele, não? Me leva até lá contigo?
        - Vamos, então. – disse Max, entediado, entrando no carro.
        - Ei, a gente fica aqui? – perguntou a Greene com cara de mimimi’
        - Tudo bem se elas ficarem por aí, dude? – perguntou Ronnie, ajeitando o cinto de segurança.
        - Tudo sim, mas quem são... – perguntou novamente o homem, mas foi novamente interrompido.
        - Cuide bem delas OK? – gritou Ronnie, enquanto Max saia cantando pneu.
        - OK, agora somos eu e vocês! Sejam bem-vindas meninas. – disse o homem, receptivo.
        - Erm, obrigada – responderam as meninas, envergonhadas.
       
Catti’s POV

        Aqui estou eu de novo descrevendo lugares [KKKKK]’ então, nós entramos naquela mansão e ficamos mais bestas do que normalmente somos: ela era enorme, pela primeira vista que tivemos de seu interior, pois tinha uma sala enorme toda decorada com tapetes daqueles fofinhos e com poltronas e sofás confortáveis espalhados por todo o cômodo, além de um lustre de cristal preso ao teto (que era altíssimo).
Dali da sala conseguíamos ver que os outros cômodos como quartos e mais salas, ficavam numa espécie de mezanino, pois nós víamos muitas portas todas voltadas para a sala. Era como se tudo fosse visível da sala (falta de privacidade né? LOL)
Então, na sala um monte de gente veio cumprimentar a gente... eu não cabia dentro de mim por estar tão mal vestida pra ser cumprimentada por pessoas como Jacky, Mika, Craig, Robert, Brian e toda a galera da produção e apoio aos clipes que estava ali naquela sala, que se tornou pequena para tantas pessoas que vieram falar com a gente.
É incrível como eles, mesmo sem saber quem somos nós, nos trataram como se fôssemos velhos conhecidos etc...

Catti        ‘s POV OFF

Lá dentro o povo, como a Catti disse, foi super receptivo com as meninas: perguntaram se queriam quartos separados, se estavam com fome, se queriam mais alguma coisa, se podiam levar suas malas até o quarto que elas escolheram, enfim, as meninas estavam na maior mordomia (u.U). Subiram, ajeitaram suas roupas nos closets, tomaram banho, trocaram de roupas por umas 348724985 vezes até que se achassem apresentáveis e foram até a sala de estar novamente.

Greene’s POV

Eu estava me achando ali com todo aquele povo famoso, todos eles vieram falar com a gente, alguém até perguntou quem éramos mais de tanta gente que falou ao mesmo tempo nem pude saber quem era ou responder. Fomos convidadas para ‘jantar’ com eles e mesmo já termos nos entupido das comidas do hotel durante o dia todo, aceitamos e comemos um pouco das gostosuras que tinham ali: sanduíche de almôndegas, sanduíche de frios, gelatina de todos os sabores, bombas de chocolate, diversos sucos, e tudo muito bem arrumado numa mesa enorme. E ah, incrivelmente não tinha nada alcoólico naquela mesa O_O.
Enfim, nós duas estávamos sendo muito bem tratadas, além de sentir toda hora dois olhares especiais de duas pessoas, o tempo todo focados em mim e na Catti: Craig Mabbitt e Jacky Vincent. Sim, as duas pessoas mais lindas pra mim depois do Max e do Ronnie. Imaginem como eu e a Catti ficamos depois de perceber que eles não paravam de olhar pra gente.

Greene’s POV OFF

Catti’s POV

Fazendo um POV aqui só pra dizer: [AAAAAAAAAAAAA] Craig e [AAAAAAAAAAAAA] Jacky *------------------*

Catti’s POV OFF

Capítulo 12 - Boa Comida, Bom Video-Game, Bom Filme...


Bom, depois do lanche-jantar as meninas toparam jogar uma partida no Kinect do XBOX 360 que algum deles tinha levado para a mansão, e ali gastaram horas e horas até que se sentaram numa das poltronas do salão de jogos, exaustas:

- Hey Greene... cansada? – perguntou Catti, respirando fundo.
- Noooossa e como! Eu nem tenho esse jogo, e nem sabia que cansava tanto – disse a Greene tomando um gole do suco que tinha a sua frente.
- Cara, eu quero apenas um banho e cair nas minhas cobertas, quem sabe ler alguma coisa... – disse a Catti, pensativa.
- VOCÊ TROUXE LIVROS PRA LOS ANGELES? – perguntou Greene, surpresa.
- E se eu disser que trouxe. Você trouxe seus mangás! – disse a Catti, cutucando Greene.
- HEHEHE’, verdade! – disse a Greene, encabulada.
- Quando será que eles voltam? – disse a Catti, se referindo a Max e Ronnie.
- Acho que amanhã mesmo – disse a Greene, com cara de saudade.
As meninas já estavam subindo as escadas quando escutaram alguém chamá-las:
- Hey garotas?!  Vocês duas aí? – perguntou o “alguém” que na verdade era Craig.
- O-oi, Craig. – responderam as meninas.
- O que vão fazer agora? – disse Jacky, inclinando o pescoço na direção das meninas.
- Vou tomar banho e quem sabe ler alguma coisa, e acho que a Greene...  bom a Greene, não sei – disse a Catti, segurando no corrimão.
- Eu, bom eu sei lá o que vou fazer... dormir? – disse a Greene, indecisa.
- Não querem assistir um filme aqui com a gente? – perguntou Craig, escondendo suas emoções num sorriso estranho.
- Erm.. quem sabe?- disse a Catti, olhando do Craig para o Jacky.
- AH venham assistir... Façam assim: vocês fazem o que tiverem que fazer e daqui a pouco voltam pra assistir com a gente, OK? – disse Jacky, com cara de pidão.
- Novamente essas caras! Assim não há como dizer não, né? – disse a Greene.
- OK, a gente desce... – disse a Catti – Aliás, qual filme?
- Hangover 2 – respondeu Jacky.
- Topam mesmo? – perguntou Craig, pegando um muffin da mesa de centro da sala.
- Aham! – responderam as meninas em uníssono.
- Estamos esperando então... – disseram eles.
E aqueles dois acompanharam as meninas com o olhar até o momento em que elas entraram no quarto:
- Greene, que é que eles estão pretendendo? – disse a Catti, desconfiada.
- Boa pergunta hein? – disse a Greene, pegando uma toalha no armário do banheiro da suíte delas.
- Eu sei que foi ‘sinixtro’ – disse a Catti, com sotaque carioca.
- HAHAHA’, verdade. – riu a Greene – Sinistro mesmo.
- Vai tomar banho primeiro? – disse a Catti.
- Sim. – gritou a Greene do banheiro.
- Então, vê se vai rápido aí OK? – gritou novamente a Catti.
- Tá, mãe! – disse a Greene colocando a cabeça para fora do banheiro.
- Mãe, seu nariz!! – disse a Catti, jogando a toalha que estava na mão na cara da Greene.
Depois de tomarem seus banhos, as meninas vestiram seus pijamas (dessa vez, decentes: calças xadrez e camisetas de banda), pentearam os cabelos (quer dizer, ajeitaram só pra não assustar as pessoas) e desceram para a sala:
- Ah, vocês vieram mesmo... Que bom! – disse o Jacky – Hey, alguma de vocês poderia me ajudar a “furtar” algumas coisas ali da cozinha pra gente comer? – perguntou ele, fazendo aspas com os dedos.
- Vai lá, Catti. – disse a Greene.
- OK, vou lá contigo... – disse a Catti, estranhando.
- Ainda estou com fome, sabe? – desabafou Jacky com a Catti, pelo corredor em direção à cozinha.
- E você menina do Green, senta aí – Craig apontou para um espaço ao lado dele, numa espécie de sofá-cama enorme, coberto de travesseiros e edredons coloridos.
- DE-US, isso é um sofá, uma cama ou um monstro? – perguntou Greene, com os olhos arregalados.
- Grande né? Também assustei quando eu vi. – disse Craig, rindo.
- OK então... – disse a Greene sentando-se ao lado de Craig.
- Hey, pegamos chocolate, alcaçuz, cupcakes e mais muffins pra você Mabbitt. – disse Jacky, vindo com duas bandejas na mão, com a Catti, logo atrás trazendo dois pacotes pequenos.
- Eba! – exclamou Craig.
- OK, podem pegar aí. Sente-se, Catti. – disse Jacky, receptivo. – Vou colocar o filme, aqui.
Catti se sentou ao lado da Greene, e Jacky sentou-se ao lado dela. Cada um pegou um edredom e um travesseiro; se apoiou no enorme sofá-cama; e pegou alguma guloseima enquanto assistia.
Passou-se quase uma hora e eles comentavam, riam, faziam piadas juntos sobre quase tudo no filme. Greene ria ao lembrar algo que aconteceu com elas em São Paulo e contava em português à Catti, os meninos boiavam na conversa, mas riam por educação.
Vale comentar que o Craig lançava olhares e piscadelas pra Greene toda hora e o mesmo acontecia entre o Jacky e a Catti, e isso já estava deixando as meninas com a pulga atrás da orelha [KKKKKKKKKKKKK]’

Greene’s POV

WTF, Craig Mabbitt e Jacky Vincent estão pretendendo com esses olhares e piscadelas... na boa, tão “dando em cima da gente?” Não entendi, é.
Greene’s POV OFF

 As meninas fingiam que não estavam vendo as investidas dos outros dois, mas estava ficando cada vez mais difícil. Craig, que estava distraído com o filme, foi pegar cupcakes na bandeja ao lado da Catti e acabou derrubando nela, sujando tudo de chantilly:
- Catti, desculpe! – disse Craig, vermelho. – Não foi minha intenção, juro!
- OK, vou subir limpar isso e trocar de roupa, não faz mal! – disse a Catti, sorrindo de leve.
- Te ajudo, então! Jacky pausa o filme aí vai? – disse o Craig subindo as escadas atrás da Catti.
- OK – disse Jacky, pulando de seu lugar e pausando o filme pelo DVD. – Então, erm... Greene, me ajuda com os copos de suco ali da cozinha? Tinha me esquecido de pegar com a Catti.
- Ah, claro! – disse a Greene, prestativa.
No quarto Craig pegou papel higiênico e deu na mão da Catti, para ela se limpar e quando ela terminou, correu lavar o rosto no banheiro. Ensaboou, enxaguou e quando se virou, levantando a cabeça após se enxugar, ali estava Craig bem perto dela, na verdade, quase colado nela. Craig foi rápido e a segurou na cintura, puxando-a mais perto de si possível:
- Craig, o... que.... acontece? – disse ela, surpresa.
Ele respondeu com um beijo calmo, e ao mesmo tempo intenso. Ela tentou afastá-lo colocando suas mãos ainda molhadas no tórax dele, mas não resolveu, ele continuava a beijá-la. Não durou muito, pois Catti logo conseguiu se soltar de Craig, e saiu andando rápido para a sala, sendo seguida por um Craig todo cheio de si, malandro.
Porém, antes que eu continue, deixe-me contar o que houve com a Greene:
- Onde estão os copos, Jacky? – perguntou Greene, tentando enxergar os armários da cozinha.
- Estão ali em cima da bancada... isso, perto da sanduicheira. – disse Jacky, apontando para uma bancada cinza.
- Esses aqui, ó? – disse Greene, virando-se para mostrar um dos copos à Jacky, mas ele já estava próximo dela, bem próximo.
- É sim. – disse Jacky, com um sorriso malicioso, pegando o copo da mão da garota e colocando sobre a bandeja com a jarra, e aplicando-lhe um beijo.
- Mas... o quê? – balbuciou Greene, sentindo os lábios macios de Jacky.
E o beijo deles foi calmo e delicado, exceto pela força que Jacky utilizava para imobilizá-la contra a bancada cinza, até que escutaram passos na sala onde assistiam DVD e Greene se precipitou em pegar a bandeja com a jarra, deixando Jacky sozinho com um copo na mão.
Todos se sentaram em seus lugares como se nada tivesse acontecido, e começaram novamente a assistir ao filme, porém sem rir ou comentar tanto porque o filme se tornou um pouco sério do meio para o final.
Ao término do filme, Jacky e Craig deram um beijo na bochecha de ambas e trataram de ajeitar a sala, levar os doces para a cozinha, enquanto elas se dirigiam ao quarto para dormir:
- Por que está quieta, Catti? – perguntou a Greene em voz baixa, quando elas entraram e fecharam a porta do quarto.
- Deve ser sono! – falou a Catti, também em voz baixa. – E você?
- Acho que eu comi demais, mas vou tentar dormir – mentiu Greene, deitando-se na cama.
- Boa noite então! – disse Catti, se enrolando nas cobertas do outro lado da cama.



Capítulo 13 - Comentários


Max’s POV


 Graças a Deus aquela maldita gravação da minha parte no baixo acabou! Não que eu tenha feito muita coisa por hoje, mas aquilo me cansou demais, mas eu gostei de ter tocado o meu Ripper, além de relembrar velhas músicas com Ricky e Ronnie naquele estúdio.
Eu não via a hora de chegar na mansão, tomar meu banho, ver se as meninas estavam bem porque ficaram a noite inteira na companhia daqueles doidos e depois dormir gostoso na cama que com certeza estaria reservada pra mim.
Três horas da manhã e a gente chegando agora. Que dia hein?!

Max’s POV OFF

Ronnie’s POV

Chegamos à mansão, e assim que abrimos a porta demos de cara com Jacky e Craig arrumando umas cobertas num dos sofás da sala e comentando coisas:
- Cara, você não sabe como ela é! E que beijo hein? – falava Jacky, entusiasmado.
- Nem sei, mas a outra guria também viu. Dude, que beijo! – disse Craig, jogando um travesseiro na pilha ao seu lado.
- E aí gente, tudo bem? – perguntou Max, guardando em seu bolso as chaves de seu carro.
- Ótimo! – responderam Jacky e Craig em uníssono.
- De que é que vocês comentavam hein? Ou melhor.... de quem? – eu perguntei, curioso.
- De duas figurantes que chegaram hoje... – disse Craig.
- E que vocês já deram as boas-vindas masculinas não? – perguntou Max, pendurando seu casaco atrás da porta.
- Claro... eu beijei uma e Craig a outra! – disse Jacky, metido.
-  Já? – eu disse – Nem esperaram as coitadas chegarem direito?
- AH Ronnie, se você as visse... sei lá se esperaria sabe? – disse Craig, malicioso.
- Lindas é? – disse Max.
- E como... daquele jeito hein? – disse Jacky, desenhando no ar a silhueta das meninas.
- Amanhã vocês nos apresentem OK? – eu perguntei.
- É, pra gente saber se vale a pena ou não! – disse Max, com uma ligeira piscadela.
- OK, OK. – disse Craig.
- AH, a gente tá procurando umas pessoas aí na mansão... Vocês sabem quem está em que quarto? – perguntei aos dois.
- Acho que pediram pra todo mundo colar umas plaquinhas na porta com os nomes de quem está dormindo em qual quarto, porque né... Depois a gente acorda a galera do FIR, sendo que seria a gravação do Escape e aí todo mundo mata a gente! – disse Jacky, preocupado.
- Boa ideia essa hein?! – disse Max, levantando as sobrancelhas.
- É, procurem ali ó, naquelas portas ali em cima, que todo mundo que está por aqui anotou o nome. – disse Craig, dobrando o último edredom e despedindo-se da gente.
- Vou indo nessa também. – disse Jacky se dirigindo à porta mais próxima da sala e mostrando seu nome na plaquinha.
- Boa noite! – disse Max, pegando um cupcake de cima da mesa e oferecendo outro a mim.
- Não quero, dude. Vamos se as meninas estão bem? Estou preocupado! – eu disse.
- OK, vamos vor os bonditas ploquinhas! – disse Max, com a boca cheia.

Ronnie’s POV OFF

        Ronnie e Max foram de porta em porta procurando o quarto das meninas, bateram, e como não tiveram resposta entraram no quarto, observando as duas figuras dormindo no quarto:
        - Olha só Max, elas estão bem e dormindo tão gostoso! – disse Ronnie.
        - Pois é! Elas conseguem ser ainda mais bonitas dormindo! – disse Max, ajeitando as cobertas das duas meninas.
        - Caara, tava muito preocupado com elas, porque elas ainda são crianças perto desse povo doido que está por aqui. – disse Ronnie se sentando na beirada da cama.
        - Eu também, por isso que tratei de me empenhar na primeira vez que gravamos, pra tudo sair perfeito e a gente vir pra cá o mais rápido possível! Você é que ficou enrolando... – disse Max, jogando o resto de seu cupcake no banheiro do quarto.
        - Ei tive que gravar sei lá quantas mil vozes e você teve só que gravar seu baixo, é claro que eu iria demorar mais! – disse Ronnie, expondo suas razões.
        As meninas cochilavam de leve, e o barulho da conversa deles fez com que seu sono fosse perturbado e ambas se mexeram:
        - Vamos deixá-las dormir senhor Green? – disse Ronnie
        - OK – disse Max dando um beijo na bochecha de cada uma, assim como Ronnie também o fez.
        - Durmam bem! – disse Ronnie, fechando a porta do quarto, se dirigindo ao quarto ao lado, onde ele escreveu Ronnie e Max entrou na próxima porta e fez o mesmo que Ronnie.
        As meninas, na realidade não estavam dormindo nem cochilando, pois nenhuma delas conseguiu dormir depois do que tinha acontecido com elas naquela madrugada:
        - Greene, você está dormindo? Está bem? Sentindo alguma dor? – perguntou Catti.
        - Oi Catti, estou bem sim... – disse Greene, com voz sonolenta. – Você também não está conseguindo dormir?
        - Não, Greene – disse a Catti, se sentando na cama – O que é que você tem?
        - Você viu os meninos aqui não? – Greene disse e Catti assentiu – Eu... bem... eu me senti mal, por eles estarem aqui, e eu erm... ter deixado acontecer uma coisa... hoje...
        - O que foi que houve, Greene?- disse Catti, começando a se preocupar.
- Bem... eu meio que beijei o Jacky...na verdade ele é que me beijou. - disse Greene, fazendo gestos frenéticos e ficando vermelha, o que fez Catti rir.
- Eu meio que... eu não, o Craig meio que me beijou... também. - disse Catti, olhando de canto de olho para Greene que parou e fez cara de surpresa.
- Sério?! AH, eu me senti um pouco mal sabe, por causa dos meninos, mas não me arrependo porque...AH você já olhou pro Jacky? - disse Greene mostrando a língua e depois um sorriso maroto.
- E você já olhou para o Craig? - disse Catti, fazendo a mesma cara.

As duas garotas, mais tranquilas de terem contado o fato uma pra outra, vão se deitar e conseguem, enfim, pegar no sono.
No dia seguinte Catti acorda com um raio de luz que entrava pela janela, atacando seus olhos sem pudor algum. Ela geme fraco ao abrir um dos olhos e encara a amiga dormindo na outra cama, ela se aproxima vagarosamente e começa a balançá-la loucamente.

- AI MEU DEUS! ATAQUE ALIENÍGENA! – grita Greene, se virando para o outro lado e Catti de tanto rir, se joga no chão. - Louca, me acorda assim do nada.
- Vamos, Greenezinha! Levanta daí a gente tem que ir comer. – disse a Catti, controlando sua risada.
- Tô indo. – diz Greene na cama, se levanta devagar e vai até o banheiro.

Catti's POV

Só a Greene mesmo para gritar daquele jeito quando alguém a acorda. Fizemos nossa higiene e nos trocamos rapidamente para poder tomar café-da-manhã com rockstars (estamos podendo hein?!). Descemos as escadas do lugar lentamente até que uma garota veio falar com a gente. Acho que ela é filha do produtor dos Greenadke e seu nome é Star, uma garota muito legal, ela mostrou para gente onde ficava o 'restaurante' do local, porque nós ainda estávamos muito perdidas naquela mansão enorme. Entramos no tal 'restaurante', pegamos nosso café e nos sentamos em uma mesa qualquer.

Catti's POV OFF


Capítulo 14 - Quem São As Figurantes?


Ronnie's POV


Como eles (Jacky e Craig) haviam dito pra gente, que no outro dia nos apresentariam às figurantes que eles tinham ficado no dia anterior:
- Elas estão aqui, Craig? - perguntei para ele, enquanto este olhava ao redor.
- Estão sim... Acabaram de chegar! - disse ele sorrindo malicioso.
- Cadê elas? Cadê elas? - Max perguntou, apressado.
- Ali, olha. - Jacky apontou para Greene e Catti, sentadas numa mesa.
- Onde?! - eu e Max perguntamos em uníssono.
- Aquelas duas ali. - disse Craig apontando também.
- Hmmm. - disse Max. - Bonitas mesmo hein?! – disfarçou.
- Nem fale! Já viu as silhuetas delas?  Acho que não são daqui, não hein?! Elas não têm o perfil das americanas. - disse Jacky, mordendo o lábio inferior.
- Você tem razão Jacky. Mas com aquelas formas, eu nem ligo delas serem vai saber de onde! E o bom de figurantes, como elas, é que depois do clipe elas vão embora e nunca mais aparecem. Quer dizer, bom pra gente! - disse Craig completando, batendo de leve no braço de Jacky. – E vocês, caras? Ei... Que foi que vocês ficaram quietos do nada?
- Nada não. - disse Max encarando os ovos com bacon de seu prato, girando o garfo na mão.
- Eu estou de boa. – disse eu, dando uma garfada no meu waffle com mel.
- Ronnie, eu vou ali e já volto! - disse Max se retirando.
Eu completamente engoli meu último waffle e fui atrás do meu amigo, que depois de sair do restaurante, já estava quase correndo.
- O que é que foi isso, dude? - perguntei pra ele, segurando em seu braço.
-Você não viu cara? Eles... acho que estavam falando das garotas! - diz ele passando a mão no cabelo freneticamente. – Tive que sair dali... não consegui ouvir eles falando das garotas daquela maneira, como se elas fossem qualquer uma... e elas são só crianças.
- Mas o Craig e o Jacky são mais novos que a gente, Max. E você acha que eu não estou bravo também? – eu disse, tentando arrancar alguma simpatia daquele rosto sério que ele estava.
- NÃO LIGO! - Max disse estressado e eu olhei em volta todos estavam olhando e logo as garotas se aproximaram.
- O que aconteceu com ele ou vocês, AH sei lá? - Catti perguntou, olhando assustada para o rosto bravo do Max.
- Nada. - eu disse com minha voz mais amigável, tentando amenizar. - É o stress de dormir pouco, acontece! – peguei novamente no braço do Max e tentava levá-lo para longe dali.
- AH tudo bem então, espero que você fique mais tranquilo. - Greene disse, olhando Max nos olhos.
As meninas começaram a andar de novo, em direção ao quarto delas e quando eu não pude evitar, Max gritou:
- VAAAAAAAAACAS!
As garotas estacaram no degrau da escada em que estavam e se viraram a tempo de ver um Max com o rosto retesado, sendo arrastado por mim para a sala de televisão.

Ronnie's POV OFF

Greene's POV

Ele me chamou de vaca? Ele nos chamou de vacas? Maxwell Scott Green me chamou de vaca?  Eu não posso acreditar! Não, isso não vai ficar assim! Não, mesmo!

- QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA... - eu gritei e Catti colocou a mão na minha boca antes que eu pudesse acabar a frase.
- Você está louca? - Catti perguntou olhando para mim.
- QUEM ELE PENSA QUE É PRA ME CHAMAR DE VACA? ELE ACHA JUSTO ME CHAMAR ASSIM? - eu baixei um pouco o tom da minha voz, inclinei a cabeça, olhando o chão, começando a sentir uma pontada de tristeza.
-Não sei, mas acho que ele está estressado. Como o Ronnie disse. – disse a Catti, séria. – Por favor, Greene, se acalme!
- OK. - eu disse indo para nosso quarto e Catti me seguiu, com a testa franzida.

Greene's POV OFF.

Em seus aposentos, Catti e Greene andavam de um lado para o outro sem saber o que fazer:
- O Ronnie também está tão bravo quanto o Max, só não deixa transparecer isso. – Catti cochichava, consigo mesmo, tentando não despertar novamente a raiva da Greene.
- Mas porque é que eles estão tão bravos? O Max me deu um olhar como resposta, que sinceramente, me deixou lá embaixo. – disse Greene, numa mistura de ódio e tristeza.
- Será que a gente devia falar com eles? - sugeriu Catti, roendo as unhas.
- OK, mas se o Max der mais um ataque daqueles, eu bato nele! – disse Greene, forçando uma risada.
- Tudo bem! - Catti sorriu, cansada e com certo medo nos olhos.


Capítulo 15 - Craig + Catti + Jacky + Greene = Greenadke + Ciúmes


Catti's POV


Eu poderia estar mal por ser xingada de uma coisa tão feia pelo meu ídolo, mas a Greene se desmoronou ali, com as palavras dele. Se saísse da boca do Ronnie, eu tenho certeza que eu ficaria do mesmo jeito, então decidi ir com ela até o quarto deles. Seria, talvez, mais fácil falar com eles assim. Abrimos a porta do quarto depois de bater e ninguém responder:
- Oi garotos. - eu disse entrando devagar.
- Oi. - disse Max, entre dentes.
- Me diz o que houve? Eu não estou entendendo! Stress de gravação, tenho absoluta certeza de que não foi. É só olhar na cara de vocês pra ver que não é isso! - disse Greene se sentando na cama com eles e eu sentei ao seu lado.
- Me digam vocês o que é que aconteceu por aqui? - disse Ronnie, adquirindo uma feição mais brava uma que eu nunca havia visto antes.
- Mas... nós não sabemos de nada! Pelo amor, diz para gente. – implorei, sem entender nada.
- Então não sabem né? AH, que peninha! – disse Max, olhando com desprezo para nós duas. - Craig e Jacky beijaram vocês enquanto estavam inconscientes, é? - disse ele, ameaçador.
- AH, isso! Foram eles que beijaram a gente! Nós não fizemos nada. - eu disse, olhando rápido do Ronnie para o Max.
- Será mesmo?! - disse Ronnie, bravo e sarcástico. - Ou a versão da história seria a de que vocês nos acomodaram no Heavens, só para poderem se aproveitar da gente, vindo pra cá assistir aos clipes e ainda por cima beijar nossos amigos?
A ironia emanava dos olhos dele; Max concordava; Greene olhava perplexa de um para outro, até que não se conteve e disse:
- Não é nada disso! O Jacky me beijou do nada e eu não tive culpa. –disse Greene, desesperada.
- Pronto! Descobri quem beijou quem! - disse Max, batendo as mãos na cama.
- Mas é verdade, a gente não participou disso. Não diretamente, eu acho - eu disse, me enrolando sem querer.
- É verdade? - perguntou Ronnie, interessado.
- Sim, a pura verdade! Nós não demos em cima deles e nunca teríamos usado vocês para nada! - confirmou Greene, olhando para o Max.
- Então... tudo bem. - disse Ronnie, encarando-me.
- Não, não está tudo bem! Aqueles pedófilos vão ver só! - disse Max.
- Max, eu sou maior de idade! – eu disse, rindo.
-AFFz é verdade! - disse ele. – E você aí, ficou quietinha né? – apontou pra Greene.
- Erm... eu não tenho mais de 18, tá? Mas não faça nada com eles não, OK? - ela disse, olhando de Max pra Ronnie.
- Porque eu não faria? – perguntou Max a nós duas, com um sorriso no canto da boca.
- Porque eu estou pedindo?! Só vai dar problema, deixa para lá! – respondeu Greene, seca.
- Tudo bem! - ele disse, vencido.
- Obrigada, mas vem cá... isso tudo foi erm.. cíumes? - disse Greene, dando um sorriso ligeiro.
- Claro que não! Foi preocupação por eles serem mais velhos e vocês serem umas crianças ainda. – intrometeu-se Ronnie, rindo de leve.
- É verdade! O Ronnie está certo. - disse Max e ambos passaram a mão no cabelo, baixando um pouco a cabeça.
- OWNTI, que bonitinhos! Tentando proteger a gente, mas ainda acho que o nome disso é ciúmes. - eu e Greene dissemos em uníssono, pulamos neles e todos riram.
- Tudo se resolveu, então? - disse Ronnie, dando um beijo na minha cabeça o que me fez corar e a Greene fez questão de cutucar a minha bochecha, rindo. Ronnie se virou, eu só consegui corar mais.
- Garotos são estranhos. - ela sussurrou para mim, e depois deu uma piscadela.
- Pois é, não se assumem, mas dão pistas! – respondi, sussurrando também.
- Até demais. - eu disse sorrindo.

Catti's POV OFF

Depois de tudo resolvido as garotas ficam um tempo conversando com os dois no quarto até que alguém bateu na porta e disse:
- Max o meu pa...digo, o produtor está chamando vocês lá embaixo. - disse Star, entrando no local.
- Oi Star. - disse Greene, contente.
- Oi garotas, o que fazem aqui? - ela perguntou, sorrindo.
- Só colocando os garotos a par de uns assuntos aí. - disse Catti, apontando os meninos com o polegar.
- Hmmm OK. AH, e garotos é bom vocês correrem. Ele está atrás de vocês a um tempão. – disse Star, apressada depois de se lembrar porque fora lá.
- Porque ele não procurou a gente no lugar mais óbvio?! - perguntou Max, erguendo uma sobrancelha.
- Eu não sei, a única coisa que eu sei é que tem um ônibus esperando por você ou vocês, para ir ao local da gravação. – disse Star, levantando os ombros.
- Eita... estou indo, só um segundo! – diz Ronnie, nervoso.
- OK. - disse Star saindo do quarto.
- Vocês vêm junto? – Ronnie perguntou encarando as três pessoas que estavam no quarto.
- Sim. - disseram as garotas em uníssono.
- Você, Max? – perguntou Ronnie, olhando para o amigo.
- Claro, dude! – disse Max, fechando a porta do quarto.

Entraram os quatro em um ônibus todo preto em que se encontravam tanto o pessoal do Falling quanto a galera do Escape. Elas se sentaram, Ronnie e Max se sentaram ao lado delas e logo Craig e Jacky se aproximaram:
- Olá garotas! - disse Craig, animado.
- Oi. - disseram as duas em uníssono, um tanto encabuladas.
- Então... - disse Jacky, embaraçado.
- OH sentem-se aí, fiquem a vontade. - Catti disse rindo de leve, apontando duas poltronas próximas.
- E aí, dudes? - disse Max esticando a mão num cumprimento aos amigos que em seguida fizeram o mesmo com Ronnie.
- São amigos? - perguntou Jacky, receoso.
- Sim, há um tempo já. Fomos nós dois que as trouxemos para cá. - disse Ronnie, olhando para as duas garotas.
- Hmmm, vocês agora escolhem e contratam figurantes?! - perguntou Craig, inocente.
- Figurante?! Figurante nada, tô mais pra Rockstar. - disse Greene, rindo, enquanto os Greenadke passaram os braços nos ombros de ambas as meninas.
- Há quanto tempo se conhecem? - perguntou Jacky, encarando as quatro pessoas que estavam ali.
- Alguns dias, talvez uma semana ou mais. - disse Max, sorrindo ao olhar para as meninas ao seu lado.


Capítulo 16 - A Droga ao Cuidado dos Santis


- E então, pessoas?! Animados pra gravação, aliás, gravações né? Por que entre hoje e amanhã teremos Gorgeous Nightmare e Drug In Me Is You prontinhos!! – exclamou Ricky Santis, assumindo seu lugar na primeira poltrona do ônibus.

Todos no ônibus gritaram. Todos estavam muito excitados com as duas gravações, porque sempre que coisas assim aconteciam, certeza que seria um dia, neste caso dois, de pura agitação, atuação, expectativa e apoio de todos em volta.
Depois de alguns minutos viajando naquele ônibus, chegaram ao prédio onde iriam gravar Drug In Me Is You que era uma velha delegacia ao lado de um tribunal também velho. Ricky achou melhor gravarem o clipe do FIR primeiro, pois para esse precisariam de menos gente atuando, facilitando as coisas:
- Então será aqui?! – perguntou Ronnie, olhando pela janela do ônibus.
- Pelo jeito sim. – disse Jacky, se espreguiçando em sua poltrona. – Parece legal, hein?
- Verdade. – disse Craig. – Hey, vejam se dá pra gravar o clipe de vocês rápido aí pra gente começar a gravar o nosso OK?
- HÁ, vai nessa! – disse Ronnie, dando um soco de leve em Craig. – A gente vai demorar o tempo que for preciso para que o clipe fique perfeito! Afinal, faz tempo que os fãs não vêem Ronald Joseph Radke em ação!  - gabou-se ele.
- AH esse Ronnie! – disse Max, rindo.
- Bom, pessoal do Falling, por favor, se reúnam na primeira sala à esquerda para retomarmos o roteiro. E pessoal do Gorgeous se acomodem na sala de estar a sua segunda esquerda, e sintam-se a vontade para aproveitar o que encontrarem por lá até que alguém chame vocês para assistirem à gravação. OK? – disse Ricky, assim que a porta do tribunal velho foi aberta, todos concordaram.
- Meninas, então nós nos veremos daqui a pouco tá?! – disse Ronnie, olhando para cada uma.
- OK. – responderam Catti e Greene.
- Vá lá, cara! Dê o seu melhor. – disse Max, com uma piscadela.
- AH, como se diz no teatro: “Merda pra você!” ou no inglês “Break a leg”. – disse Catti, feliz.
- Obrigada, Catti. – disse Ronnie, dando um beijo na bochecha dela. (Sim, ela morreu e ressuscitou com essa!).
- Vamos lá ver o que é que tem naquela sala! – disse Max, segurando ambas as meninas pela cintura, se dirigindo para a sala indicada por Ricky.

        Greene’s POV

        Vocês até podem achar que é muita fantasia e talz... Mas sou obrigada a assumir que todos aqueles dias ao lado de pessoas famosas como eles nos fizeram sentir importantes. Só de pensar que Max e Ronnie estavam ao nosso lado, praticamente o tempo todo; que nós veríamos os clipes serem feitos; que estaríamos ali caso eles precisassem de algum apoio, tudo aquilo maravilhava a gente pra caramba.
        Eu fiquei ali sentada num sofá na sala que o produtor tinha pedido pra aguardar, totalmente submersa em pensamentos e expectativa sobre o dia de hoje e o que estava por vir com a gravação do Gorgeous.
        A Catti estava por ali conversando com a Star, a filha do produtor, aliás, a privilegiada de poder estar com todos eles à hora em que seu pai bem entendesse e a levasse consigo. Na viagem até aqui, fomos conversando com ela, e ela nos pareceu uma menina muito legal. Na verdade, a partir do momento em que eu, ela e a Catti sentamos pra conversar, sentimos que houve bastante simpatia entre nós três, apesar de ela ser quase um ano mais nova que eu.
        Estávamos empolgadas com a conversa até que Ricky apareceu na porta da sala:
        - Roteiro discutido, aprovado e vocês... querem assistir à prática? – disse um animado Ricky.
        - Claro! – gritei, pulando do meu lugar no sofá.
        Saímos da sala e fomos guiados até o local onde já estavam instaladas as câmeras; o cenário estava todo montado com todos os elementos da cena; todos do Falling estavam ajeitando seu figurino e maquiagem:
        - Olá meninas! – disse Ronnie, vindo falar com a gente com uma cabeleireira ajeitando seu cabelo e um maquiador tentando pentear suas sobrancelhas.
        - Ronnie! – disse Catti, toda besta com seu ídolo.
        - Ficou bom não?! – disse ele, todo presunçoso.
        - Fi-ficou si-sim, Ro-Ronnie. – disse a Catti, começando a gaguejar de novo.
        Ele vestia calça skinny, camisa preta, casaco de couro, alguns lenços no pescoço e teve aquela tatuagem de gota que ele tem no rosto realçada com delineador:
        - Está tudo muito legal sim, cara – disse Max, chegando perto da gente e dando um grande abraço em seu amigo. – Vai! Ricky está te chamando.
Todos nós nos afastamos do cenário e cada um pegou um lugar em alguma das poltronas que a produção tinha disponibilizado pra gente.

        Greene’s POV OFF

        Todos se acomodaram folgadamente por ali, pronto para ver todo o FIR em ação:
        - Max Green?! – disse uma moça vestida de policial, se aproximando da cadeira em que estava o Max.
        - Erm... sim...Eu te conheço? - perguntou Max, franzindo a testa.
        - Não, não! Eu sou figurante do Drug In Me Is You. – disse ela. – Mas gosto muito de vocês do Escape.
        - AH, é mesmo? – disse Max, contente.
        - Sim, claro! Ainda mais com um baixista de tanto erm... talento né? – disse a mulher, olhando para cada parte do Max.
        - Como é seu nome? – perguntou Max.
        - Sheryll Jones. – disse ela. – E você, nem preciso de apresentações pra conhecê-lo... basta olhar para esses olhos, esses piercings, esse cabelo, e AH... todas essas tatuagens. – disse ela pegando a mão do Max que estava sobre a coxa dele.
        - É, sou eu mesmo. – disse Max, mexendo em um de seus piercings labiais, meio encabulado com Sheryll.
        - Venha comigo. Tenho algumas amigas figurantes que estão com vergonha de falar com o Sr. Green. – disse Sheryll, puxando Max pela mão.
        - Erm... OK! – disse Max.
        - Max, o Ronnie está gravando, não vai assistir?! – perguntou a Catti, tentando fazer o Max ficar por ali.
        - Erm... vou daqui a pouco! Vou ali falar com as gurias ali e já volto, OK? – disse Max, já a alguns passos das meninas.
        - Deixa ele ir, Caterinne! – disse Greene, entre dentes. – Deixa ele ir lá falar com as filhas da p... digo, figurantes.
        - Calma, Greene! Vamos assistir ao vídeo do FIR? – disse Catti, com um sorriso amarelo para Greene.
        - Você fala isso, porque não é o Ronnie que foi lá “falar” com as “figurantes”! – disse Greene, revoltada.
        - HEY, pensa que não estou vendo ele se esfregar, ou melhor, ali eu nem sei quem se esfrega em quem! – disse Catti, franzindo a testa.
        - Mesmo assim, mesmo assim... – disse Greene, enraivecida. – VadiaVadiaVadiaVadia! – murmurou.
        - Que foi que você disse aí? – perguntou Catti.
        - Nada! – disse a Greene.
        - Pensei que tinha dito “vadia”... – disse a Catti, confusa.
        - Então.... NADA! – falou alto a Greene.
        - A sim... nada! – disse a Catti, gargalhando – HEHE’
        - Catti, como você consegue?! – disse a Greene, rindo de leve.
        - O quê? – perguntou a Catti, controlando sua risada.
        - Rir de coisa besta numa hora dessas?! – disse a Greene. – E o pior, me faz rir também.
        - HAHA’, sei lá. – disse a Catti e as duas riram até que alguém da produção pediu para elas rirem mais baixo.
        Passaram-se algumas horas, Ronnie foi gravar outras partes do clipe, inclusive o teaser. Os integrantes regravaram partes que precisavam ser melhoradas e para a parte final, Ricky pediu silêncio da “plateia” e concentração total da banda:
        - Galera, lembrem de tudo o que vocês tem que fazer OK? E por favor, continuem dando o melhor de vocês... – disse o produtor, tentando esconder sua felicidade com o clipe quase pronto. – OK, Ronnie, agora você e Scout por favor se preparem, tá? – disse ele se sentando em sua cadeira.
        - OK, Ricky! – disseram Ronnie e Scout em uníssono.
        - Um, dois, três e AÇÃO! – gritou Ricky.
        Ronnie começou a cantar, toda a banda a tocar seus instrumentos, daquela forma em que eles apenas fingem ou atuam enquanto a música rola para guiá-los sobre o que e em que momento fazer. Porém, uma parte do final do clipe, Ronnie dava um beijo de despedida em Scout:
        - Como assim?! – disse Catti, perplexa.
        - Agora você me entende? – perguntou Greene, irônica.
        - Mais cinco segundos e... muito bem... CORTA! – gritou novamente o produtor/diretor.
        E o casal continuou se beijando, a agarota segurava Ronnie nas bochechas.
        - Esses jovens! – disse Ricky, balançando a cabeça e sentando-se à mesa com a sua produção para avaliar o clipe na íntegra, após um caloroso aplauso, é claro.
        - AFFz! – disse Catti, no meio do aplauso.
        - Bela atuação, senhor Ronnie Radke! – disse Max, vindo da poltrona próxima às meninas, de onde finalmente tinha conseguido se desvencilhar das moças que o haviam levado para conversar.
        - Até parece que você viu alguma coisa! – resmungou a Greene.
        - Claro que eu vi! – disse Max, olhando Greene firmemente nos olhos, ao que ela revidou com o mesmo olhar.
        - Viu nada que eu sei, você tava ali com as amigas da Sheryll!. – disse Ronnie, se jogando de leve sobre os ombros da Catti.
        - E você já sabe até o nome dela?! – perguntou Catti, tirando Ronnie de perto de si.
        - Colega de filmagem, sabe como é não? – disse Ronnie com uma piscadela.
        - Sei! – disse Catti, olhando para Ronnie de canto de olho.
        Passados alguns minutos, Max e Ronnie ficaram conversando por um tempo ali; as meninas nessa hora foram um tanto esquecidas:
        - Cara, você precisava ter visto a cara que ela fez quando pegou minha mão e me levou pra lá com as amigas dela! – disse Max. – Toda... AH você deve imaginar não?!
        - É... E eu que estava ali naquele sufoco de ter que encenar e toda hora um par de seios diferentes me encarando e tal. Duuuuude! – disse Ronnie, passando a mão pela testa.
        - Não sei por que inventaram de colocar as policiais desse clipe com esses tipos de meias! Velho, elas cruzavam as pernas ali do meu lado e eu não conseguia nem me lembrar da minha última palavra... – comentava Max. – nem sei o que foi que eu falei, conversei, desabafei com elas.
        E eles ficaram por um bom tempo conversando sobre as figurantes, sobre cada momento do clipe etc, as meninas pediram licença da conversa (da qual, na verdade, já estavam bem excluídas) e foram para o ônibus esperar pela hora de ir embora.


Capítulo 17 - iPhones, Craig e Jacky


Entraram, cada uma delas pegou seu IPhone e foi ouvir música para tentar esquecer um pouco do ciúmes, para vocês terem ideia nem se sentaram juntas, cada uma se jogou numa poltrona diferente e mergulharam no universo de suas músicas preferidas . Caladas e nervosas como estavam, nem ouviram quando duas pessoas entraram e se sentaram uma ao lado da Greene e outra ao lado da Catti:
        - Olá, Catti! – disse Craig, todo feliz.
        - AH... o-oi Craig – disse a Catti, tirando um de seus fones de ouvido.
        - Tudo bem?! – perguntou Craig, um tanto preocupado.
        - Erm... sim. – disse Catti, tentando disfarçar o pingo de ciúmes que ainda restava.
        - Mesmo?! – perguntou Craig, novamente.
        - Mesmo, mesmo. – respondeu Catti, forçando um sorriso.
        Numa poltrona próxima, Jacky e Greene começavam a conversar:
        - O que é que você está ou estava ouvindo? – perguntou Jacky, interessado.
        - Avenged Sevenfold. – disse Greene, orgulhosa.
        - Sério?! Você gosta? – perguntou Jacky, contente.
        - Nossa e como! Sou uma Avenger com orgulho! – disse ela, sorrindo.
        - Não achei que você gostasse de Avenged... não mesmo! – disse Jacky, surpreso.
        - AH, eles são uma das minhas bandas favoritas! – disse Greene, olhando para seu celular como se ele fosse um dos integrantes do A7X.
        - Posso escutar também? – perguntou Jacky, envergonhado.
        - Claro, chega aí! – disse Greene, oferecendo um dos fones à Jacky.
        - Obrigado. – disse Jacky se sentando mais perto da Greene, com o pretexto de escutar música com ela.
        Catti e Craig conversavam baixo na outra poltrona:
        - Porque vocês não quiseram ficar lá dentro com todo mundo? – perguntou Craig, olhando pra Catti.
        - Sei lá, a gente não conhece muita gente por lá! – respondeu Catti, com uma desculpa esfarrapada.
        - AH, não me engane! O pessoal que está lá dentro é o mesmo que estava na mansão e que vai voltar com a gente pra lá. O que tá acontecendo com você? – perguntou Craig, franzindo a testa.
        - É que os meninos estavam falando sobre mulheres lá dentro, eu e a Greene só não quisemos ficar por lá enquanto eles falavam... então saímos e viemos ficar em paz aqui dentro do ônibus. – disse Catti.
        - Aham... Mas então, não liguem pra isso não! Toda vez que tem gravação de clipe esses bandos de figurantes ficam por lá lambendo os integrantes das bandas... E você vê que acabou o clipe e elas PUFF, somem! Amanhã por exemplo, tô até vendo aquele monte de guria dizendo que pra elas eu sou o melhor do ETF, AFFz. – disse Craig, enojado.
        - Pois é! – disse a Catti.
        - Cara, o Escape não sou só eu, assim como não é só o Ronnie no Falling... Somos duas bandas e não duas carreiras-solo! – disse ele.
        - Agora vai tentar explicar isso... – comentou a Catti.
        - É um saco... e você está ouvindo o que aí? – perguntou Craig, interessado.
        - Um pouco de ETF, FIR e blink-182. – respondeu a Catti.
        - AH legal hein?! – respondeu ele – Blink-182 me lembra minha adolescência, sabe? Nossa, como eu cantava as músicas deles.
        - Blink-182 é demais mesmo! – disse Catti, relembrando seus tempos de blinker.
        - Bom... posso ouvir contigo? – perguntou Craig, procurando olhar Catti nos olhos.
        - Pode sim, toma aqui um fone... – disse Catti, entregando a Craig um de seus fones de ouvido.
        - Obrigado. – disse Craig, prestando atenção na música que estava tocando.
        Depois de alguns minutos os quatro começaram a conversar entre si, sobre os mais variados assuntos e isso fez com que as meninas esquecessem um pouco do “nervoso” que passaram com Ronnie e Max. Porém, Craig e Jacky se aproveitavam delas, chegando cada vez mais próximo delas; procurando investidas tanto com olhares quanto indiretas:
        - Realmente não sei o que deu em Ronnie e Max, pra largarem meninas tão simpáticas como vocês aqui, sozinhas nesse ônibus! – disse Jacky, balançando a cabeça.
        - Eles não se acostumaram ainda com essas groupies! – comentou Craig.
        - Nem sei como elas não deram em cima de vocês dois também! – disse a Greene, rindo de leve.
        - IH, elas deram sim, só que eu e o Jacky fomos espertos, conheço esse tipo de gente e falei pra ele ficar longe, né Jacky? – disse Craig.
        - É... elas são atiradas assim só no ambiente do clipe porque fora toda essa tensão etc, eu consegui conversar com uma delas numa boa, sabe? Mais ou menos do jeito que a gente está conversando agora. – comentou Jacky.
        - Mesmo assim, elas não prestam! Cuidado hein, Jacky! – desabafou a Catti e todos riram.
        E eles conversavam novamente, Craig e Jacky cada vez mais perto das nossas meninas, mas elas nem ligavam porque o papo estava bom e eles não tinham falado nenhuma besteira, até que escutaram algumas vozes de fora do ônibus:
        - Já podemos ir embora, pai? – perguntou a Star.
        - Sim, Star. Daqui a pouco todo mundo já vai estar por aqui e podemos finalmente voltar pra mansão. – disse um cansado Ricky.
        - IH, amanhã ainda tem o Gorgeous, não pai? – disse Star, prestativa.
        - Sim... mas ainda bem que esse do FIR deu certo, porque nossa agenda não anda lá essas coisas pra ter algum tempo de refazer videoclipe... – dizia Ricky - Se bem que o Gorgeous é um pouco mais complicado sabe, tem uns jogos de luz; partes pra gravar de noite; troca de cenário; mais figurantes... – cochichava Ricky Santis consigo mesmo.
        - Pai, estava pensando aqui... Será que o senhor me deixaria me hospedar por uns tempos num hotel ou spa? – perguntou Star. – Quem sabe o Heavens?
        - Você anda precisando de um descanso mesmo, minha Star! Vá sim, hospede-se lá e qualquer coisa peça para mim, que eu conseguirei resolver pra você – disse Ricky, prestativo. – Você tem sido minha melhor assistente!
        - AH, obrigada, pai. – disse ela, feliz. – Mas caso o senhor precise de algo, por favor, manda alguém me avisar que eu apareço antes que o senhor precise me chamar de novo!
        - OK, minha Star. – disse Ricky, todo orgulhoso da filha.
        - Posso avisar para os figurantes do Falling que eles já estão dispensados para ir embora? – perguntou Star. – E AH, avisar também o pessoal das duas bandas que eles já podem vir pro ônibus?
        - AH, faça isso por mim! Obrigado. – disse Ricky, enquanto sua filha entrava novamente no local.
        Depois de alguns minutos, Star veio até o pai com todo o pessoal de sua produção e os integrantes do Falling In Reverse e do Escape The Fate:
        - Bryan e Robert estão por aqui já? – gritou Ricky, vendo se todos estavam presentes.
        - Aqui ó! Colocando as malas no ônibus! – gritou Bryan.
        - OK. Então pessoal, por favor, acomodem-se em seus lugares no ônibus e vamos voltar pra mansão, repor as energias e descansar pra amanhã gravar Gorgeous Nightmare. – disse Ricky, forçando um sorriso, para esconder seu cansaço.
        - E depois, só mordomia não? – perguntou Mika.
        - Que nada, vamos começar a trabalhar no CD de vocês do FIR e mais pra frente nos tours do ETF. – comentou Ricky. – Esse ano acho que nem teremos muito descanso!
        - Os fãs é que vão ficar felizes com isso. – comentou Derek – Só eles mesmo pra nos motivarem!
        - Ah os fãs, meus fãs.. caham... nossos fãs – comentou Robert, fingindo presunção.
        - Entrem todos, por favor! – disse Ricky, abrindo a porta do ônibus. – Max e Ronnie onde estão suas meninas? - disse ele se dirigindo aos dois que estavam bem atrás dele.
        - Nossas meninas?! Que meninas?! – exclamaram Ronnie e Max, juntos.
        - Sim, a erm... Greene e a Catti, sim elas duas mesmo! – lembrou-se Ricky. – Não são esses os nomes delas?
        - HAHA’ verdade... Dude, a gente esqueceu das meninas! – sobressaltou-se Max.
        - Acho que eu as ouvi dizendo que iam para o ônibus mais ou menos uma hora atrás. – comentou Ryan.
        - Será que elas estão aí dentro?! – perguntou-se Ronnie, preocupado.
        - Pai, cadê o Craig e o Jacky? – perguntou Star, em voz baixa.
        - Devem estar aí dentro também! – respondeu Ricky. – Vamos pessoal, entrem!
        Todos foram entrando, Ronnie e Max foram verificar se as garotas tinham ficado pelo velho tribunal e nada então voltaram ao ônibus, subiram os degraus:
        - Foi nesse momento que eu pensei: “Dude, me ferrei” – falava Craig, da poltrona ao lado da Catti – A minha salvação foi que o cara não apareceu, porque eu seria facilmente confundido.
        - Caramba, Craig! Tem gente muito louca nesse mundo. Loucos mesmo! – comentou a Catti, assumindo feições sérias quando viu que Ronnie e Max vinham na direção das poltronas dela e da Greene.
        - HAHA’ eu já ouvi cada coisa também, que me surpreende até hoje! – comentou Jacky, sem perceber a presença dos Greenadke no corredor do ônibus.
        - É só a gente sair de perto das meninas por algumas horas que vocês já chegam junto não? – comentou Max, sério.
        - Vocês dois prestam pouco né? – disse Ronnie, olhando para Craig e Jacky.
        - Que nada, dudes! As meninas estavam sozinhas aqui no ônibus, porque vocês estavam ocupados com as “figurantes”, eu e Craig entramos porque a gente ia cochilar, mas quando as vimos aqui, resolvemos ouvir música, conversar e rir juntos. – justificou-se Jacky.
        - E também, se nós tivéssemos feito algo mais com elas, vocês nem iriam dar conta de tanta baba que tinha em vocês essa tarde! – disse Craig, alteando um pouco a voz.
        - Mabbitt, Mabbitt, o que é que você continua insinuando aí, hein? – perguntou Ronnie, apertando os olhos na direção de Craig.
        - Insinuando que eu fiquei aqui apenas fazendo companhia pras meninas, contando e ouvindo histórias, enquanto Radke ficava lá com o Green admirando peitos, pernas e bundas. – disse Craig. – Vocês sabem que não existe mulher mais corrimão que figurante né?
        - Meninas, porque é que vocês não ficaram por lá com a gente? – perguntou Max, interessado.
        - Não somos lésbicas pra ouvir aquele papo nojento de vocês! – respondeu Greene, ríspida.
        - Ficassem lá com a gente ao menos! – disse Ronnie, procurando algo nos olhos da Catti e da Greene.
        - Greene já disse que não somos lésbicas. Isso resolve o seu problema? – perguntou Catti, erguendo uma sobrancelha.
        - Quem sabe! – respondeu ele – Agora Jacky e Craig, aos seus lugares. Muito obrigado!


Capítulo 18 - Ciúmes?!


Ronnie’s POV

As meninas estavam muito estranhas com a gente. Sei lá, falavam pouco; conversavam demais com Mabbitt e Vincent; olhavam-nos com certo desprezo. Juro que eu estava tentando encontrar uma possível razão para elas estarem agindo daquela forma, até que me lembrei: “Claro Ronnie, elas devem estar com ciúmes de nós termos passado algum tempo, quer dizer, algumas horas conversando com as moças do meu clipe”:
- Catti?! – perguntei.
- Oi Ronnie, que foi? – disse ela com a voz um tanto seca.
- Está tudo bem? – perguntei novamente.
- Sim, porque a pergunta? – disse ela, ríspida.
- Achei você meio estranha comigo depois que entramos nesse ônibus pra voltar pra mansão... – olhei pra ela – Tem alguma coisa acontecendo?
- Nada Ronnie, nada! – disse ela, seca.
- Nada.. mentira sua! Tem alguma coisa aí sim! – eu alterei a voz – Conta?!
        - Hoje ficamos meio de lado não?! – disse ela, sem me encarar.
        - Tá chateada por isso?! – perguntei, surpreso.
        - É... – sussurrou ela.
        - Só por isso? – me surpreendi mais ainda.
        - Sim! – respondeu ela, dessa vez, me encarando.
        - Então... me desculpa por isso? – perguntei, sincero.
        - OK, então... – disse ela voltando os olhos pra janela do ônibus.
        - Posso dormir aqui no seu ombro? – perguntei, com um sorriso amarelo.
        - Pode... – respondeu Catti, vagamente.
        - Boa noite, então. – disse eu, dando-lhe um beijo na bochecha a tempo de vê-la ficar vermelha.
        Ela deve ter passado o dia todo morrendo de ciúmes de mim durante a gravação do clipe...

        Ronnie’s POV OFF

Na poltrona mais ao lado, Max e Greene conversavam, ou pelo menos, tentavam:
- Mas então o que achou do clipe? – perguntava Max à Greene.
- Sei lá... – falava Greene – muita mulher, etc...
- Muita mulher mesmo! – deixou escapar Max.
- E você sabe bem disso né Maxwell? – disse Greene, seca.
- Maxwell?! – disse Max, surpreso – Como assim?! Me chama pelo meu nome inteiro agora? Nada de apelidos?
- É, me deu vontade de te chamar de Maxwell... M-A-X-W-E-L-L. – retrucou Greene.
- AFFz, o que aconteceu com você de manhã pra agora? – perguntou Max, fazendo uma careta.
- Nada, só.. bom... nada mesmo! – disse Greene, um tanto indecisa.
- Você tá chateada, brava ou chateada e brava comigo? – perguntou Max.
- Digamos que um pouco. – disse Greene, fechando a cara.
- Ainda porque eu chamei você e a Catti de vacas?! – disse Max, franzindo a testa.
- Não! – exclamou Greene.
- AH, por hoje eu meio que ter meio que deixado vocês de lado por um tempo? – disse ele, sem graça.
- Por um tempo?! – exclamou Greene de novo.
- Erm... várias horas, talvez?! – disse Max, se encrencando.
- AFFz... – disse Greene, voltando a encarar seu IPhone.
- AFFz o quê? – disse Max, erguendo uma sobrancelha.
- Acho bom você ter ouvido o Craig dizer que não há mulher mais corrimão que figurante... espero mesmo! – disse Greene, séria.
- Eita... – disse Max – Eu sei disso, OK?
- Hoje, parecia que não... – comentou Greene, se acomodando em sua poltrona, fechando os olhos e “ignorando” a presença de Max Green à seu lado.
- Ei, isso.. erm você está falando das meninas e erm... – perguntou Max, atrapalhado.
- Estou dormindo, OK? – disse Greene, estúpida.
- OK, então – resmungou Max, contrariado.
- Ah... me acorde quando a gente chegar OK? – perguntou ela, abrindo um olho.
- Sim! – resmungou Max, novamente.

Catti’s POV

 Aqui pra vocês, ver todas aquelas bitches dando em cima dos “nossos” Greenadke foi difícil, e mais difícil ainda foi eu tentar me fazer de durona, sem demonstrar meus ciúmes enquanto o Ronnie me fazia perguntas sobre isso; porém, nada me quebrou tanto quanto a carinha dele se desculpando e aquele beijo fofo em minha bochecha, sem contar ele pedindo pra dormir no meu ombro, e olha que a distância nem era tão grande assim.
O tempo na estrada não era tão longo ao ponto de dar pra se tirar algo mais do que um cochilo, portanto logo chegamos:
- Pessoal, eu sei que o dia foi longo e cansativo... mas ali na mansão temos uma refeição quentinha esperando por vocês, além de suas camas tão convidativas... – disse Ricky, animando-nos para sairmos dos nossos lugares.
- Greene, já pode acordar! – disse Max, perto de Greene, que acordou assustada com toda a movimentação do corredor do ônibus.
- Ronnie... Ronnie, acorda! Já chegamos, estamos em frente à mansão. – eu tentava acordar Ronnie.
- IH, Ronnie quando dorme só screamo acorda! – disse Max, rindo.
- Legal... eu nem screamo sei fazer. – disse Catti, desapontada.
 - Quer que eu faça? – perguntou Max, sarcástico.
- Não, não... Ele já deve estar acordando né... SENHOR RONALD JOSEPH RADKE, POR FAVOR, ACOOORDEEE... – gritei.
Ronnie acordou olhando para os lados assustados:
- Diz que não foi o Max quem fez essa gritaria aí?! – disse Ronnie, coçando os olhos.
- Não, fui eu mesma! – respondi.
- AH sim! – disse Ronnie, com um meio sorriso. – Se foi você mesmo, menos mal...
- HAHA’, porque é que ela pode gritar contigo e sair numa boa e comigo você sempre faz um escândalo etc, etc. – disse Max, fechando a cara.
- Mimimi’ – disse Greene intrometendo-se na conversa.
- Você também é?! – respondeu Max, indignando-se.
- AH chega né?! – falei, cansada.
- Eu também acho, sabe! – concordou Ronnie.
- OK, tem mais alguém aqui nesse ônibus? – perguntou Ricky, colocando a cabeça para dentro do veículo.
- Tem a gente aqui, ó! – disse Max. – Eu, o Ronnie, a Catti e a Greene.
- Então será que daria para os senhores saírem logo daí? – perguntou Ricky, impaciente. – Por que sabe, eu tenho hora certa pra despachar esse ônibus, OK?
- Calma aí, Mr. Santis. – respondeu a Greene, sorrindo de leve para Ricky.
- Pensem na comida e na cama que está esperando por vocês ali dentro... – dizia Ricky, tentando nos apressar – E outra, vocês todos tem que repor as energias de vocês para o Gorgeous Nightmare amanhã, hein?
- OKOKOK’, já estamos indo. – respondi tranquilamente.


Capítulo 19 - Bom dia, so let's go!


Catti’s POV OFF

Como Ricky havia dito, na mansão realmente tinham camas e refeições deliciosas esperando pelos rockstars e por nossas meninas. Greene e Catti se deliciaram com a comida; tomaram seu banho, colocaram o primeiro pijama que viram pela frente e se jogaram cada uma em sua cama até ouvir batidas na porta:
- Entra – disseram ambas.
- Não querem nem saber quem somos? – perguntou a voz de fora da porta.
- Entra logo! – resmungou Greene.
- Oi, duas! – disse Max, com um sorriso amarelo.
- Tudo bem, dois? – disse Catti, com a mesma entonação de voz de Max.
- Tudo sim e vocês? – perguntou Ronnie.
- Ótimo – respondeu Greene, rapidamente.
- A gente veio aqui só perguntar se está tudo bem e dar boa noite... – respondeu Max, encabulado.
- OK, boa noite pra vocês! – respondeu Greene, ríspida, se virando para o outro lado, mergulhada em cobertas.
- Noooossa, mas assim?! – exclamou Ronnie.
- Pois é! – disse Greene, com a voz abafada. – Uma boa noite para vocês dois!
- Boa noite, Ronnie. Boa noite, Max. – disse Catti, oferecendo um sorriso singelo. – E tenham um bom descanso pra amanhã!
- Muito obrigado, Catti! – disse Max, agradecido.
- OK, já deram boa noite? Agora, tchau! - disse Greene, se enfiando em suas cobertas.
- Um beijo pra você! – disse Ronnie, dando um beijo na bochecha da Catti. – E outro pra você senhorita EstouComCiúmesdoMaxwell!
- Ciúmes do Maxwell, é? – gabou-se Max.
- HAHA’, imagina... – disse Greene, disfarçando no tom da voz, mas seu rosto todo estava vermelho.
- Beijos pra vocês também! – disse Max dando um beijo no rosto da Catti. – Ei, deixe-me dar boa noite pelo menos, Marcella?
- OK’. – disse a Greene, se sentando na cama.
- Obrigado! – disse Max, após beijar Greene no rosto e ajeitar os cabelos que desciam por seu rosto.
- Amanhã viremos aqui acordá-las OK? – disse Ronnie, entusiasmado.
- Até amanhã então! – disse Catti.
Os Greenadke encostaram a porta, mas ainda houve tempo para que as garotas ouvissem:
- Hey, vocês dois aí, Craig e Jacky, podem ir já pra cama de vocês! – gritou Ronnie – A-GO-RA!
- Perdeu! Elas já foram dormir! – disse Max, feliz.
- Ontem também sabe, mas a gente conseguiu muito mais que beijinho de boa noite que vocês provavelmente devem ter dado – ouviu-se a voz do Jacky.
- Vem aqui, seu moleque! – gritou Ronnie, descendo rápido as escadas e correndo atrás de Jacky enquanto Max e Craig se matavam de rir.
- Esses quatro! – exclamaram as meninas em uníssono do quarto.
Depois de alguns minutos a mansão se acalmou e um a um, todos foram pegando no sono até que não se ouviu som algum.
Naquela noite todos estavam tão cansados que nenhum deles assistiu à filme algum, todos dormiram feito anjinhos e só foram interrompidos pelos chamados do produtor ou de sua filha, e Max e Ronnie, como disseram às meninas foram acordá-las:
- Catti? Greene? Já estão acordadas? – cochichou Ronnie na porta do quarto das meninas.
- Acho que ainda não... – cochichou Max, com uma orelha colada na porta.
- OK, vamos entrar! – respondeu Ronnie, com voz baixa.
- Meninas, acordem! Já está na hora do café-da-manhã! – disse Max, tranquilamente.
- Hmmm, mas já?! – exclamou Catti, se espreguiçando debaixo das cobertas.
- Acho que já, Catti! – disse a Greene, jogando para o chão seus edredons. – Os meninos estão aqui.
- É, dorminhocas, vamos acordar, aliás, levantar?! – perguntou Max, delicadamente.
- Que horas são? – perguntou Catti, prendendo os cabelos num lacinho que estava em seu pulso.
        - Umas 07:30 mais ou menos. – disse Max, olhando para o Ronnie, procurando confirmação.
        - Deve ser isso mesmo, por que a última vez que vi o relógio eram 07:20 e estávamos subindo pra chamar vocês. – comentou Ronnie, ajeitando seu cabelo no banheiro.
        - Vamos levantando? – perguntou novamente Max.
        - Já levantei OK? – disse Greene, um tanto mal-humorada.
        - Vamos lá que ainda temos um lindo pesadelo pela frente! – disse Max.
        - Hoje sou eu quem fica de folga! Grazadeus! – disse Ronnie.
        - Eu também estou de pé, esperem ali na porta porque né... Nós vamos nos trocar aqui no NOSSO quarto, sabe?! – disse Catti, irônica.
        - Não seja por isso, a gente espera aqui mesmo! – respondeu Max, feliz.
        - Não senhor! A gente espera ali fora, como a Catti disse! – disse Ronnie, meio embaraçado. – Vem Maxwell! – disse puxando Max pela camiseta.
        - OKOK’, já entendi... já pode me soltar, é. – disse Max, sorrindo de leve.
        - Eu me pergunto: quando é que você vai deixar de ser pervertido, Max? – disse Ronnie, fechando a porta atrás de si.
        As meninas se trocaram rapidamente e foram tomar seu café acompanhadas dos Greenadke:
        - Quer que eu pegue cereal pra vocês, Catti... Greene? – disse Max, gentil.
        - Pra mim e pra Greene, por favor? – disse a Catti.
        - Querem suco? Leite? Iogurte? – perguntou Ronnie, ao lado da mesa com as bebidas.
        - Iogurte pra mim e... – disse Catti.
        - Leite pra mim! – resmungou Greene.
        - Ô Greene, quando é que você vai melhorar esse seu humor? – perguntou Catti, erguendo uma sobrancelha.
        - Não sei. – disse Greene, séria. – Por quê?
        - Faz um favor?! – disse a Catti, rindo levemente. – Melhora essa sua cara feia também?
        - Ai, Catti... você tem cada uma né?! – exclamou Greene, soltando uma gargalhada.
        - Ainda bem que melhorou rápido, bem rápido! – disse a Catti.
        - OK, meninas. Aqui estão as bebidas de vocês e vamos comer rapidinho porque o Ricky já ta deixando a produção de cabelo em pé com toda a arrumação pro clipe... – disse Ronnie, sentando-se à mesa em que as meninas estavam.
        - E aí, descobriram onde será?! – perguntou Catti. – Ainda será na tal “chácara”?
        - Nem sei mais, em todo santo clipe o Ricky dá dessas, fica escondendo da gente onde será o lugar e tal, fazendo surpresinhas e não é que no final fica tudo perfeito?! – disse Max, contente.
        - Verdade, veja pelo Drug In Me Is You ontem... muito massa! – exclamou Ronnie.
        - E Issues também foi dele, ficou muito bom aquele clipe... Muito bom mesmo! – comentou Max.
        - E a gente irá assistir à mais uma das superproduções de Ricky Santis... – comentou Greene, mostrando um sorriso incomum pela manhã.
        - Mas sabiam que a maioria das ideias passa pela aprovação da filha dele? A Star? – falou Ronnie, comendo seu waffle com mel.
        - A Star, aquela menina que conversamos ontem? – perguntou a Catti, comendo um pouco de seu cereal.
        - Sim, ela mesma! – disse Max. – Ricky seleciona as ideias e ela as aprova, tipo, tudo quanto é idéia que ele recebe passa por ela. E se a idéia está de acordo com o que eles e a produção querem, pode crer que será uma das melhores gravações... Isso porque cada vez que o Ricky produz alguma coisa, ele sempre se supera. Ele consegue ir além da expectativa da banda.
        - Nossa, não sabia que a filha dele trabalhava com ele, aliás é uma pessoa de grande influência nos trabalhos não?! – disse Greene, surpresa.
        - E ela ainda é modesta, porque não disse pra gente que ocupava tão importante cargo na empresa do pai! Nossa, legal mesmo! – deslumbrou-se Catti. – Imagina, poder julgar projetos que irão ao ar ou não? Que vida legal...
        - Pessoal, estamos chamando todos vocês para o ônibus porque hoje, assim como ontem, não devemos perder um minuto sequer do nosso precioso tempo de gravação! – disse Star. – Olá, meninas, Ronnie, Max!
        - Você não morre mais! Estávamos comentando de você! – disse a Catti.
        - Bem ou mal? – perguntou ela, sorrindo.
        - Muito bem, óbvio! – disse Max. – Quem iria falar mal do trabalho de Star Santis?
        - AFFz, vocês contaram pra elas que eu ajudo meu pai, é? – disse ela, um tanto embaraçada.
        - HAHA’ se o que você faz fosse chamado só de ajuda, sei lá o que poderia ser qualquer outro trabalho! - disse Ronnie, olhando para a menina à sua frente.
        - Ah, que é isso! Eu só ajudo meu pai, dando uma idéia aqui, um conselho lá, mas quem faz todo o trabalho pesado com os figurantes, artistas e produção é ele mesmo, senhor Ricky Santis. – disse ela, um tanto vermelha.
        - E ainda é humilde! – exclamou Greene.
        - Greene, ela não lembra a personalidade do Lucca?! – perguntou Catti.
        - O Lucca Miller do Heavens? – Greene perguntou, interessada.
        - Esse mesmo! – respondeu Catti.
        - Agora que você falou, eu me lembrei com quem ela parecia, assim de personalidade, é claro... – disse Greene, pensativa.
        - Eita, mas quem é esse Lucca? – perguntou Star, animada – Com quem eu pareço tanto?!
        - É um garoto que trabalha no Heavens Hotel e que nós conversamos durante um tempo, ele lembra muito o seu jeito! – comentou Greene, entusiasmada - Ele é simpático, engraçado, prestativo, lindo e ele se parece bastante com o Max! – disse ela, que após perceber o que havia dito, ficou mais vermelha do que nunca.
        - Hmmm, sou lindo hein? – disse Max, cheio de si.
        - Será que nas vezes que eu dou certas mancadas você poderia ao menos se fingir de surdo pra não ser assim tão... embaraçante?! – perguntou Greene para o Max, encabulada.
        - Que nada! O Max é lindo mesmo! Esse Lucca também deve ser! – comentou amigavelmente Star.
        - ÊÊ, será que podemos ir pro ônibus sem esses papinhos de quem é bonito ou não?! – perguntou Ronnie, emburrado.
        - Calma, Ronnie! Você também é lindo não é, Catti? – disse a Greene.
        - Claro. – disse Catti, vermelha. – Deu seu troco né Marcella Collins?! – perguntou Catti à sua amiga.
        - Pensou que eu deixaria passar? – disse Greene, com um sorriso malicioso.


Capítulo 20 - Pré Gorgeous-Nightmare


Max’s POV

Eita, faz tempo que não tenho um POV aqui nessa história né?! Eu sei que vocês morreram de saudades minhas! [LOL]
Então, todo mundo se enfiou novamente naquele ônibus e lá fomos nós de novo viajar. A diferença é que dessa vez, o local em que seria a gravação ficava a duas horas da mansão, e como não voltaríamos mais pra lá, a não ser pra regravar o clipe, coisa que com a dupla Ricky e Star, raramente acontecia, pegamos todas as nossas coisas e colocamos no ônibus.
Nossas coisas uma vírgula, porque se lembram de que eu tinha levado o carro? Então, eu tive que dirigir até o local da gravação... tá bem, eu confesso, me ofereceram um motorista, mas eu recusei, porque ninguém toca no meu carro, eu disse NINGUÉM!
Hehe’, e se eu tinha de ir no meu carro, tratei de arrastar Ronnie, Catti e Greene comigo... O Ronnie, porque aquele doido, bom ele é meu melhor amigo né?! E as meninas porque era essa uma boa chance de tirar Jacky e Craig de perto delas, mesmo que eles tivessem bem intencionados, era melhor deixá-los longe delas, não?! CLARO QUE SIM’
Bom, a gente foi meio dormindo, meio acordado na viagem porque todo mundo tinha ido dormir tarde e acordado um pouco cedo. Porém, nos momentos em que estávamos acordados a animação estava bem presente, até mesmo por parte do Ronnie que nem faria o clipe.
        As meninas me pediram pra ligar o som, mas o rádio estava tocando umas músicas muito idiotas então a Catti conectou seu IPhone no meu player e nos fomos da mansão até a chácara ouvindo ETF, FIR, BVB, A7X, blink182, Linkin Park e uma que elas me apresentaram chamada Revolverheld. Os caras cantam em alemão, mas gostei pra caramba do som deles.
Assim que chegamos por lá, vimos que não era exatamente uma chácara e sim um lugar cheio de árvores com alguns banquinhos espalhados debaixo delas, um pequeno mirante e um jardim de rosas.
AH e o mais importante: tinha uma espécie de castelo em miniatura, pois era todo feito de pedra, com aquelas portas antigas e uma única sacada super larga, onde dava pra ver que a nossa produção havia coberto as janelas com algum tecido escuro, pois uma das poucas coisas que Ricky havia dito sobre o clipe é que seria um tanto sombrio, o que quer dizer que provavelmente faríamos no escuro, sem claridade externa alguma, apenas as luzes da gravação.
Quando entramos no “castelo” tudo estava arrumado assim como todos os figurantes já estavam caracterizados com umas roupas bizarras que assim, de cara, eu não entendi muito bem. Sei lá, uns estavam com meias rasgadas; penteados estranhos; um homem barrigudo sem camisa estava recostado à uma parede; algumas mulheres estavam com uma maquiagem mais doida que a minha. Enfim, para cada lado que eu olhava via alguma coisa que me espantava, até porque eu realmente não fazia ideia do que Ricky e Star estavam tramando pro nosso clipe, virei para Greene, Catti e Ronnie e os vi com caras assustadas também.

Max’s POV OFF

- Hey pessoal! Juntem-se aqui nesta sala – ouvi a voz de Ricky – Star irá entregar a vocês o roteiro da gravação de hoje.
- Quem não é do clipe também, Ricky? – perguntou Ronnie, voltando sua feição ao normal.
- Se quiser, desde que não atrapalhem! – disse Ricky, sorrindo.
- Alguém ficou sem o roteiro? – perguntou Star, olhando para os lados. – OK, dou cinco minutos pra vocês lerem todo este roteiro de duas páginas e logo apresentaremos como será na prática.
Roteiros lidos e cinco minutos após, Ricky e Star mostravam à sua produção e aos rockstars como deveria ser feito o clipe:
- Gente, então é isso! Robert, Bryan, Max e Craig, por favor, se dirijam para sua primeira esquerda que é a sala de maquiagem e figurino, Johannes, Jenna, Heidi, Bill e Caitlyn, por favor, os acompanhe e os deixem arrumados em erm... no máximo quarenta e cinco minutos. – dizia Star, séria.
- Ferdinand e Dougie, me acompanhem até a sala de mixagem à sua terceira esquerda. – disse Ricky – Star, minha filha, está tudo OK contigo?! Precisa de algo ou alguém?
- Talvez... erm... acho que só do Mark e da Jullie, sim por favor Mark e Jullie me acompanhem... – disse Star, sumindo pelo longo corredor ao seu lado.
- Então, Thommas, por favor, cuide dos figurantes enquanto resolvo alguns detalhes ali. Obrigado. – disse Ricky, saindo da sala e sendo seguido por Ferdinand e Dougie. E para todos, colaborem, pois este clipe é um pouco mais complexo do que Drug In Me Is You, certo?
Após as “ordens” dos Santis, todos foram ajeitando o que lhes foi pedido e por eles passava aquela tensão que sempre vem antes de coisas muito importantes, aquele famoso friozinho na barriga.

Greene’s POV

        Nem eu ou a Catti ou o Ronnie estávamos no clipe, mas podíamos sentir a tensão que saia dos envolvidos com o Gorgeous:
        - Espero que eles consigam gravar tudo hoje, e que tudo saia como eles pretendem, se bem que com o Ricky e a Star, acho difícil algo dar errado. – comentou Ronnie, com a testa franzida.
        - Verdade né?! – eu disse, animada.
        - O que será que o Ricky está aprontando pra esse clipe é o que eu gostaria de saber... – cochichou Ronnie.
        - Ele quis fazer suspense né?! Eu fui perguntar pra Star se eu poderia ler o roteiro e ela disse que infelizmente não poderia me deixar ler, mas que nós poderíamos assistir a gravação... – comentou a Catti, feliz.
        - Srta. Star?! Robert e Bryan estão prontos, para onde eles devem ir agora? – perguntou Johannes para Star.
        - Muito obrigada, Johannes! Pode encaminha-los para a primeira sala de gravação.... é, lá no fim do corredor. – disse ela, apontando.
        - OK – disse Johannes, indo pelo corredor, acompanhado de Bryan e Robert.
        - Srta. Star, Craig está se adaptando com as lentes de contato e assim que isso ocorra eu o maquiarei e mandarei até a sala de gravação, OK? Sim, ele já está vestido com o figurino – disse Jenna, limpando alguns pincéis que estavam em sua mão.
        - Heidi, eu preciso da Heidi pra me dizer como está o Max! – disse Star, apressada.
        - Sim, Srta. Star! Max Green está pronto e foi fumar um cigarro ali na frente do castelo, sim, está vestido e maquiado. – disse Heidi, prestativa.
        - Eu já disse à vocês para parar de me chamar de Srta. Star, podem ser menos formais comigo, OK? Não mordo não... – disse Star, sorrindo. – É senhorita daqui, senhorita dali, daqui a pouco me chamarão de Senhora Santis... Eu mereço, não?
        - Está precisando de alguma ajuda, Star? – disse a Catti.
        - AH, muito obrigada, mas é só a correria de gravação novamente, já estou acostumada.
        - Mas qualquer coisa que você precisar, pode contar com a gente OK? – eu disse.
        - AH, e quando a gravação for começar de verdade será que alguém poderia nos avisar? – perguntou Ronnie.
        - Claro! – disse Star, saindo rapidamente para o corredor das salas de gravação.
        - Por enquanto temos que ficar aqui, olhando pro teto né?! – disse Catti.
        - Que horas são? Alguém sabe? – perguntei.
        - Deixa eu ver... são... 10:23... Nossa, ainda?! – surpreendeu-se Ronnie – Parece que acordamos faz uma eternidade!
        - Então, né, vamos fazer alguma coisa? – perguntei, entediada.
        - E tem alguma coisa pra fazer? – disse Catti, se jogando num puff que estava perto dela.
        - Contar histórias?! – perguntou Ronnie, rindo.
        - Boa! – respondi em uníssono com a Catti.
        - AH é?! – Ronnie se surpreendeu.
        - OK, o que é que você nos conta, Ronnie Roxxie? – perguntei
        - Ronnie Roxxie, onde foi que vocês arranjaram essa? – disse Ronnie, gargalhando. – Mais um dos milhares de apelidos que vocês tem pra mim e o Max, não?
        - Pode se dizer que sim! - disse Catti, rindo também.
        - Bom, eu não tenho muitas coisas pra contar e... AH teve uma vez sim em que estávamos eu e o Jacky...
        E os três continuaram a conversar por mais alguns minutos até que Ferdinand apareceu na sala:
        - E aí? Estão prontos para assistir ao nosso segundo show em dois dias? – disse ele, entusiasmado.
        - Opa, claro! – exclamamos todos juntos.
       
Greene’s POV OFF


Continua...

Notas das autoras:
Essa é nossa primeira fanfic em dupla então espero que estejam gostando!! <3 
-Marcella

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